O diácono Weverson Almeida Santos respondeu, gentilmente, algumas perguntas que lhe enviamos por e-mail, em que, entre outras coisas, diz ter sido envolvido num plano de amor, que o impulsionou a dizer sim à vida religiosa. Veja a íntegra das respostas:
O que lhe motivou a optar pela vida sacerdotal?
A motivação veio de dentro, do mais íntimo do meu ser. Fatores externos, porém, como pessoas e situações importantes me ajudaram no necessário discernimento daquilo que queria abraçar. Não é algo muito claro. Foi difícil decidir-me ingressar no seminário. De repente me vi envolvido num plano de amor ao qual eu apenas disse sim, deixando-me livremente ser conduzido. É mais forte do que eu. É de ordem divina. Sinto-me amado e, por isso, impelido a amar, doando-me por meus semelhantes de alguma forma. Sendo padre quero responder a um chamado forte, desafiador, que me desinstala, mas que ao mesmo tempo não priva minha liberdade e me realiza como pessoa.
Como você resumiria a mensagem deixada por Jesus Cristo?
Jesus nos ensinou que devemos amar indistintamente, em obediência ao Pai de todos, que está no céu e que ao nos criar, nos escolher e depois enviar seu Filho, expressou que lhe somos importantes, embora não o sejamos. Que cargos ou funções especiais adquiridos neste mundo a propósito das aptidões que temos são para servir e não dominar; Que por causa da justiça do Reino de Deus devemos sem medo anunciar a verdade e denunciar o mal, ainda que isso nos custe a própria vida. Jesus não nos promete vida fácil ou mar de rosas: “Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Lc 9,23). Assegura-nos, porém, que “quem perder sua vida por causa dele e de seu evangelho, conservá-la-á para a vida eterna” (cf. Lc 9,24).
Que linguagens e meios pretende usar como portador dessa mensagem junto aos fiéis?
Quero que Deus venha em socorro da minha fraqueza e me ajude a transmitir essa mensagem sobretudo com gestos e atitudes que testemunhem aquilo que creio, sendo flexível e compreensível para alcançar cada seguimento humano e social, sem, contudo, perder a firmeza.
Quais as maiores tentações a um sacerdote?
A meu ver, é perder o foco daquilo que é essencial em seu ministério. Passar a considerar-se mais um “profissional da fé” que um seguidor de Cristo. Perder a ternura para com as pessoas; envaidecer-se.
Como foi a solenidade de ordenação diaconal?
Foi uma celebração muito tranquila e bem participada. Os paroquianos de Paramirim, onde estou em serviço pastoral atualmente, encararam com muita boa vontade e empenho a preparação do momento. Estiveram presentes e também auxiliaram um bom número de padres, um diácono, seminaristas, amigos e amigas da Diocese de Livramento e outras.