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Mensagem – 25.12.2022

Para refletir, no NATAL!

Imagens da Internet, acessadas via Google

Raimundo Marinho
jornalista

Noite de Natal! Cristãos festejam o nascimento de Jesus, relatado pelos evangelistas, incluindo a anunciação do anjo a Maria! Falaram de modo simples, para compreensão da época. Mas nem tudo foi, necessariamente, na forma relatada, como noutras passagens dos evangelhos. Não era aceitável, naquele tempo, por exemplo, que o Filho de Deus não nascesse de uma virgem, algo difícil para os evangelistas explicar! Mas o certo é que o mundo estava perdido, indo para o abismo! Só Deus poderia impedir!

Assim, Ele fez-se homem, para falar a linguagem dos homens e ser compreendido pelos homens. Então, aproveitemos o período natalino para refletirmos sobre o significado real da vinda de Cristo e sua mensagem de amor absoluto ao Criador e às suas criaturas. Vamos evitar a embriaguez do consumismo e das efêmeras mensagens de “Feliz Natal”. Pensemos no que Deus pede, pelos ensinamentos de Cristo. Não basta só rezar ou dizer “Feliz Natal”! É preciso seguir o Plano Divino.

O mundo, na amplitude de sua formação e extensão, foge do controle e da compreensão humana. Não temos domínio sequer da finitude do nosso corpo. Nem mesmo sabemos quem somos, de onde viemos ou para onde vamos. Somos reféns das imprecisas interpretações científicas, filosóficas e religiosas. Ainda assim, nutrimos a arrogância dos sabidos, pois até ignoramos muitos dos que vieram nos ensinar, incluindo o próprio Jesus Cristo. O que será de nós, então?

Uns buscam consolo e segurança nas ilusões do nada da vida, dizendo que “somos pó e ao pó retornaremos”. Visão desconfortável ante o que Deus de fato programou para nós. Outros, de igual cambaleante cognição e inseguros dentro de si mesmos, proclamam a fé confortadora, no “tudo posso naquele que me fortalece”, mas ignora o resto da longa missiva de Paulo (Filipenses 04h13min). Precisamos de ensinamentos simples, como o que me disse o amigo Luís Fernando: “Deixa tudo pra lá, esqueça tudo. O que importa é sermos pessoas boas, sempre”.

A frase encerra tudo que, de fato, interessa. Facilita a reflexão, pois é bem mais simples compreender e praticar o significado do que é ser uma pessoa boa. Está ao alcance de todos. Se, por acaso, restar dúvida, basta reler a Parábola do Bom Samaritano. Com esse convite à meditação, desejamos a nossos seguidores FELIZ NATAL e que a prosperidade no ANO NOVO não alcance a proporção corruptora da ambição humana, mas fique no saudável limite de nossas reais necessidades!

 

Mensagem – 21.01.022

Perdidos, sem Maiakóvski!

(Texto da fala na 88 FM, 17.01.2022)

Raimundo Marinho
jornalista

O poeta brasileiro Eduardo Alves da Costa escreveu um belo texto, na forma de poema, que ficou mundialmente famoso em razão, principalmente, do título e de uma de suas estrofes. O título é No caminho com Maiakóvski, em homenagem a esse poeta russo. Pensam até que o poema é do russo! Mas não é!

A parte mais famosa do texto diz:

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada. Na segunda noite,
já não se escondem: pisam as flores,
matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos
a luz,  e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Inspirado nessa mensagem, escrevi o
seguinte texto, pensando em nossa comunidade:

De várias maneiras, eles chegam! Num jeito sorrateiro de chegar. Com palavreado bonito, destruíram nossa vegetação, sem nos indenizar. NÃO DISSEMOS NADA!

Tomaram a roça de nossos colonos,
antes repartidas, e deram-nas aos oportunistas.
NÃO DISSEMOS NADA!

Secaram e mataram nossos rios, outrora de
águas cristalinas, onde, meninos, mergulhávamos.
NÃO  DISSEMOS NADA.

Levaram as praias de areia dos nossos rios,
onde brincávamos e pescávamos piabas.
NÃO DISSEMOS NADA!
 
Despejaram esgoto em nosso Rio Brumado, e
NÃO DISSEMOS NADA!

Lançam veneno em nossos campos,
contaminam animais,  hortas, frutas e a água.
e NÃO DIZEMOS NADA!

Transformam em carvão árvores raras da  nossa caatinga,
e NÃO DIZEMOS NADA!

Detonam nossas serras, rasgando
a vegetação, para levar nosso quartzito.
e NÃO DIZEMOS NADA!

Apagam nossa história, na agonia do 
desmoronamento de nossos monumentos.
e NÃO DIZEMOS NADA!

Traem nossos votos, mentem para nós, aplicam
mal o nosso  dinheiro. Brincam com nossa saúde,
em hospital de bela fachada, mas um faz de conta,
e NÃO DIZEMOS NADA!

Moramos em ruas escuras, sem calçamento,
esburacadas, cheias de matos e poeira,
e  NÃO DIZEMOS NADA!

Fecharam nosso Colégio Boaventura, nossas bibliotecas
Corina Correia Lima, Monteiro Lobato, nossa biblioteca
do Polivalente, acabaram com a própria Escola Polivalente,
e NÃO DISSEMOS NADA!

Vão destruir a bela e histórica sede do
Colégio João Vilas Boas, e não estamos  DIZENDO NADA!
 
Deixaram nossas crianças por dois anos sem aula,
e não DISSEMOS NADA!

O histórico Casarão dos Alcântara, cartão postal da
nosssa cidade, desmoronou e não DISSEMOS NADA!
 
A AAL acabou, o Clube Caiçara acabou
e não DISSEMOS NADA!

Nosso centenário de emancipação política passou em branco,
 na Câmara de Vereadores, e não DISSEMOS NADA!

Enfim, o mundo poderá acabar, para nós, e nós.... e nós...!
Estamos no caminho, perdidos, sem  Maiakóvski!

 

Tudo é possível – 30.12.2021

Faça seu plano para 2022

Imagem da WEB, acessada via Google

Raimundo Marinho
jornalista

Terminamos 2021! Será que ele foi próspero, como desejado? Todo final de ano, nos é desejado um “Próspero Ano Novo”, referindo-se ao ano que vai começar! Que tal avaliar, agora? Conseguimos o que desejamos e ou nos foi desejado?  Fizemos um plano e trabalhamos para isso?

É o que devemos perguntar! Há poucas chances do ano ser próspero só pelo desejo! Não adianta só desejar e cruzar os braços. Temos de ter um projeto, mudar de vida e trabalhar muito! Então, vamos desejar que todos façam um Bom Projeto de Feliz e Próspero Ano Novo.

Tire da sua vida palavras como “problema”, “difícil” e “impossível”. Não deixe elas grudarem em você, não acredite nelas! Elas só nos atrapalham! O “problema”, o “difícil” e o “impossível” só existirão se acreditarmos  neles. O cérebro registra e cumpre tudo que a gente pensa.

Significa que, fazendo o oposto, ele também vai nos obedecer. Portanto, seja sempre positivo, tire do cérebro o pensamento negativo dessas palavras. Nunca diga que tem “problemas” para resolver e sim que tem “tarefas” para executar e vai fazê-las com alegria.

Faça o mesmo com o “difícil” e o “impossível”, tire tudo isso da sua vida, ao fazer seu plano para ter um  “Próspero Ano Novo”. Muitos dizem ser “difícil” ou “impossível” antes de começar a fazer, de experimentar! Nunca diga que algo é “difícil” ou “impossível”. Faça um plano e aja!

Não permita que te desanimem! Pode ser necessário mais ou menos esforço, mas nada é difícil nem impossível. Assim pensaram os grandes vencedores da História. Derrotas são naturais, na caminhada, mas não são parte da vida! Elas nos mantém alertas e humildes.

O mais miserável dos derrotados é quem vê problema em tudo, acha tudo difícil ou impossível e, por isso, nunca tenta! Assim, desejamos a você que faça um bom Projeto de Próspero Ano Novo, para 2022! O segredo de tudo é a fé em Deus, seguir a doutrina de Jesus, ser  generoso e solidário!

 

A pandemia – 23.08.2021

Nas entrelinhas de Deus!

Foto copiada da internet, acessada via Google

 

Raimundo Marinho
jornalista

A despeito de qualquer coisa, não percamos a noção do calor de um abraço, do gosto do beijo e da força de um aperto de mãos, na alegria e entusiasmo da nossa natureza humana, do nosso destino espiritual.

A covid é um desafio cruel, impiedoso, e pode até ter nos afastado, fisicamente, e coberto mas não lacrado nossa boca! Mas nunca vai mudar a doçura do nosso coração! Não deve desfigurar o que somos.

Nesses tempos de uso obrigatório de máscara, ainda podemos mostrar e ver a beleza dos olhos! E quantos olhos bonitos e alegres temos vistos! Façamos, então, dos nossos olhos a força do nosso amor e união.

Se assim Deus quis é porque assim é melhor para nós! Não desperdice isso! Aceitemos o desafio de testemunhar e viver essa tragédia planetária. Pode ser uma oportunidade de sermos melhor, de elevação espiritual.

Vamos aprender, por exemplo, a falar sem mostrar a boca, a sorrir sem que vejam nossos lábios, a abraçar de longe, com o mesmo calor e a mesma paixão. Afinal, somos humanos, criados pela inteligênca de Deus.

Sobretudo, vamos pensar na dor do outro! Na morte do outro! Nenhum de nós está livre de morrer de covid! Mesmo vacinado! Que seja essa a maior lição! A lição de um novo jeito de viver e caminhar!

Deus ora escreve certo por linhas tortas, ora torto por linhas certas! Por vezes, as linhas ficam invisíveis. Mas a escrita não se apaga! Que saibamos ver, ler e viver nas intrigantes entrelinhas da pandemia!

 

 

Mãe e filhos – 10.05.2021

São filhos da vida (*)

Encerramos esta semana de mensagens dedicadas às mães, com o seguinte trecho do livro O Profeta, do escritor libanês Khalil Gibran:

E uma mulher que carregava seu filho nos braços disse: - Fala-nos dos filhos. E ele disse: - Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da Vida por si mesma. Eles vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem. Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, porque eles têm seus próprios pensamentos.

Podereis abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós, porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.

Nós, da Hora do Ângelus, desejamos que, nas reuniões deste domingo, em torno das mães, no contato físico ou à distância, haja o despertar para a inteira compreensão da grandeza de Deus, que tem a maternidade como um dos símbolos mais marcantes. E também para a singularidade da mulher, escolhida para esconder dentro de si um dos mais intrigantes e sublimes segredos de Deus, que é o fenômeno da fecundação. Parabéns a vocês, mulheres meninas, mulheres moças, mulheres mães!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.

Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 76.

 

O filho e a mãe – 10.05.2021

O bebê que não nasceu (*)

Recebi o seguinte texto, sem indicação de autor, que utilizo, com algumas adaptações, em nossa mensagem de hoje, o qual simula relato de um bebê, cuja vida foi interrompida, antes de nascer:

- Teria completado um mês de vida, ontem. Mamãe, pensei que você fosse fazer uma festinha para mim, mesmo eu ainda dentro de você. Não é assim que fazem as mamães? Pensei, também, que papai fosse se curvar diante da sua barriga e me dar um beijo. Como eu teria gostado!

- Ah, me perdoe, meu pai – você e a mamãe. Na verdade, vocês fizeram a festinha, mas não como eu esperava. Me deram um presente amargo e eu morri.

- Observei, mamãe, que você não ficou triste, não chorou, nem um pouquinho. Por quê? Por que fizeram isso comigo, justo no meu primeiro mês de vida intra-uterina? Pensei que você fosse ficar feliz, ao sentir que eu me mexia dentro de você. Mas, ao invés disso, você fechou meu caminho.

- Sei que, por alguns meses mais, minha presença iria transformar o seu corpo e estragar sua elegância. Então, prometi ficar bem encolhidinho e que só cresceria de verdade depois que entrasse no mundo. E teria a vida toda para ficar grande, na luz a que você me daria.

- Estava ansioso para conhecer e sentir o brilho do sol e a luz das estrelas. Mais que tudo queria conhecer você e o papai. Por isso, não me incomodava em esperar pelo tempo necessário, na escuridão do útero.

- Sabia que, mais tarde, iria poder sorrir e demonstrar para você toda a alegria de saber que você era minha mãe. Como eu estava radiante pela chegada desse dia! Afinal, só faltavam mais oito meses. Queria ver seu sorriso com a minha chegada!

- Meu plano era bonito! Neste mundo, seria lutador incansável contra o ódio e a guerra entre os homens. Planejei fazer da minha vida um campo de rosas, muitas rosas, para inebriar a humanidade com o perfume da paz, para impedir os homens de fabricar armas mortais. Queria isso e muito mais realizações em favor da elevação do mundo. Mas você não percebeu e não me deixou nascer!

- Pensei que os pais amassem seus filhos o bastante e por eles fossem capazes de dar a própria vida. Mas você e papai nem me deixaram começar!

- Por fim, mamãe, espero que, de algum modo, me ouça e tenha se arrependido. Que compreenda melhor esse mistério que é a criação de Deus. E que deixe meus futuros irmãozinhos nascerem. Tchau, mamãe! Apesar de tudo, eu perdoo você!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.

Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 76/77.

 

Ano Novo – 02.01.2021

A bola é sua, mova-se! (*)

Imagens copiadas da Web, via Google

Raimundo Marinho
jornalista

Desejo a todos um ano novo com mais força e mais luz, em especial para todos que nos acompanham, aqui e na Rádio 88 FM!

O ano de 2020, claro, terminou! Deus dividiu o tempo na Terra apenas em dia e noite, o que basta para o desenrolar da vida.

Quis Ele que o dia fosse para ficarmos em atividade. Como sabia que nos cansaríamos, deu-nos a noite, para  o descanso.

Mais um detalhe da sua grandeza! Coube ao homem fazer o resto, na administração da vida. Então, resolveu medir o tempo.

Dividindo-o em segundo, minuto, hora, dia, semana, mês, ano, século e era. Nossa geração acaba de viver o ano de 2020!

Mais um da gloriosa era cristã! E como temos vivido os anos da nossa vida? É o que devemos sempre questionar!

Como foi, então, 2020, para cada um de nós? Teria sido o “bom e próspero ano novo”, tão desejado,  no final de 2019?

Será que foi exatamente o “bom e próspero ano novo” que nós, os humanos, precisávamos? Ou foi como Deus quis?

Seja como for, tivemos o ano real, verdadeiro, que Deus programou para nós! Ano do qual nunca  vamos nos esquecer!

Para quase todos nós, certamente foi o ano mais letivo dos últimos 100 anos! E com o divino Professor Deus, a nos ensinar!

Ao invés do microscópio, para ver os detalhes da vida, Ele quis que víssemos o mundo pela ação de um micróbio invisível.

Após praticamente um ano da terrível pandamia de covid-19, a vida nunca nos foi tão clara, por dentro de nós e por fora de nós!

Estamos conseguindo enxergar como tudo funciona, dos governos e malandragens humanas aos sublimes comandos de Deus.

De forma tão irrecusável, tivemos de tapar o nariz e a boca, obrigando-nos à única opção de abrir bem os olhos e os ouvidos.

Demonstramos carinho, nunca antes manifestado, e revelamos, muitas vezes, que somos raivosos, odientos e desumanos.

Cabe a cada um, nesse momento, junto com as felicitações, refletir e tentar percerber em qual lado se encontra.

E como quer se guiar, daqui para frente! Os alunos mais humildes, certamente dirão: Obrigado, Professor Deus!

(*) Mensagem adaptada de minha fala na Rádio 88 FM, em 30.12.2020.
 

Feliz Natal – 24.12.2020

Tenhamos bom ânimo! (*)

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Raimundo Marinho
jornalista

Apesar da pandemia, hoje é dia de dizer Feliz Natal! Talvez um Feliz Natal diferente! Pois, muitos, infelizmente, vão dizer isso chorando, com alguma dor!

Nós vamos dizer Muito Obrigado, principalmente a Deus, pela vida! Muito obrigado, também, a você que se ligou em nós! Nos animou a ir em frente, a tornar ainda mais gratificante a nossa missão, de informar e de formar opinião!

Obrigado, ainda, àqueles que, por alguma razão, desligaram-se de nós, nos repudiaram, nos ofenderam! Eles não nos deixam esquecer que nada é completo, nada é perfeito! Que as divergências existem!

Nossa missão é compartilhar informações, ideias, opiniões e críticas, na esperança de que isso contribua para se achar as soluções, desejadas e necessárias, através da estimulação do debate público, da consciência coletiva.

O ser humano mostra-se afundado no materialismo, anestesiado na busca de vida fácil, muitas vezes desviando-se do destino espiritual, sem demonstrar preocupação para com o que virá após a curta vida na Terra.

Todos os anos, festejamos, alegremente, o nascimento de Jesus, no Natal. E  celebramos seu assassinato, na Semana Santa, sem atentarmos para seu verdadeiro significado, nem para a diferença entre manjedora e cruz.

Com a pandemia, estamos numa dramática aula virtual, testemunhando o horror da dor e da morte! É uma  suprema lição do Professor Deus!

Com certeza, tudo isso vai passar! Mas não seremos mais os mesmos, de antes. Esse Professor está passando a lição, nas linhas tortas e no quadro negro da nossa vida, com um giz invisível, chamado coronavírus.

A despeito de tudo, essa criatura microscópica nos ensina a enxergar a grandeza do bom Deus, e nunca mais esquecê-la. É uma oportunidade de nos tornarmos melhor e mais generosos! Tenhamos bom ânimo, Deus está conosco!

(*) Texto adaptado de nossa fala hoje na 88 FM, de Livramento.

 

Dia dos vivos – 02.11.2020

“... grande presente nessa vida!”

“Hoje é o dia do meu "Bro", meu padrinho, meu vô. Sempre será. Dizia a ele: ainda bem que você nasceu no dia dos mortos, assim, vai 'me poupar' um dia de saudades... Às vezes acho que ele se picou de tanto a gente encher o saco dele falando que queria a festa dos 100 anos, né Sara Marinho? 'Quem quiser festa, que chegue aos 100', assim respondia com a sutileza de um elefante kkkkkk. Espero que não venha puxar meu pé, como tínhamos combinado: 'quem morrer primeiro, puxa o pé do outro', me dizia até seus 97 anos. Ou seja, já sabia que eu ia ser a vítima kkkk. Aaaa, vô... Vc foi um grande presente nessa vida!!! E toda saudade que sinto é sempre feliz!” (Samantha Marinho, Facebook, 02.11.2020)

Raimundo Marinho
jornalista

A frase do título está em um texto, acima transcrito, que minha filha, a jornalista Samantha Marinho, postou, no Facebook, referindo-se a seu avô, meu pai, Seu Humberto (foto), que faria hoje 98 anos.

Sua mensagem, que adoto, comoveu familiares e amigos. Revela a sabedoria do meu pai na comunicação diferenciada com filhos e netos. Mais fechado com os filhos e totalmente aberto com os netos.

Deu-se, na verdade, o encontro de personalidades distantes na idade e nas experiências, mas identificadas na pureza de espírito, em condutas que só a sabedoria divina pode explicar.

Isso recrudesce a saudade que sentimos dele, mas me deixa muito feliz, pela minha parte nessa cadeia da vida estabelecida por Deus, permitindo-se perceber  um pouco de como tudo funciona.

Aí está o encantamento de Deus, onde somos todos vivos, mesmo no Dia dos Mortos! Parabéns e obrigado, Samantha, por esse flash do seu relacionamento puro e sem barreiras com o seu avô.

Na pessoa e na alma dele, homenageamos a todos que se foram, após terminarem suas missões na Terra.

Vida única – 02.11.2020

Passagem da morte (*)

O morrer ainda é uma realidade perturbadora, mesmo sendo fenômeno
inexorável, do qual não se escapa. Apesar do incômodo desse realismo
e certeza incontestáveis, só pensamos na morte por último. Isso contribui
para que negligenciemos a preparação e seja grande o inconformismo
entre as pessoas.

As religiões se referem a ela com certa timidez e economia, até mesmo na
encomendação dos corpos. Faz tudo parecer falsamente natural, como simples partida para um mundo que não sabem descrever como é. Inventam expressões como “paraíso”, “perto do pai”, “céu”, “outro mundo” e tantas outras.

Diante da falta do que dizer ou por não querer admitir a verdade, muitos
pregadores dizem que a morte é uma passagem, mas não dizem, claramente, para onde. Mas não demorará muito e todos terão de reconhecer que a vida é única, sem “antes” nem “depois” da morte.

Assim como nascer, morrer é tão somente uma mudança do viver, sobre o que ainda há realidades a serem reveladas. O homem só aceita aquilo que vê, toca ou sente. Por exemplo, nenhuma pessoa se lembra da vida intra-uterina, mas não duvida que, um dia, passou por ela!

Viver e morrer integram a mesma realidade. Somos protegidos pela natureza
de tudo que nos possa causar perturbações desnecessárias. Exemplos disso
são as limitações da visão e do olfato, sem o que não suportaríamos odores
desagradáveis em nós mesmos, nem os milhões de micro-organismos que
vivem em nossa pele, olhos e boca.

O mundo espiritual pouco difere do atual. Mas, há certas condições de acesso a ele. Uma delas é passarmos pelo fenômeno da morte. Para lá, levaremos nossa consciência, sentimentos e sensações. Então, prepare-se para conhecer a vida e não ter medo!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.
 Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 284/285.

 

Assunção 1 – 15.08.2020

A Mãe de Jesus (*)

Em 15 de agosto, festeja-se, em Livramento de Nossa Senhora, na Bahia,
a Assunção de Nossa Senhora, reverenciada pelos católicos do mundo
inteiro, que a reconhecem como a mãe de Jesus.

Da pequena Nazaré, na Galileia, ela tornou-se a principal testemunha de
Deus, neste mundo. Como mãe de Jesus, foi eleita bendita entre as mulheres. Muito jovem, pôs-se à disposição de Deus, ao dizer:

“Eu sou a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo
 a sua vontade” (BÍBLIA, Lucas, 1, 38).

Algumas religiões não a reconhecem, mas isso não muda a História, nem tem
qualquer importância para ela. Há também quem negue a existência de Deus, o que, do mesmo modo, nada significa. Faz parte do livre-arbítrio de cada um.

O certo é que Maria e Jesus viveram, neste mundo, como os demais seres humanos, participando da vida, no seu tempo, em missão de Deus, tal como deveria acontecer com todas as pessoas.

Talvez a diferença seja que, no caso de Maria, ela cumpriu em toda plenitude essa missão, ser mãe do Messias. Por isso, na Assunção, retornou inteira ao mundo espiritual, justificando o fervor com que é lembrada, mesmo dois mil anos depois.

Nesses dias de orações, aproveitem para conhecer melhor a missão de Maria. Siga o exemplo dela e seja, também, um filho preferido de Deus. Sobretudo, adote os ensinamentos de Jesus, para merecer a preferência.

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.

Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 181.

 

Assunção 2 – 15.08.2020

Livramento sois vosso, Maria (*)

 

Quinze de agosto é dia de festa em Livramento de Nossa Senhora! Dia
da padroeira! “Aqui da vossa cidade, ó Maria, sois a Excelsa Protetora”.

Sois a mãe de Jesus e Ele, do alto da cruz, na pessoa de João, nos legou,
a ti, Maria, também como nossa mãe.

Referindo-se ao discípulo amado, te disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. Depois,
ao discípulo, afirmou: “Eis aí tua mãe” (BÍBLIA, João 19, 26-27).

E por quantos anos estais a derramar vossas bênçãos sobre Livramento!
Quantas gerações já vieram e já foram, aqui vivendo sob o manto da tua
proteção!

Quanto já temos rogado a ti, para que nos abençoe e a nossos filhos! Para quantos já advogou junto ao amado filho, Jesus Cristo! Quantos lamentos, quantos rogos já ouvistes, Maria, desse teu povo!

Quantas lágrimas já nos vistes chorar! Quantas alegrias, também, já nos vistes cantar! Quantos risos já houveram, tantos compartilhados contigo! Não há colo, não há regaço mais consolador que o teu, Maria!

Eu te imagino viva, a consolar-me com o teu olhar de mãe! Eu sinto, dentro de mim, o frescor da tua inspiração. Sinto-te viva a conduzir-me para o lado
da alegria de Deus!

Sinto-te, com a doçura de mãe, a soprar teu hálito santo sobre mim, muitas vezes aplacando minha ira, suavizando a dureza do meu coração, clareando
minha mente e refrescando o meu espírito!

Vejo-te viva, ó Maria, seguindo os caminhos dos meus filhos, para quem tanto rogo tuas bênçãos! Sinto tua presença viva dentro de mim, clarão pelo qual vejo a imagem luminosa de Jesus Cristo; e enxergo o caminho de Deus!

Tuas bênçãos fazem com que Jesus me ouça! Animam-me a almejar a
benevolência de Deus! E rogo, Maria, para que assim seja com todos os filhos
aqui da vossa cidade, da qual sois a Excelsa Protetora.

Tende, pois, de nós piedade, ó mãe de Deus, co-redentora! Porque Livramento sois vosso, ó Maria!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.

 Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 136/137.

 

Mensagem – 26.07.2020

Avós, netos e a pandemia!

 

Raimundo Marinho
jornalista

Preventivamente, tento driblar situações emotivas, mas nem sempre consigo, apesar da aridez aprendida na roça. Assim é que fiquei tocado, hoje, com o Dia dos Avós, que lembra longevidade.

Remete-me a meu primeiro e involuntário desafio, que foi vencer o “mal dos sete dias”, o que, uma vez ultapassado, permitiu-me transpor tantos outros, pelas graças e bondade de Deus.

E cheguei a avô! Convivi com minha avó materna e a bisavó paterna, Claudemira e Constantina (que eu chamava de vó). Também conheci minha vó Ana! Eram tão atenciosas e carinhosas comigo!

Com meus netos no colo, são delas que mais me lembro! Inspirado nisso, escrevi, hoje: “Um dia, a gente é neto! Sai para brincar e, de repente, já é avô, na encantadora marcha da vida!”.

Foto: copiada da Web, via Google

Mas quero mesmo é lembrar minha fala, dia 22, na 88 FM, sobre a Pandemia, inédita para nossa geração, que afeta netos e avós. O último fenômeno igual foi há 100 anos, a gripe espanhola!

O coronavírus já infectou cerca de 15 milhões de pessoas, mais de 600 mil morreram. Mudou tudo, entre nós, virou tudo de cabeça para baixo! Mudou a maneira de se viver e conviver.

Relembrou, de modo cruel, a certeza de que somos reles mortais, insignificantes formiguinhas, no infindável Universo!

Fomos induzidos a pensar que pessoas com outras doenças e os idosos iriam primeiro. Mas, muitos jovens já morreram, inclusive profissionais da Saúde. Ninguém está imune!

Acabaram nossos contatos, nossas reuniões e até nossas brigas, de cada dia! Estamos sem abraços, sem beijos, sem o outro! Estamos sentindo falta de tudo que não valorizávamos antes!

Mudou o modo de tudo funcionar: transporte, lojas, escolas, padarias, farmácias, televisão, governos! Mudou nosso jeito de andar nas ruas, de frequentar os lugares.

Fomos obrigados a não se aproximar, não se aglomerar. Ou seja, estão nos obrigando a fugir um do outro, a ficarmos distantes, isolados em casa! E muitos não têm casa para se isolar.

Antes, não nos importávamos com isso! Estamos sendo testados em nossa essência de seres humanos! É uma prova de fogo para nossos sentimentos de carinho, amor e solidariedade!

Sobretudo, é um teste de auto-confiança e de  fé em Deus! O vírus letal está revolucionando o nosso jeito de ser! Ainda não sabemos quando, mas, apesar de tudo, essa dor vai acabar!

Sim, tudo voltará ao normal! Só não sabemos como será esse normal! Devemos, então, perguntar: O que estamos aprendendo com tudo isso? Tomamos consciência de alguma coisa?

Paramos para pensar sobre o que somos? O que fizemos de errado, para Deus nos mandar isso? Nem é preciso dizer que fizemos muitas coisas erradas! Como queremos ser, depois de tudo isso?

 

Prisioneiros – 12.05.2020

Nós, a Covid-19 e os outros!

(Imagem acessada na Web, via Google)

 

Raimundo Marinho
jornalista

Cremos tolamente que somos os preferidos na criação de Deus, com supremacia sobre os demais seres. Aí vem um acelular, visível apenas em lente potente de ampliação, e nos desmantela!

Na verdade, somos o que restou da tentação diabólica original retratada na simbologia bíblica da árvore do bem e do mal, em que comemos o fruto proibido e nos vimos nus, numa cena vil.

Os demais seres nunca precisaram se preocupar com a nudez e foram colocados junto de nós, sob nossos cuidados. Traindo a inocência e confiança deles em nós, os matamos para comer.

Acreditamos dominar o conhecimento sobre a amplitude do Universo, cinicamente fingindo ignorância sobre quem planejou e produziu organismos autônomos tão complexos, como o nosso corpo.

As outras espécies, postas como exemplos de integração à inteligência da natureza, sempre foram cruelmente trucidadas pelos homens. As lições dos ditos irracionais são desprezadas e ultrajadas.

Tudo parecia ir para o pior, em relação à caminhada humana, apesar de haver entre nós espíritos bons e conectados com Deus! Então, surge o coronavírus, natural ou artificial, e o pior foi pior!

A tese do vírus artificial, algo cego e sem vida, combina com a incorrigível arrogância humana, que não se dobra ao Criador, a menos que não haja autor para tão complexos organismos.

A visão naturalista do bicho soaria simplória aos infectados pelo artificialismo. Mas não prevalecerá nenhuma alquimia! O que sobrepujará será o Plano de Deus, conforme o qual todos sobreviverão.

A vida é um barco exposto aos açoites do mundo, como a bravia Covid-19. Outras pestes virão, até atingirmos a correta percepção espiritual. Por ora, seguimos  dominados pelo fique em casa!

 

Sinal de alerta – 12.05.2020

Deus, o mundo, o vírus e nós!

(Imagem acessada na Web, via Google)

 

Raimundo Marinho
jornalista

O homem existe no mundo com total independência, regido pelo livre-arbítrio, ante leis acionadas por sua própria conduta, mais as regras mundanas estabelecidas na convivência comunitária.

Não está acima de Deus, a despeito de trazer em si a centelha divina que o orienta e conduz no cumprimento da sua missão. A respeito disso, há inúmeras teses de contorno à limitação humana.

Nenhuma, porém, altera o determinismo da lei natural. Aparentemente, nada melhorou, desde as alegorias bíblicas do dilúvio e do castigo a Sodoma e Gomorra. Jesus veio e foi assassinado!

Sempre existirão alertas da nossa óbvia submissão ao criador, como esse coronavírus, que suscita reflexões nas esferas pessoal, familiar, coletiva, social, empresarial e científica.

Bem como nas psicológica, biomédica, sanitária, filosófica, religiosa, moral, ética, espiritual e política, nivelando os humanos num estonteante grau de justiça, exceto por ser mais letal para alguns.

Deus entrou na ordem do dia, de forma jamais imaginada. Nunca foi tão lembrado e invocado, neste século, como agora! Mas é necessário, ainda, se indagar qual o papel, hoje,  desse agente letal.

Estávamos, tranquilos, pelos campos e cidades, comendo e bebendo, cantando e dançando, sorrindo, gemendo e chorando, num mundo gozoso para uns tantos e sofrido para muitos outros.

Nem questionamos quem de fato somos, nem  quem fez tudo isso. Então, chega esse vírus mórbido e balança tudo! E não sabemos como lidar com a situação. Esta geração não será mais a mesma!

 

Dia da Páscoa – 12.04.2020

Por que procurais entre
mortos aquele que vive?

 

Raimundo Marinho

jornalista

O evangelista Lucas (24, 1-12) relatou que, na madrugada após a morte de Jesus, as mulheres foram ao túmulo, levando perfumes, para cuidar do corpo, como era o costume, mas encontraram o local vazio. A princípio, imaginaram que a sepultura fora violada e o corpo roubado, mas logo aparecem dois homens vestidos de branco, que lhes dizem:

Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: “O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia”.

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O relato de João, no entanto, é mais sucinto, mas ambos afirmam que as mulheres acreditaram que Jesus havia ressuscitado e foram dizer aos apóstolos. Estes, porém, correram ao local  para ter certeza de que o corpo desaparecera. Mas lembraram que o Mestre dissera que ressuscitaria no terceiro dia.

Em toda Quaresma, estudamos a vida de Jesus, aprendemos tudo que Ele ensinou, acompanhamos o seu exemplo de vida. Na Semana Santa, revivemos os dias angustiosos que Ele viveu. De algum modo, testemunhamos o desprezo a que fora relegado, mesmo sendo o filho de Deus, e a forma cruel com que fora assassinado.

E, agora? O que vamos fazer dessa experiência? Apenas aguardar o ano que vem e repetir tudo, como fazemos há centenas de anos? Ou vamos tomar uma atitude de verdadeiros cristãos, trazendo o exemplo de Jesus para dentro de nossas vidas?

Na Campanha da Faternidade, a Igreja Católica lançou o lema  Viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10, 33-34). Será que vamos continuar indiferentes a isso? É bom lembrar que Deus vai interferir, outra vez, no mundo. Estejamos preparados!

 

A lição – 12.04.2020

Saudades do mundo de Deus!

 

Raimundo Marinho
jornalista

O relato da ressurreição de Jesus, feito pelos evangelistas, seguida das aparições aos discípulos, é a maior lição que temos sobre o mundo de Deus, o mundo espiritual. Mesmo nesta pequena crônica é possível mostrar pontos interessantes do processo.

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Cristo ressuscitou três dias depois de morto, justo as 72 horas em que estudos indicam que o espírito necessita para se acomodar na vida espiritual onde voltou a viver. E foi o próprio Jesus quem previu que assim seria, ou seja, que ressuscitaria ao terceiro dia. E vem a pergunta: “Ressuscitou para quê, como e para onde?”.

As religiões cristãs são unânimes em admitir a ressurreição, afirmada pelo próprio Cristo, mas divergem quanto ao seu significado. Ressuscitar significa voltar à vida, seria a inversão da morte. Jesus não ressuscitou, nesse sentido. Como Lázaro, por exemplo, que teria voltado a conviver com suas irmãs.

Quem apareceu aos apóstolos foi Jesus em espírito. Tanto que não deixou ser tocado, a não ser para Tomé conferir as feridas. O corpo espiritual não pode ser atingido pelo tato humano. O Cristo mostrou todo o processo da vida: veio da realidade espiritual e para lá retornou, após a experiência material.

As pessoas da época não estavam aptas a compreender isso. Assim como foi com a origem da reprodução humana, tendo a Igreja de usar a didática da história de Adão e Eva, semelhante à nossa cegonha para as crianças.

É para o mundo espiritual que Jesus nos ensinou a caminhar. Vamos usar melhor, com mais sabedoria, os espaços das religiões, para podermos ingressar no caminho que efetivamente nos conduz ao Deus verdadeiro, o Deus vivo!

 

Via-Sacra – 12.04.2020

Que seja na alegria de Jesus!

 

Raimundo Marinho
jornalista

Vamos seguir os caminhos da via-sacra, aprendidos na Semana Santa, imaginando que em nossas vidas também há estações. Vamos compará-la com a vida e os caminhos trilhados pelo Mestre. A via-crúcis é a Paixão e Morte de Cristo, mas sigamos o exemplo de toda sua vida, integralmente na ordem de Deus.

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Os momentos dolorosos, ora rememorados, são fortes, são tocantes, emocionantes, tristes, impressionam! Como eles se encaixam em nossas vidas? É o que devemos nos perguntar! Se Deus não poupou seu próprio filho, o que será de nós?

Buscamos consolo na crença de que Jesus sofreu tudo para nos salvar, que já estamos livres. Assim, podemos nos esbaldar, gozar os prazeres mundanos, porque já fomos salvos. É um grande engano! Se Cristo padeceu tanto, significa que nós, mortais comuns, teremos muito mais!

É essa lição que devemos extrair dos acontecimentos lembrados na Semana Santa.  A cada um de nós caberá redescobrir o caminho de volta para Deus, no mundo espiritual. Esse mundo não é uma tese espírita, nem espiritualista, é a realidade.

Portanto, revejam, atentamente, as leituras do período quaresmal. Procurem ir  mais além, estudem profundamente a vida de Cristo!

Os caminhos da via-sacra, o mesmo percorrido pelo Messias, são dolorosos e nos mostram que a vida não é para ser gozada, é para ser vivida e sofrida, com todos os seus benfazejos espinhos!

Vence quem não se deixa abater, nem se derrotar. Vence aquele que, ao final, puder dizer: “Obrigado pai, por ter me glorificado”. Se parecer difícil de entender, não se afobe! Com a fé da criança que pede algo ao pai, apenas diga: “Deus, me ajude!”.

 

Espiritualidade - 02.01.2016

Entrevista com Jesus Cristo

(Republicação)

Fotomontagem-adaptação: Rafael Oliveira

Raimundo Marinho

Jornalista

No final de ano, viajei por várias regiões da Palestina, nas páginas dos evangelhos. Segui as pegadas de Jesus e tive a alegria de vê-Lo em diversos locais, entre o Líbano e Israel, na costa leste do Mar Mediterrâneo. Pude rever aquele ser fascinante, de olhar penetrante! Sua voz corta no mais profundo da nossa mente e da nossa alma, com palavras que dilaceram o mais duro dos espíritos. Abrem feridas que nunca se fecham, por onde os mistérios dos Céus nos penetram e são revelados.
Somente quem faz essa viagem pode entender como o pensamento, a mensagem e a figura magistral desse homem conseguiram atravessar, intactos, mais de dois mil anos. Ele só pode ser a encarnação de Deus! Mas falou como um ser humano, consciente da missão pela qual veio à Terra, reunindo divindade, sabedoria, doçura, amor e a mais forte personalidade que já existiu, confundindo-se com o próprio Deus.
Nos vários dias de andanças, inclusive revendo lugares que conheço desde a juventude, por longas horas fiquei a mirar o rosto do Mestre. Ampliei minha reflexão sobre a profundidade das suas mensagens e deixei-me envolver ainda mais por aquela voz cortante. Então resolvi fazer uma entrevista com Ele, como não poderia deixar ser, na minha condição de jornalista. Leia, a seguir:

Mestre, passados 2000 anos, há os que ainda perguntam quem é mesmo você?

Há tanto tempo estou convosco e não me tendes conhecido? Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida. Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome. Aquele que crê em mim nunca terá sede.

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Muitos o chamam de Deus - o Pai. Isso seria correto ou estão equivocados?

Eu Sou o Filho de Deus. Eu e o Pai somos um. Aquele que vê a mim, vê o Pai. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.  Se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

Para os que querem segui-Lo, como achar a sua porta, onde você mora?

As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça. Mas entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ela.  E porque estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.

Então, o que cada um deverá fazer para caber nesse caminho estreito?

Vigiai o tempo todo, orando, para que possais escapar do que está para acontecer, e apresentar-vos em pé diante do Filho do homem. Não julgueis, para que não sejais julgados.  Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.  Ame seus inimigos, faça o bem para aqueles que te odeiam, abençoe aqueles que te amaldiçoam, reze por aqueles que te maltratam. Se alguém te bater no rosto, ofereça a outra face.

Mas as igrejas pregam que você já nos salvou, ao ser ferrado na cruz. Estaríamos numa boa, sem precisar fazer mais nada!

Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.

Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Aquele que tentar salvar a sua vida, vai perdê-la. Aquele que a perder, por minha causa, vai reencontrá-la. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!  Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

Muitos me dirão, “Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?”. E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

Por que viver está tão difícil, Mestre, são tantas dificuldades?

Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu asseguro que, se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: vá daqui para lá, e ele irá. Nada será impossível para vocês. Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber. Nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento e o corpo mais do que o vestuário? Mas, buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

O primeiro mandamento é amar a Deus e o segundo é amar o próximo. Mas este próximo é quem mais nos persegue!

Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus. Porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Não resistais ao mal, ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa. Se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.

Você pode nos ensinar, novamente, como rezar e falar com Deus?

Quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto. E teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. Não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixes cair em tentação.

Lembra, Mestre, das suas comoventes palavras na despedida dos discípulos?

Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir. Eu vo-lo digo também agora. Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

Sabe, Jesus, não consigo entender como ainda tem gente que não sabe quem é o próximo! Repete para mim a parábola!

Ia um homem de Jerusalém para Jericó e foi atacado por salteadores, que o despojaram e espancaram, deixando-o meio morto. Passou um sacerdote que o viu e o ignorou. O mesmo fez um levita. Mas um samaritano o viu e teve pena dele.  Tratou suas feridas e o levou para uma estalagem, onde cuidou dele e assumiu todos os gastos da hospedagem e do tratamento. O próximo do que caiu foi o que o socorreu. Vá a faça o mesmo.

Você não está mais aqui para tirar nossas dúvidas. Como saber se estamos no caminho certo?

Avante, mesmo os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus; os que choram serão consolados; os mansos herdarão a terra; os que têm fome e sede de justiça serão fartos; os misericordiosos alcançarão misericórdia; os limpos de coração verão a Deus; os pacificadores serão chamados filhos de Deus; os que sofrem perseguição por causa da justiça, deles é o reino dos céus; ou quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo mal contra vos por minha causa.

Para terminar, por hoje, tão falando que o mundo vai acabar ou vai haver uma transição planetária, tudo conforme o Plano de Deus. Precisamos nos preparar?

Não deixe ninguém vos enganar. Virão muitos em meu nome, dizendo “eu sou o Cristo”, e enganarão a muitos.   Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras. Não vos assusteis, é necessário assim acontecer. Mas ainda não é o fim. Nação se levantará contra nação, reino contra reino. Haverá fomes e terremotos, em vários lugares. Porém, tudo isto é o princípio das dores. Surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos.  

Portanto, se vos disserem “eis que ele está no deserto”, não saias, ou “ei-lo no interior da casa”, não acredites.  Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem. Quando os ramos da figueira se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.  Assim, quando virdes todas estas coisas, sabei que o fim está às portas.

(Faça você também sua entrevista com Jesus. Se quiser, pode seguir o meu roteiro de viagem: João 6: 32-35; 10: 7-9; 30, 36; 13: 7, 33-35; 14: 6-9,23. Mateus 5: 37; 43-46; 6: 9-13; 25, 33; 7: 1-2; 13-14; 21-23; 8: 20; 10, 34-42; 17: 20; 24: 4-8,11; 24-27; 32,33. Lucas 10:30-37; 21:36)

Clique abaixo para ouvir:
1) https://youtu.be/5WP4IiWuPW4
1) https://youtu.be/oCDwG8C2Im0
2) https://youtu.be/kW4HRVI1P24

 

Mensagem – 15.03.2020

Mais uma Semana Santa,
mais uma oportunidade

 

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Raimundo Marinho
jornalista

Estamos indo para a Semana Santa de 2020 e, mais uma vez,  serão relembrados os dias finais de Jesus Cristo, conforme relatado pelos santos evangelhos.

Qual seria o significado disso? Para as igrejas cristãs, Jesus se submetera a tais dores para nos salvar. Mas essa salvação começa a exigir mais esclarecimentos.

Os dogmas e lições que as igrejas nos ensinam, não precisam ser contestados, mas exigem a devida interpretação com inteligência, sob a luz do Espírito Santo.

Não soa racional, por exemplo, simplesmente aceitar ou mesmo acreditar, de forma  cômoda, que já estamos salvos somente porque Jesus morreu por nós.

Pela lógica, não podia ser a melhor interpretação para os terríveis sofrimentos do Cristo, ao ser assassinado, por não abrir mão da missão para qual veio.

Ele não disse que morreria para nos salvar, e sim ensinou que seremos salvos pela adesão a seus ensinamentos, mostrando até onde se deve ir, se necessário.

A salvação não está no sangue derramado na cruz, nem nas dores lancinantes do chicote e pregos que rasgaram sua  carne, seus nervos e quebraram seus ossos.

Não está na falta de ar, na agonia, pregado na cruz, sem poder, nem mesmo tanger as moscas, enquanto morria lentamente! Isso seria muito cômodo para nós!

A salvação está na transformação que isso opera em nossas vidas, tornando-nos capazes de seguir o exemplo de Jesus, dando a vida à causa pela qual aqui viemos.

É urgente que se tenha consciência de que Jesus não nos salvou, simplesmente. Ele nos mostrou o caminho da salvação, que significa tornar-se apto a chegar a Deus.

Leiam e releiam os evangelhos e verão lá essa mensagem, bem clara. Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça, olhos para ver, que veja, alertou o Messias!

 

Mensagem – 15.03.2020

Muito podemos aprender
com as tentações a Jesus!

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Raimundo Marinho
jornalista

Os evangelhos (Lucas: 4, 1-13, Mateus: 4, 1-11), geralmente lidos na missa do primeiro domingo da Quaresma, versam sobre intrigante passagem da vida de Jesus, que requer constante reflexão.

Referem-se à sua tentação, no deserto, onde passou 40 dias sem comer. A primeira indagação a se fazer é sobre qual teria sido o objetivo dos evangelistas com esse relato tão contundente .

É narrado que Jesus estava cheio do Espírito Santo e fora tentado pelo diabo, que o instigou, sedutoramente, para a soberba, no que seria, aparentemente, um rigoroso teste para o Filho de Deus.

Afirmam Lucas e Mateus que o diabo dissera ao Messias: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”. E Jesus respondera, com sabedoria: “Nem só de pão vive o homem”.

Satanás oferecera-lhe poder em troca de adoração. Por fim, insultou o Mestre, sugerindo-o que provasse ser poderoso, jogando-se da montanha e ordenando que anjos o protegessem.

A tudo Jesus repeliu e o cão se afastara. O que tais relatos significam, de fato? Mostrar que o diabo existe e disputa com Deus?  Para nós, é apenas a representação das fraquezas humanas.

Foi ensinado como vencer as tentações sedutoras que costumam nos assediar, em momentos de fraqueza. Elas estão em nosso dia a dia, como diabos que incitam à busca só de gozos físicos!

Deus é absoluto, sem qualquer  possibilidade de haver uma personalidade chamada “diabo” a nos ameaçar. “Satanás” não passa de pensamentos que perturbam os que se afastam do Criador!

 

Força da fé  – 06.02.2020

Remove pedras do caminho!

 

Raimundo Marinho
jornalista

Costumamos falar muito de fé, principalmente no ambiente religioso, sobre ter ou não ter fé, se ela é pouca ou muita. Cristo disse que os homens eram de pouca fé e comprovou: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível” (Mateus 17:20).

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O chamamento severo de Jesus deu origem ao ditado: “a fé remove montanhas”. E remove, embora nunca vimos uma montanha assim removida. Todavia, coisas até mais grandiosas já foram e continuam sendo feitas pelo homem, alguns privilegiados, claro, somente porque acreditaram que podiam realizá-las.

O principal talvez seja conhecer a amplitude do significado e utilidade da fé. Vista como algo abstrato, nada significa. É um conjunto de doutrinas, que se materializa, como a confiança e a crença em algo palpável ou realizável, um testemunho. Ela impulsiona e é confirmada pelo conhecimento.
 
Ter conhecimento de algo, ter certeza de que ele existe, após ter sido pesquisado, estudado, experimentado, é bem melhor do que apenas acreditar, abstratamente, que ele existe. É o caso de Deus! Para muitos, Ele está apenas na fé. Para outros, Ele é concreto, porque estudaram os fundamentos da sua existência.

Santo Anselmo, nascido na Itália, em 1033, dizia: “Não quero compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada.” Com Santo Agostinho deu-se o inverso: ao buscar argumentos para seu pensamento ateu, acabou descobrindo a realidade de Deus.

Ninguém escapa de Deus. Tanto está nos argumento para confirmá-lo quanto para negá-lo. O Livro dos Provérbios (15:3) diz: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons”.

 

Cantar em Deus – 06.02.2020

A mensagem dos cantos!

 

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Raimundo Marinho
jornalista

O canto das igrejas serenam nossas almas, transporta-nos para além da percepção material, para um mundo de sensações diferentes, para a ternura que só a sensibilidade espiritual pode alcançar. O canto das igrejas, quando brotam do espírito, é como a voz dos arcanjos diante de Deus.

Não entendo as igrejas que teimam em repisar que o Deus da outra não é verdadeiro. De todas, porém, o Divino ouve os cantos. Da alma de cada um parte a louvação que agrada o Senhor, pela pureza e firmeza da fé dos fiéis. Não é a igreja que nos leva para o céu e sim a fidelidade ao  Criador.

Somos ovelhas a caminho, não do calvário ou purgatório, e muito menos do inferno, seja qual for sua concepção, mas do céu. Cantamos nessa estrada. À nossa frente, segue o bom pastor, que reconhecemos e identificamos pelo tom da voz, o modo de viver e pelo jeito como nos ensina a cantar.

No evangelho de São João, do 4º domingo da páscoa (10,1-10), o Messias nos tranquiliza: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão”.  Mas há os que, infelizmente,  perdem-se nas drogas das ilusões da vida.

Talvez precisem do canto alegre da Igreja, das vozes comoventes cantando para Deus. Ah, se pudesse adentrar àquelas portas benfazejas! Vamos cantar mais alto, onde quer que estejamos, com toda convicção da nossa fé. Corações perdidos poderão nos ouvir! “Eu sou a porta”, disse Jesus!

 

Mensagem - 26.01.2020

Legado para além daqui!

Raimundo Marinho
jornalista

Não resisti a compartilhar essa mensagem, breve resumo sobre a experiência de vida com meu pai, Seu Humberto (1922-2019), exemplo de vida harmonizada com a  cidadania e o Plano de Deus.

Desde os idos da roça, ele representou para seus 10 filhos a firmeza de um Jequitibá, como um dia lembrou a professora Edir Meira. Tanto que não tombou, migrou para a luz do mundo espiritual.

Cumpriu, sem preguiça e com plena abnegação, tudo que viera fazer. Seriam necessárias muitas páginas para caber o rico legado de coragem e integridade moral que nos deixou.

Viveu 97 anos, sem hesitar ou reclamar, indiferente a obstáculos e fiel ao Plano de Deus! Na fecunda realidade do existir, edificou a personalidade que conosco partilhou e com que nos educou.

Protegeu-nos como um leão, contra, sobretudo, as explorações comuns ao meio e à época. Deu-nos tudo do pouco que teve, sem se intimidar com as duras dificuldades que enfrentou.

Angariou muitos amigos e admiradores! Graças a Deus, incorporamos seu exemplo de fé, dignidade, honestidade e amizade, repassados aos seus netos, com os quais brincava como um menino
 
Choramos muito sua ida, pois é do egoismo humano querer eternizar na Terra os entes queridos, mesmo sabendo que Deus nos criara para, um dia, subir à glória da Pátria Espiritual.

Seu Humberto nos ensinou, na simplicidade de seus exemplos, como se habilitar a essa vontade de Deus. Tomara que estejamos a semear pelo menos um pouco disso, por onde vivemos.

Existe muita dor, sim, Seu Humberto, pela sua partida e de D. Maria, a mãe que nos deu.Porém, nada será maior que a alegria de ter caminhado com você, como pai, avô, bisavô e amigo!

(Adaptado da mensagem distribuida na missa de 7º dia, em 01.12.2019)

 

Mensagem – 26.01.2010

Na sintonia com Deus!

Raimundo Marinho
jornalista

A vida das pessoas deve ser regida pela paz que emana de Deus. Para tanto, é necessário que vivamos em contato com Ele. Nesse sentido, o Criador nos facilitou as coisas, inoculando sua centelha em nós. Assim, para encontrar aquele que nos criou, basta olharmos para nós mesmos e nossos semelhantes!

Deus não é uma abstração, algo invisível e intocável. Ele tem uma natureza específica, que precisamos conhecer melhor. Ele é concreto, mas não o veremos se não estivermos sintonizados com a sua realidade. É como o sinal de rádio ou TV,  que só se vê ou ouve após ligado o aparelho receptor.

E nós somos os aparelhos pelos quais o sinal de Deus pode ser sintonizado. Temos, então, de buscar essa sintonia. Para isso, é necessário que sejam afastados todos os ruídos, como soberba, arrogância, falta de amor, ódio, inveja, cobiça, falta de generosidade e o apego às coisas materiais.

O que mais obstrui nossa ligação com Deus é a indiferença para com nossos irmãos e   as coisas da natureza. A criação divina envolve tudo que há em nossa volta, todas as formas de vida, as belezas que admiramos, bem como o que costuma nos assustar, como as pequenas e desprezadas baratas.

Se maltratarmos uns aos outros ou qualquer ser vivo, ofenderemos Deus e criamos um grande chiado na comunicação e na sintonia com Ele; que não nos rejeitará por causa disso, assim como a TV e o Rádio não brigarão conosco, se não soubermos usá-los. Mas podem ficar inaudíveis!

Virados para o lado contrário, nunca veremos o que desejamos ver. Se quiser ver Deus, olhe para si próprio e para tudo que Ele colocou no mundo. E descobrirá as maravilhas da vida, a clareza, a luminosidade e a paz de Deus!

 

Mensagem – 15.01.2020

Com o pensamento em Deus!

 

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Raimundo Marinho
jornalista

O evangelho de Marcos (9, 14-29) faz o relato da cura, feita por Jesus, de um menino que era perturbado por um espírito. Até hoje, situações como essa despertam curiosidade e chamam a atenção das pessoas da comunidade. Geram todo tipo de comentários e o doente é levado para lá e para cá, em busca de uma solução.

Padres são procurados, centro espírita é procurado, terreiro de candomblé é procurado, igreja evangélica é procurada, curador é procurado, médicos são procurados. No desespero, as famílias vão a todos os lugares onde acreditam possam receber ajuda. Mas nem sempre é encontrada a solução, há casos até de a pessoa morrer.

A explicação está nas palavras de Jesus: “Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos?”. O Messias sempre se referia à pouca fé da humanidade. E até hoje é assim. Mas Ele compreendeu a dor e o sofrimento daquela criança e da sua família. Então, ordenou: “Trazei aqui o menino”. E bastou uma só palavra sua para o espírito obsessor deixar a criança em paz.

A falta de fé e de conhecimento nos impede de perceber que muitos espíritos, até de pessoas com quem já convivemos, permanecem entre nós, praticando as mesmas maldades de quando eram vivos, sem que possamos vê-los. Eles agem pela força do pensamento.

São as mesmas pessoas que aqui estiveram, com as mesmas maldades ou bondade, a depender da situação. Como espírito, têm mais capacidade mental e se aproveitam disso para se divertir ou se vingar, atormentando os fracos e os que vivem afastados de Deus.

São vistos como demônios, monstros e outros adjetivos, e assim eram desde quando estavam vivos. Mas nenhum espírito mau ou demônio tem poder para se aproximar da pessoa que reza, que vive com o pensamento em Deus e segue os ensinamentos de Jesus!

 

Mensagem – 12.01.2020

A grandeza espiritual!

 

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Raimundo Marinho
jornalista

Felicidade e alegria são as coisas mais procuradas, nesta vida.  A verdadeira alegria que podemos sentir é como uma minúscula faísca de ouro escondida na imensidão de um garimpo. A busca exige trabalho duro e persistência e pode levar tempo para ser encontrada.  Devemos ter a paciência e a obstinação de um garimpeiro.

Mas, assim como um garimpeiro pode bamburrar, certas pessoas são alçadas, subitamente, ao pleno gozo da felicidade e do contentamento. São os abençoados dos Céus. Não foi de uma hora para outra que encontraram o que procuravam. Se olharmos sua história de vida, veremos que eram guiadas pelo espírito de Deus.

E ninguém é alcançado pelo espírito divino se não cultivar um coração bom e uma alma generosa. O mínimo que podemos ser é gentis, diante do mundo e dos nossos semelhantes. Estamos aqui para contribuir com o plano do Criador, sendo duros na defesa da sua lei, mas sem nunca afastar a ternura dos nossos corações.

Vamos olhar com piedade e benevolência para todas as formas de vida. E se não pudermos abranger tudo, em face da grandeza do universo, vamos cuidar pelo menos daqueles que estão perto de nós. Cada pessoa, cada ser vivo colocado à nossa frente é um desafio à nossa generosidade, à nossa paciência e à nossa fé em Deus.

Cada dia vivido deverá ser um crédito em nossa conta nos Céus. Vamos terminar a fauna diária abatidos pelas energias gastas, mas felizes e alegres por termos alcançados a consciência de que fomos multiplicadores da verdade de Deus e dos ensinamentos de Jesus.

Não tenha vergonha de proclamar, abertamente, que ama o Cristo, assim como a noiva não hesita em se entregar ao noivo amado, como se parte do seu corpo fosse. A grandeza do espírito não se forma pela ira ou pelo quanto tenhamos passado nosso semelhante para traz. Forma-se pelo quanto o tenhamos amado.

 

Mensagem – 03.11.2019

NO CEMITÉRIO (*)

Os vivos deviam visitar regularmente os cemitérios. Não apenas nos momentos dolorosos dos enterros. Aquelas tumbas nos fazem lembrar que a maioria das coisas da vida, pelas quais tanto brigamos, de nada vale. A morte é certa e impiedosa, não respeita rico nem pobre, nem feio ou bonito. É o que fica evidente quando estamos diante de um túmulo. Mas nem sempre vemos dessa forma. Não raro, fingimos dor e tristeza, apenas para parecer socialmente agradáveis nos sepultamentos. A dor dos que ficam logo passa!

O amor, a atenção, o abraço apertado, a amizade, a fraternidade, a caridade, a solidariedade muitas vezes negados ao defunto, em vida, passam a ser compensados com gestos atrasados e desnecessários, como ajudar a carregar o caixão, comparecer à missa de sétimo dia, depositar flores e mensagens, talvez uma foto, sobre o túmulo frio e cimentado. Enquanto isso, aquele corpo enterrado, antes viril e saudável, apodrece e vai sendo comido pelos vermes, até que nada mais restará da pessoa.

Ao visitar um cemitério, certamente você vai observar que, em muitos túmulos, as flores secaram, as lembranças caíram; que a sujeira tomou conta dos sepulcros, antes caiados ou revestidos de mármores luxuosos. Alguns poucos são bem cuidados. Certo dia, ouvi uma alma viva resmungar por entre covas e carneiros, dizendo que ali terminavam todas as diferenças. Lembrava que, ao chegar ao cemitério, pobres, ricos, importantes e insignificantes, humildes ou orgulhosos, eram igualados pela temida foice da senhora morte.

Observe a variedade de túmulos, carneiros e covas. São diferentes, conforme estejam caiados, cimentados, azulejados, revestidos com mármores e granitos, ornamentados com flores naturais ou de plástico, com crucifixos de resinas ou de bronze. Até entre as covas mais humildes há diferenças, umas são mais bem arrumadas que outras. São diferenças que revelam o lado incorrigível do ser humano, que quer parecer um melhor do que o outro, mesmo diante da morte.

Mas há os que depositam flores, não pela ilusão de que o morto não tivesse morrido, mas pelo sentimento do amor e de consideração para com quem se foi. Não podemos modificar as leis implacáveis da natureza. E se uma visita ao cemitério não servir para despertar essa percepção, outro meio não haverá, a não ser o próprio suceder da vida, determinado por aquelas mesmas leis, que só excepcionalmente e no tempo certo serão dadas a conhecer plenamente.

Dessa forma, sempre que você for dominado por qualquer sentimento ou paixão destrutivo, como vaidade, arrogância, vingança, mania de grandeza, vontade de submeter ou aniquilar o próximo, compulsão pelos vícios e tantos outros, contenha-se e vá ao cemitério. Pense, também, que a vida é um misterioso mergulho na solidão de si mesmo, na qual somente sentimentos e paixões nobres poderão ajudar você. Fique com Deus!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos. Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 26/27.

 

Mensagem – 03.11.2019

PARA ONDE A ALMA “VOA”? (*)

 

O que acontece com as pessoas depois que elas morrem? Uns acham que simplesmente são levadas para o cemitério, onde são enterradas ou cremadas, não se falando mais nelas.  A maioria, porém, acredita que os que morrem ingressam em uma nova vida ou ficam numa espécie de quarentena, para ressuscitar, no Juízo Final.

A primeira resposta não oferece dificuldades, mas a segunda é inquietante e não há provas definitivas a respeito. Fica por conta das convicções religiosas e do ideário do ser humano de se eternizar. Dessa forma, o ente humano foi dividido em corpo perecível, que é enterrado quando morre; e em alma imortal, que “voa” para uma outra vida. Então, a essência da vida estaria na alma, no espírito, e não no corpo.

A idéia de alma, de espírito, de vida após a morte continua sendo assunto do âmbito humano e foi construída pela filosofia e pelas religiões. O certo é que o verdadeiro destino dos seres, após a morte, ainda não foi dado a conhecer, de forma a convencer todo mundo. Mas se tornou consenso que o corpo é um traje temporário, que a terra há de comer, que é visto sendo enterrado, mas não se vê a alma ou o espírito “voando”.

Difícil explicar que algo de nós, além do corpo, ao morrermos, partirá para um plano de plena satisfação ou para regiões de sofrimento, a depender das ações que tivermos praticado.

Aliás, como explicar a própria vida? Se nela o mais certo é a morte, em paradoxo tão irrefutável? Mas a vida por si só se explica. Quem quiser entender tudo terá de se concentrar no nascer, no crescer, no viver e no morrer. Não há como negar sentido a realidades tão grandiosas, tão eloquentes!

No plano humano, não há nem nunca haverá uma clareza coletiva a esse respeito. O comando de Deus programou, através da natureza, esclarecimentos individualizados, na proporção em que cada um for se interessando em obtê-los se a isso dedicar a sua vida. Cada um que for buscando essa sabedoria profunda irá se iluminando, na medida do seu viver, até se transpor, como Jesus Cristo, para a outra vida, sobre a qual, até então, só temos conseguido conjecturar.

Nem tudo é dado a conhecer ao homem somente pela sua ansiedade em saber. Seria perturbador para sua vida na Terra. Seria como ver os milhões de microorganismos, as bactérias, que vivem em nossa pele, em nossa boca, nos olhos, nas mãos. Nosso olho não é capaz de enxergá-las. Seria apavorante!  Mas elas ajudam nosso corpo a permanecer vivo. Só ficamos sabendo que elas vivem em nós depois que foi inventado o microscópio, no tempo determinado por Deus.

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos. Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 21/22.

 

Mensagem – 18.08.2019

LIVRAMENTO SOIS VOSSO, MARIA (*)


Quinze de agosto é dia de festa em Livramento de Nossa Senhora! Dia da padroeira! “Aqui da vossa cidade, ó Maria, sois a Excelsa Protetora”. Sois a mãe de Jesus e Ele, do alto da cruz, na pessoa de João, nos legou, a ti, Maria, também como nossa mãe.

Referindo-se ao discípulo amado, te disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. Depois, ao discípulo, afirmou: “Eis aí tua mãe” (BÍBLIA, João 19, 26-27).

E por quantos anos estais a derramar vossas bênçãos sobre Livramento! Quantas gerações já vieram e já foram, aqui vivendo sob o manto da tua proteção! 

Quanto já temos rogado a ti, para que nos abençoe e a nossos filhos! Para quantos já advogou junto ao amado filho, Jesus Cristo! Quantos lamentos, quantos rogos já ouvistes, Maria, desse teu povo!

Quantas lágrimas já nos vistes chorar! Quantas alegrias, também, já nos vistes cantar! Quantos risos já houveram, tantos compartilhados contigo! Não há colo, não há regaço mais consolador que o teu, Maria!

Eu te imagino viva, a consolar-me com o teu olhar de mãe! Eu sinto, dentro de mim, o frescor da tua inspiração. Sinto-te viva a conduzir-me para o lado da alegria de Deus!

Sinto-te, com a doçura de mãe, a soprar teu hálito santo sobre mim, muitas vezes aplacando minha ira, suavizando a dureza do meu coração, clareando minha mente e refrescando o meu espírito!

Vejo-te viva, ó Maria, seguindo os caminhos dos meus filhos, para quem tanto rogo tuas bênçãos! Sinto tua presença viva dentro de mim, clarão pelo qual vejo a imagem luminosa de Jesus Cristo; e enxergo o caminho de Deus!

Tuas bênçãos fazem com que Jesus me ouça! Animam-me a almejar a benevolência de Deus! E rogo, Maria, para que assim seja com todos os filhos aqui da vossa cidade, da qual sois a Excelsa Protetora.

Tende, pois, de nós piedade, ó mãe de Deus, co-redentora! Porque Livramento sois vosso, ó Maria!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos. Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 136/137.



Mensagem – 18.08.2019

MÃE CHEIA DE GRAÇA (*)


O sol nasce, enche as manhãs de luz, envolve a Terra, aquece os seres vivos, colore as plantas e ilumina o dia! Chega a pino, forma a tarde e se põe, ao final do dia. Os sinos dobram, a música toca, o Ângelus medita, Ave Maria, senhora da Terra, rainha do Céu e predileta de Deus.

Nas reflexões desse instante belo do crepúsculo, rogamos a Maria que ilumine nossos espíritos e sossegue nossos corações. A seus pés, depositamos os frutos e o cansaço de mais um dia. Não há fadiga nem dor da vida que seu olhar não suavize.

Oh, Maria! Que teu amor de mãe e poder de santa sejam luzes em nosso caminho para Deus. Tivestes a glória de conceber o herdeiro do altíssimo, entregando-te como a escrava do Senhor, ignorando que seria uma missão de tanta dor.

Quanto doído não ficou teu coração, nas longas horas em que tua alma se torturou ao pé da cruz, de cujo alto gotejava o sangue de Jesus. Quis mais o criador, que fosses nossa intercessora, a ouvir-nos sempre que oramos “Ave Maria”.

Tu, cheia de graça, consoladora, nos ajude a vencer a desgraça humana, pois “achastes graça diante de Deus”! Sois a mãe do Redentor, a imaculada, a das Dores, a de Lourdes, a de Aparecida, a do Livramento, a da Conceição, esposa da nossa alma e refúgio do nosso coração!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos. Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 155/156.

 

Mensagem – 27.07.2019

Aprendendo com a dor!

 

Raimundo Marinho

Jornalista

O mundo será sempre um ambiente de dor, pelo menos enquanto for local de exercícios espirituais. Não há ilusão quanto a isso, basta observar a trajetória humana na Terra. As formas bárbaras de guerra, de agressões, de judiação apenas foram substituídas por novas tecnologias.

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A tecnologia chegou a grau espantoso de evolução, mas o espírito humano é o mesmo, provando que aqui é local de experiências. Espiritos chegam,  aperfeiçoam-se, sobem para outras esferas mais elevadas e novas almas imperfeitas aqui desembarcam.

A exploração de uns humanos por outros humanos continua, demonstrando que os propósitos de depuração que trazem os espíritos acabam esquecidos. Felizes, portanto, são os que agem como foi programado antes da vinda, os que aproveitam bem a vida terrena.

O desafio é vencer as dores, a tristeza, as tragédias, usando-as para fortalecer nossos espíritos e não para o endurecimento de corações. A dor é o espelho da vida, por onde a porta do mundo espiritual se abre para nós. Ela nos alerta e nos conclama a sermos generosos.

Um corpo sem dor será corroído pelas feridas e pelas doenças. Uma alma sem dor se tornará presunçosa e debochará das coisas de Deus. A vida, na verdade, é como uma paraolimpíada, em que nosso desejo de pureza e capacidade de superação são colocados à prova.

A vida não se resume à Terra, razão pela qual os obstáculos que enfrentamos podem ter vindos de outras realidades, de cuja lembrança fomos poupados. Uma porta se abrirá para as alegrias do mundo espiritual aos generosos e gentis na passagem por este mundo! (Oração da Ave Maria, Portal 104.3 FM, janeiro-2013)

 

 

Mensagem – 27.07.2019

Vida, fato inescapável!

 

Raimundo Marinho

Jornalista

A vida é um fato, do qual não podemos fugir. Aparentemente, não pedimos para existir, mas escolhemos viver, sim. E temos de comemorar, pois a existência é um presente de Deus, embora sejam muitos os sofrimentos desta vida! Mas fazem parte do viver, dos desafios dessa bela caminhada.

Não faria sentido “uma vida mansa”. Damos muito valor aos sofrimentos, às dores. Mas, já imaginaram a vida sem sofrimentos, sem dores? Seria desprovida de sentido. No entanto, é necessário distinguir sofrimentos que são, realmente, desafios, daqueles gratuitos, muitas vezes inventados por nós!

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O próprio viver é sofrido, pois exige de nós muitas coisas desconfortáveis, sem as quais, porém, não existiríamos. É o caso da busca por alimentos. Prover o corpo dos nutrientes, de cuidados para com a saúde, de roupas, da moradia que nos abriga, exige muito esforço, muito trabalho, muito cansaço.

Isso, porém, é a vida, caminho que temos que palmilhar e vencer! Tire tudo isso de nós e restará um grande vazio. Então, iríamos dizer: “mas que vida mais sem graça, que vida mais monótona!”. A sabedoria está em como exercemos as atividades da vida, se com alegria e entusiasmo ou com indignação!

Cada gesto, cada palavra, no curso da vida, são contados no Plano de Deus. É uma contabilidade infalível, onde tudo nos será recompensado ou cobrado! Não há vida triste, nem dura! O que há, muitas vezes, é falta de coragem!

Há um guia espiritual sempre conosco, inspirando-nos a ser generosos e pacientes, até compreendermos plenamente a grandeza de Deus! Façamos, pois, da vida um sorriso! (Oração da Ave Maria, Portal 104.3 FM, julho-2013)

 

Mensagem junina I – 24.06.2019

A missão de João Batista! (*)

 

Raimundo Marinho
Jornalista

A comunidade cristã está festejando São João Batista, o mais popular da trilogia dos festejos juninos, com Santo Antônio e São Pedro. Santo Antônio, de família rica, foi um notável intelectual. Nasceu em Portugal, mas se fixou na cidade de Pádua, na Itália, pelo que veio a se chamar “Santo Antônio de Pádua”. Teria morrido aos 40 anos, provavelmente no ano de 1231.

São Pedro, cujo nome original era Simão, folcloricamente eleito padroeiro das viúvas, é mais conhecido, foi apóstolo de Jesus e considerado o primeiro bispo de Roma. Jesus o via forte como uma rocha e mudou seu nome, dizendo-lhe: “Tu és Pedra e sobre esta Pedra edifico a minha Igreja”, passando-lhe a responsabilidade de coordenar a propagação dos seus ensinamentos.

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João Batista nada tem a ver com os festejos juninos. Mas, por conta destes, tornou-se tão popular que muitos já esqueceram quem ele foi e até o confundem com João Evangelista. Foi um profeta, anunciador da vinda de Jesus Cristo e tornou-se um mártir, ao ser preso e degolado, por ordem de Herodes Antipas, para atender aos caprichos de Herodias, a amante do rei.

Antes de bebericarmos o quentão junino, de nos encharcarmos na cerveja do arraiá e nas delícias das comidas típicas, ou de exibir nossa moda nas noites frias da Rua do Areão, em Livramento, lembremos, um pouco, da história desse Santo, que chamava a atenção para as coisas de Deus e alertava as pessoas para os riscos da perdição.

Pouco ouvimos os profetas e os anjos enviados por Deus para nos guiar. Nós, a humanidade, fizemos pior do que degolar João Batista, que era só um profeta, nós matamos Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus.

Curta a alegria dos festejos juninos, mas não se esqueça de cuidar do seu espírito nem da verdadeira alegria, a que vem de Deus!

(*) Apresentada no programa “A Oração da Ave Maria”, Portal FM, junho de 2013

 

 Mensagem junina II - 24.06.2019

Mil vivas a São João (*)

 

“Convém que Ele cresça e que eu diminua”. (João 3:30)

 

Para qual João é a “Festa de S. João”? O Evangelista ou o Batista? Vou explicar: O Evangelista escreveu o Evangelho Segundo João, era o mais jovem apóstolo de Jesus; O Batista era primo de Jesus, filho de Isabel e Zacarias, e foi quem anunciou a chegada do Messias a seu povo.

Esse é o São João que se comemora nessa época do ano. Coincide com a colheita de milho na nossa região, época de fartura na roça. A culinária se enriquece e o festejo da fartura anima o coração de todos.

Conhecemos a “Festa”, mas será que conhecemos o Santo João Batista?

A vinda dele foi profetizada 700 anos antes dele nascer, pelo Profeta Isaías: “Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus” (Is. 40:3).

O Evangelista Marcos reúne a profecia de Malaquias com a de Isaías e descreve: “Eis aí diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho; voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Ml. 3:1 e Mc. 1:2, 3).

Então, ele demonstra que essa profecia dizia respeito a João Batista: “apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados” (Mc. 1:4).

João Batista, portanto, veio antecipadamente, para dizer que o Messias (Cristo) havia chegado.

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No encontro com Jesus, antes de batizá-lo, ele declarou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”! (Jo. 1:29). E, quando perguntaram se ele mesmo era o messias, ele respondeu: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse Isaías” (Jo. 1:23).

João reconhecia que a sua mensagem era mais importante do que ele mesmo, o mensageiro. Ele afirmou: “Eu batizo com água; mas, no meio de vós, está quem vós não conheceis; o qual vem após mim, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias” (Jo. 1:26, 27).

Diante do Messias, João sabia que era apenas pó, como todos nós. Em Cristo, porém, o Messias anunciado, há verdadeira vida!

Importante notar que João não se sentia importante. Ele anunciava a grande mensagem da chegada do Messias, mas ele mesmo desejava diminuir para que Jesus, o Cristo, o Messias por ele anunciado, adquirisse a relevância merecida.

As pessoas a respeito de João diziam: “Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste (Jesus Cristo) era verdade” (Jo. 10:41).

Sequer uma gripe ou uma dor de cabeça João Batista curou das pessoas que iam até ele. No entanto, muitíssimo mais importante do que isso, ele testificou a legitimidade do Messias. Ele foi leal à sua missão de ser “a voz de Deus clamando no deserto”.

João morre decapitado por Herodes, a pedido de Herodias, sua ilícita esposa (Mc. 6:14-29). Mais um profeta a morrer por ter tido a coragem de denunciar o pecado dos poderosos e por ter sido fiel e coerente à sua missão.

Homens assim não merecem ser festejados em celebrações onde o paganismo, a exploração cultural-religiosa e a licenciosidade imperam.

Mil vivas a São João Batista cuja vida de total compromisso e dedicação a Deus resgatou a graça do arrependimento, a certeza do perdão pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, a voz da verdade onde Jesus, o Messias, Deus-Filho, “cancelou o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Cl. 2:14).

Nós (incluindo-me) que durante a festa curtimos a fartura de comida gostosa nesses dias, não esqueçamos jamais do exemplo de João: “Convém que Ele cresça e que eu diminua”.

(*) Texto atribuído ao Rev. Miguel Cox, Reitor da Paróquia da Unidade
da Igreja Cristã Episcopal do Brasil, Recife (PE).

 

 

Mensagem – 12.05.2019

O AMOR ÀS MÃES (*)

 

O bispo chileno Dom Ramon Angel, em seu “Retrato de Mãe” (**), escrevera:  

“Uma simples mulher existe, que pela imensidão de seu amor tem um pouco de Deus. Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo. Que, sendo moça, pensa como uma anciã. E, sendo velha, age com as forças da juventude. Quando ignorante, melhor que qualquer sábio, desvenda o segredo da vida. E, quando sábia, assume a simplicidade das crianças.

Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama. E, rica, sabe empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos.

Forte, estremece pelo choro de uma criancinha. E, fraca, entretanto, se alteia com a bravura dos leões. Viva, não lhe sabemos dar valor, porque à sua sombra todas as dores se apagam. E, morta, tudo que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo (...)”.

Outro religioso, padre Zezinho, também escreveu texto em que diz:  

“Mãe, Palavras, eu não acho. Nenhum poema diz o que é que eu realmente penso. Poeta algum jamais verbalizou minha experiência. Ser teu filhoé uma aventura única. E eu simplesmente não consigo traduzi-la empalavras. Mas teu coração entende (...)”.

Um dia eu também, em momento de inspiração, escrevi:

“Mãe, você foi minha primeira imagem, minhas primeiras palavras, meu primeiro amor. Hoje, você continua a ser a primeira em minha vida eproporciona-me a intensa alegria de me sentir sempre um menino”.

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Tudo pode ser dito das mães, mas nenhuma homenagem estará à altura delas se não compreendermos o significado da geração de um filho dentro do plano e da obra de Deus. Seguir os passos de Maria, enquanto seguia seu filho Jesus, talvez seja um bom modo de se atingir essa compreensão, sobretudo pensar como deixou o menino crescer e se desenvolver, com o desvelo de mãe, mas sem interferir no seu destino, pois sabia da missão divina que Ele tinha a cumprir.

Por vezes, ela se assustava, ao ver no filho a própria figura de Deus.
Nas “Bodas de Caná”, pediu a Ele para socorrer os anfitriões diante do constrangimento de ter faltado vinho. Embora Ele dissesse “mulher, o quequeres de mim, ainda não é chegada a minha hora”, ela orientou aos que serviam: “faça tudo que Ele vos mandar” (BÍBLIA, João, 2, 4-5).

Ela conhecia o filho e O tinha como um ser humano comum, apesar de nunca esquecer que, antes de tudo, Ele era, na verdade, o filho de Deus. Esse filho, que ela carregou nos braços, igual a qualquer mãe terrena, veio a abraçar, no auge da dor de uma mulher, quando Ele foi descido da cruz, morto pela brutalidade dos homens.

A ti Maria, rogamos, nesta humilde oração do Ângelus, que abençoe todas as mães, especialmente as que nos ouvem, para que encarem a divina missão da maternidade com a mesma fé e alegria que tiveste!

(**) Mensagem que teria deixado, como agradecimento, em certo lugar que lhe hospedara.

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.

 Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 73/74.

 

 

Mensagem – 12.05.2019

MÃES DOLOROSAS (*)

 

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Nada fere mais o coração de uma mãe que o desamparo ou despedida de um filho. No sertão, é comum o filho deixar a casa e sair em busca do estudo ou melhores condições de vida em outros lugares.

São muitos os jovens nordestinos que somem no mundo e deixam para trás mães, esposas, filhos e tudo o que possuíam. Nas despedidas, é o coração da mãe que mais sofre. À porta da casa ou por entre as árvores, ela vê o fruto do seu ventre ir embora e pede a Deus que o traga de volta, um dia.

A mãe aceita o destino, mas não deixa de sofrer. Quando o filho vira bandido, por exemplo, como em cidades grandes, ela o protege até o fim. Nunca o abandona e, quando nada pode fazer, reza e o entrega a Deus.

Temos certeza de que foi assim com as mães de Caim e de Judas Iscariotes; e com todas que não puderam evitar que os filhos se desviassem do bom caminho. Mas eles não olham para trás, para ver as lágrimas daquelas que lhes dedicaram a vida e por eles tanto sofreram.

Como está a mãe de Madeleine, garotinha que desapareceu em Portugal? Ou a mãe do menino João Hélio, arrastado até morrer em um carro, no Rio de Janeiro? O que se passa no coração da jovem mãe Maraisa, ao lembrar Laisa e Mabel, mortas pelo próprio pai?

E a mãe de Isabela Nardone? E a mãe de Gabriela, morta no Metrô de São Paulo? Mesmo se tiverem outros 10 filhos do lado, ainda assim estas mães dolorosas vão sempre chorar, ao lembrar dos que morreram.

Mundo a fora, milhares de mães anônimas choram os filhos que perderam. Não apenas as dos casos famosos, como Araceli, Cláudia Lessin Rodrigues e Aída Curi. Será que suas mães ainda vivem, depois de tanto tempo carregando a dor da perda?

E as mães de Rosane Rodrigues e Franklin Macedo, aqui perto de nós (**), e tantas outras, cujos entes queridos lhes foram tirados de forma brutal e prematura? Que Deus abençoe essas mulheres e lhes ajude a compreender a dor que delas foi exigida!

(**) O autor se refere a Livramento de Nossa Senhora (BA).

 (*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.

 Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 74/75

A Páscoa – 20.04.2019

Jesus nos ensinou a salvação,
só resta ver se aprendemos!

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Todo ano rememoramos dois momentos cruciais da fé cristã, o nascimento e a morte de Jesus Cristo, o nosso Mestre. Mas, há séculos, isso é mostrado na ambiguidade da dor e alegria!

O probrezito Menino Jesus, ou Menino Deus, nasceu numa cavalariça, após Maria e José serem recusados por hospedarias de Belém, no alvoroço do recenseamento ordenado por César Augusto.

Por que o bom Deus imporia ao filho tão difícil missão, se tinha poder para fazer diferente? Se compreendermos isso, entenderemos facilmente que, em verdade, Jesus era o espírito de Deus.

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Naqueles tempos, o mundo, bem menos populoso do que hoje, estava na rota inversa ao Plano de Deus. Então, Ele quis estabelecer um novo roteiro, do que se encarregou Jesus!

Trazemos em nós tudo necessário ao cumprimento de nossa missão, incluindo a regra pétrea do livre arbítrio, pelo qual cada um conduz sua vida na forma do próprio entendimento.

Mas nenhuma ovelha se perderá! Para que tudo ficasse claro, o Plano de Deus previu a vinda de Jesus, cuja mensagem orientativa é cristalina. Tão precisa que não depende da figura do autor.

Diante dela, precisamos ter a coragem de admitir que Jesus não nos salvou, como a pedagogia religiosa tem repetido. Ele nos ensinou a salvação. Prestando atenção, veremos que o roteiro é perfeito.

Prevendo que parábolas, ensinamentos, mandamentos, conselhos, milagres, sermões, como descrito nos evangelhos, poderiam não ser suficientes, Ele submeteu-se ao sacrifício da cruz.

Ensinou claramente o que temos de fazer para, efetivamente, sermos salvos. E que o limite a ser suportado, se necessário, é a imolação, pela fé, confiança e fidelidade a Deus, o protetor do nosso espírito.

É nesse sentido que se pode afirmar que Ele nos salvou! Vamos rememorar seu nascimento e morte, nessa perspectiva, para vermos se, de fato, aprendemos o que nos foi ensinado por Ele!

 

Mensagem – 20.04.2019

SE JESUS VOLTASSE... (*)

 

A humanidade mudou muito em relação aos tempos de Jesus. Há mais informações sobre a formação e funcionamento do mundo, sobre a existência de Deus e a passagem de Cristo pela Terra. Mesmo assim, naquele tempo, escritos antigos previam a vinda do Messias e davam dicas claras sobre como isso se daria. Tudo foi confirmado, mas é possível imaginar o tamanho da confusão que existiu na época.

Havia muita dificuldade na propagação de informações, principalmente entre o povo humilde, pois não existia jornal, rádio ou televisão. Tanto que Cristo veio, pregou, foi perseguido e morto e muitos não acreditaram nEle, devido à escassez de notícias. De certa forma Ele confirmou isso, ao dizer: “Bemaventurados os que não viram, não ouviram e, mesmo assim, creram” (BÍBLIA, João, 20, 29).

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Suas palavras eram profundamente consoladoras, como podemos sentir, ainda hoje, pelos evangelhos. Tinham a força poderosa de quem dominava a verdade. Suas mensagens eram demolidoras e destruíram os argumentos e pensamentos dos que se diziam doutores da lei. “Devemos pagar ou não o tributoa César?”, perguntaram-lhe, maliciosamente, e Ele respondeu: “Dai a César oque é de César e a Deus o que é de Deus” (BÍBLIA, Marcos, 12, 13-17).

Consoladoramente, disse, no sermão da montanha: “Bem aventurados os quechoram, porque eles serão consolados. Bem aventurados os mansos, porque elesherdarão a Terra” (BÍBLIA, Mateus, 5, 4-5).

Ensinou condutas exemplares, afirmando: “quando deres esmola, não saiba atua mão esquerda o que faz a tua direita” (BÍBLIA, Mateus, 6, 1-4); “não vosinquieteis pelo dia de amanhã, porque ele cuidará de si mesmo, basta a cada dia oseu cuidado” (BÍBLIA, Mateus, 6, 34); “aquele que não tiver pecado, que atire aprimeira pedra” (BÍBLIA, João, 8, 7); “antes de depositar tua oferta, reconcilie-teprimeiro com teu irmão”. (BÍBLIA, Mateus, 5, 23-24).

E se Jesus, após 2.000 anos, voltasse à Terra? Quantos acreditariam nEle e quantos O seguiriam? Será que teria um programa de televisão? Seria considerado um impostor? Que sinais haveria para que tivéssemos certeza de ser Ele mesmo? Viria como jornalista, médico, padre ou pastor? Seria espírita, católico, evangélico, pai de santo ou testemunha de Jeová? Ou viria como simples mendigo?

E se Ele já estiver entre nós, em cada uma dessas pessoas? Será que já não estamos torturando-O e crucificando-O, novamente, com nossa falta de fé, nossa insensatez, com nossa falta de compaixão, com os maus tratos aos animais e a destruição da natureza?

Quem tiver olhos para ver, que veja, ouvidos para ouvir, que ouça! Pois, Ele

está no meio de nós! E, certamente, está estarrecido com tantas tolices que estamos fazendo!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.
 Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 114/115.

 

Mensagem – 27.03.2019

Operosos como uma formiga!

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Um simples olhar por ruas, avenidas, praças e caminhos da roça nos coloca diante do ir e vir de multidões de corpos vivos, a formar o gênero humano, junto ao qual transitam miríades de outros seres.

Ainda não é claro para nós o significado de tantos peregrinos sobre a Terra, além dos habitantes de outros planetas. Mas tão majestosa e complexa engrenagem não poderia existir sem um significado.

(Imagem copiada da Web, via Google)

A realeza dessa verdade ainda escapa à nossa plena compreensão, embora conhecê-la esteja em nosso destino. Não devemos nos perder nas tolices da vida e sim trabalhar pelo autoconhecimento.

Nossa estrutura física possui todos os elementos, a começar pelo cérebro, necessários a essa tarefa, tão simples quanto sugar o peito da mãe, ao nascer, sem precisar de qualquer treinamento.

Basta seguirmos nosso guia interno e fugir da tentação exterior. A luz que nos ilumina vem de dentro, força da nossa transformação, tal como uma semente, que rompe a casca e emerge da terra.

Fiquemos atentos e sejamos operosos, assim como a frágil formiguinha que conduz a folha desproporcional ao seu minguado corpo, guiada pela sua condição de formiga, para sustentar o formigueiro.

Ela não indaga para que serve! Sua nobre missão é colher e conduzir a folha até a entrada da casa, onde outras “operárias” têm a missão de picotar o material até o tamanho cabível na pequena passagem.

Há um paralelo com a missão humana, igualmente nobre e engenhosa. Portanto, vamos prestar atenção em nosso jeito de caminhar, para não falharmos naquilo que Deus programou para nós.

 

Mensagem – 27.03.2019 

União dos homens (*)

 

Os humanos sempre procuram o aconchego uns dos outros, através de encontros sociais, amizades, coleguismo e o acasalamento entre homem e mulher. Há uma compulsão quase irresistível, nesse sentido, o que se dá, também, de algum modo, com as outras espécies animais.

Entre os seres humanos, o fenômeno tem certo planejamento, muitas vezes, envolvendo comemorações, festejos, felicitações. O mais bonito e comovente, porém, é o acasalamento, com sua feição romântica, iniciado com a paquera e o namoro.

Nem sempre, porém, as coisas acontecem romanticamente. Por vezes, predominam o materialismo e o instinto animalesco. Os encontros sociais, por exemplo, destinam-se ao exibicionismo, esbanjamento e demonstrações de poder e riqueza.

A alma humana se presta a tudo e deveria prevalecer a visão humanista, com felicitações verdadeiras, troca de afetividade e generosidade. No acasalamento, tem predominado, entre nós, o lado animalesco, em que a busca principal é pela satisfação dos desejos carnais.

Tanto que os jovens até já substituíram a beleza e o romantismo da “paquera” e do “namoro” pelo grotesco “ficar”, que pouco se diferencia do que fazem os animais irracionais.

Se quisermos um mundo melhor, é necessário que façamos, de preferência sem caretice, o realinhamento da nossa visão espiritual, do nosso sentido de vida, em face do plano de Deus!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.
 Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 240/241.
 

Mensagem – 15.02.2019

O que falamos ou
ouvimos é útil?

 

Raimundo Marinho
Jornalista

 

Os humanos têm o costume ruim de falar mal uns dos outros, surgindo as expressões como “quem pode com a minha língua”, “língua ferina”, “língua de trapo”, “língua grande”, “candinha” etc.

Falar da vida alheia parece uma tentação irresistível, mas não se tem qualquer proveito disso. Pelo contrário, criam-se bloqueios à convivência sadia e podem gerar tormentosos efeitos espirituais.

Segundo os espiritualistas, o que pensamos costuma ganhar vida autônoma, nas chamadas formas-pensamentos, que são espécies de imagens daquilo que nos vem à mente, de bom ou de ruim.

Podem viajar até a pessoa da qual falamos e lhe trazer alívio, se falamos bem, ou perturbação, se falamos mal. Se não forem acolhidas, podem voltar ao emissor, causando nele os mesmos efeitos.

Daí os conhecidos ditados, que dizem: “não desejes ao outro aquilo que não queres para ti” e o “feitiço virou contra o feiticeiro”.

Isso é para lembrar e sugerir o uso dos chamados “Três Filtros de Sócrates” contra as fofocas que forem nos contar, descrito na seguinte historinha (apesar do nome, estudiosos negam que o filósofo grego seja o autor):

Um conhecido de Sócrates, certa vez, perguntou-lhe:

- Sócrates, sabe o que eu acabei de ouvir sobre aquele teu amigo?

- Espere um minuto, antes que me diga alguma coisa sobre meu amigo, talvez fosse uma boa ideia parar um momento e filtrar aquilo que vais dizer. Vamos fazer o teste do filtro triplo. O primeiro é a VERDADE. Tem certeza absoluta de que aquilo que vais dizer é VERDADEIRO?

Imagem da internet

- Não, não exatamente. Acontece que ouvi dizer que... – respondeu o homem.

- Então não sabes se é verdade... Passemos ao segundo filtro, o da BONDADE. O que vais dizer sobre o meu amigo é BOM? – perguntou o filósofo.

- Umm, não, ao contrário... – respondeu o conhecido.

- Então você quer falar algo mal sobre ele e ainda por cima nem sabe se é verdadeiro... Mas, bem, pode ser que ainda passes no terceiro filtro. O último filtro é o da UTILIDADE. O que vais dizer sobre o meu amigo será ÚTIL para mim? – indagou Sócrates.

-Não, acho que não... – afirmou o homem.

- Bem, se o que me dirás não é verdade, não é bom, nem útil... Por que irá me dizer então? -ensinou o sábio grego. 

 

Mensagem – 15.02.2019

 NÃO FALE MAL DOS OUTROS (*)

 

A oração de hoje é para você, que está triste ou desanimado, não reza ou reza muito, mas se sente abandonado! Você, que não consegue se entender com seu filho, seu marido ou sua esposa! Você para quem tudo vai mal! E, principalmente, a você que, muitas vezes, chora escondido!

Recordemos o alerta do padre sobre os sinais da presença ou da ausência de Deus em nossas vidas, nossas famílias! Jesus exortou contra nossa pouca fé, dizendo: “Se tiverdes fé equivalente a um grão de mostarda, poderá remover uma montanha”. Já reparou quão pequeno é um grão de mostarda?

Ouça a música que toca ao fundo, é a “Ave Maria”, do grande poeta e músico francês Charles Gounod. Tente ouvi-la, enquanto vai entendendo esta mensagem. Deus está conosco, em sua vida, em minha vida, ainda que não vemos os sinais. Preste atenção! É como nosso coração, que nunca escutamos, mas que bate ininterruptamente, embalado pela energia de Deus.

Quando você reza, Deus está presente! Então, reze com fé! Pense profundamente no que diz na oração, principalmente ao pronunciar: “Perdoainossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido. Isso significa que se não perdoar, não será perdoado.

Não escorrace o animalzinho que sobe no seu colo. Nele está presente o espírito de Deus. Não trapaceie no preço, não engane seu cliente, não simule afeição, não finja que ama. Não queira mais do que lhe foi dado! Comemore suas conquistas, ainda que pequenas. Não odeie nem fale mal dos outros!

As mãos de Deus estão sempre estendidas para você, mas só as verá se purificar a mente e tiver um coração generoso!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.
Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 238.

 

Mensagem – 21.01.2019

Jesus nos leva ao bom ânimo!

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Os homens criaram regras para tocar a vida terrena, como a divisão do tempo, que vai de fração de segundo aos séculos e eras, sendo a unidade fundamental o interstício anual, de fácil visualização e compreensão.

São 365 dias, cuja passagem celebramos entre 31 de dezembro e 1º de janeiro. Mas nos perdemos em meio aos festejos e nos distanciamos do verdadeiro sentido da caminhada, o qual precisa ser resgatado.

Imagem copiada da Internet, via Google

Essa busca nos colocará diante da entidade invisível, ordenadora de tudo, que fomos ensinados a chamar de Deus, cuja proximidade nos imuniza contra os percalços e o risco do desânimo e dos desvios.

Desde a Epifania, trazendo a Boa Nova, com a vinda de Jesus, o Enviado de Deus, os textos bíblicos buscam nos injetar ânimo, entusiasmo e fé. É papel das religiões, embora rudimentares, nos manter alertas.

Então, a cada novo ano, vamos nos encher da alegria de Deus e tornar nossas vidas uma caminhada, não só de fé, mas de introjeção dentro de nós do verdadeiro Deus e Criador, que nem a dor da cruz desfaz.

No madeiro, Jesus bradou “obrigado, meu Deus, por me glorificar”, uma possibilidade de tradução para “Eli, Eli, lamá sabactâni” (Mt 27:46), embora a versão canônica seja “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”.

Por que seria tão pessimista e desanimado, após ter salvo o mundo? Não, não! O Cristo venceu todos os desafios da sua missão e disse, várias vezes, “tende bom ânimo” (Mt 9: 2: 14:27). E jamais se abateria diante do Pai!

Então, a cada ano, mudemos nossa vida, pondo alegria e bom ânimo em tudo. “Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho” (Gl 4: 6). Assim, já não somos mais escravos e sim herdeiros da sua graça.

“Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor” (Is 60: 1). “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, manifestai os seus prodígios entre os povos!” (Sl 95).

 

 

Mensagem – 21.01.2019

O pedido da mãe (*)

 

A primeira manifestação milagrosa de Jesus ocorreu na cidade de Caná, região da Galileia, na Palestina, onde estava com os discípulos e Maria, sua mãe, para as bodas de um casal.

Em plena festa, Maria percebeu que faltava a principal bebida, causando certo embaraço entre os que serviam os convidados. Então, chegou perto de Jesus e disse: “Não tem mais vinho”. Entendendo o que, de fato, ela desejava, Ele respondeu, como se não a conhecesse:

“Mulher, que tenho eu contigo? Minha hora ainda não chegou” (BÍBLIA, João, 2, 1-11).

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..Imagem copiada da Internet, via Google

Sem se perturbar com a resposta, um tanto estranha, agindo como verdadeira mãe, certa do que o filho iria fazer, Maria orientou os serventes, dizendo-lhes: “Façam tudo o que Ele vos disser”.

Pouco depois, Jesus ordenou aos que serviam: “Enchei de água essas talhas” (vasos de cerâmica). Feito isso, mandou que levassem um pouco ao mestre-sala, que, sem saber do ocorrido, espantou-se ao provar que era vinho. E foi indagar, surpreso, ao dono da festa, por que deixara o melhor vinho por último, se era costume se fazer o contrário.

Nessa passagem do Evangelho, que narra seu primeiro milagre, a transformação da água em vinho, Jesus chegou a ser ríspido, mas não resistiu ao pedido da mãe, mostrando o apreço e atenção que tinha para com ela.

Pensemos nisso! Maria foi um ser humano preferido por Deus, que a tratou com complacência. Vamos pedi-la, então, que rogai por nós, pelas bênçãos transformadoras do seu filho Jesus!

 Mas não nos esqueçamos da sua orientação: “Façam tudo o que Ele vos disser”!

(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos.
 Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 182.

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