Raimundo Marinho
jornalista
A Bahia virou notícia nacional, de forma negativa, com a decisão do governador Rui Costa de endurecer o toque de recolher, mudando o nome para “restrição à circulação noturna de pessoas”.
De acordo com o decreto estadual nº 20.254, de 25.02.2021, a restrição ocorre das 17h às 5h, nos dias 26 de fevereiro a 1º de março próximo. Para ver os detalhes, clique no link ao final deste texto.
Mas adiantamos que foram excluídos apenas deslocamentos e atividades relacionados à comercialização de gêneros alimentícios, medicamentos e de assistência à saúde e segurança.
Para tomar a decisão, o governador alegou aumento dos indicadores epidemiológicos (óbitos, ocupação de UTIs e casos ativos), atemorizando com a iminência de colapso na saúde.
Mas os boletins epidemiológicos divulgados indicam crescimento médio diário de novos casos dentro do esperado. Foram de 0,4% (novembro), 0,6% (dezembro), 0,5% (janeiro) e 0,5% (fevereiro).
Os curados cresceram na mesma proporção. Também não houve pico na ocupação de UTIs, cuja média diária de crescimento foi 0,9% (novembro), 0,7% (dezembro), 0,1% (janeiro) e 0,7% (fevereiro).
O crescimento não para, claro. Mas não é alarmista! Está dentro do previsto. O sistema de saúde é que não se preparou para isso. A Bahia tem as menores taxas de letalidade e mortalidade, por covid.
Clique aqui para ler o decreto estadual nº 20.254/2021
Raimundo Marinho
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O decreto estadual, baixado pelo governador Rui Costa, restringindo a circulação de pessoas, neste final de semana, liberou a comercialização de gêneros alimentícios, inclusive nas feiras livres.
Mas decreto municipal, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, contrariou o governador e vetou as feiras livres, que se realizaria no sábado, na sede municipal, e hoje, no distrito de Itanajé.
Causou estranheza e indignação, entre feirantes e consumidores, pois o prefeito, que nunca apareceu para orientar a sobre o enfrentamento da pandemia, barrou as feiras sem necessidade.
Desde janeiro, ele não baixou mais qualquer decreto sobre o assunto. De repente, surge para contrariar norma estadual. Em consequência, consumidores foram se aglomerar nos supermercados.
A decisão foi de última hora e feirantes que vieram da zona rural e municípios vizinhos, amparados na norma estadual, foram impiedosamente barrados, muitos carregando produtos perecíveis.
Clique aqui para ler o decreto municipal nº 150/2021
Raimundo Marinho
jornalista
O governador Rui Costa, da Bahia, continua a espalhar medo! Em declaração à colunista Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo, disse que “o Brasil mergulhará no caos, em duas semanas”.
Acha que isso vai acontecer porque a Saúde vai entrar em colapso. Sua declaração foi reproduzida em todos os jornais que criticam e combatem o governo do atual presidente Jair Bolsonaro.
E resolveu travar a Bahia, em decisão típica de estado de guerra, com o decreto nº nº 20.254, de 25.02.2021. Rui Costa tem sido oscilante em suas declarações, ao longo da atual pandemia.
No início, tranquilizou os baianos, anunciando hospitais de campanha aptos a cobrir a demanda advinda da covi-19, além da compra de ventiladores suficientes ao atendimento da população.
Porém, nos últimos dias, passou a alarmar os baianos, profetizando o colapso no sistema de saúde. Não falou mais nos hospitais de campanha, nem nos ventiladores que teria adquirido.
Disse haver falta de médicos para atender pacientes com covid. E foi contestado pelo Sindimed, que acusa o governador, entre outras coisas, de calote e falta de respeito para com os profissionais.
O governador ainda teria feito a espantosa afirmação de que não libera leitos de UTIs para não estimular as pessoas a se descuidarem. Coloca a culpa na população, principalmente os jovens.
Clique a seguir para ouvir as declarações da diretoria do Sindimed:
Raimundo Marinho
jornalista
O governador baiano explica que o toque de recolher, a que ele deu outro nome, é para conter a aceleração da pandemia. Diz que a situação é dramática, pela elevação da oupação das UTIs.
Na minha opinião, esse argumento é falso! Essa demanda vem de pessoas que já estavam doentes há muitos dias! E não de uma repentina elevação do número de pessoas contaminadas.
A curva de contaminação é crescente, mas segue o mesmo rítimo de dezembro e janeiro. Na verdade, os governantes querem esconder a falta de ação deles para enfrentar a pandemia!
Os números divulgados indicam que a tão citada segunda onda ainda é reflexo das aglomerações eleitorais, toleradas e incentivadas por políticos, incluindo os prefeitos e governadores.
Sobre as tais variantes do coronavírus, muito se fala, mas pouco se sabe. Rui Costa é quem mais fala, mas não cita um estudo cintífico a respeito. Ou seja, provoca susto no povo, antes da hora!
Os números de infectados pela covid, na Bahia, dobraram, nos meses seguintes às eleições. A média diária subiu de 1.600 (novembro), para 2.900 (dezembro), 3.000 (janeiro) e 3.400 (fevereiro).
O crescimento não para, claro. Mas não é novidade! Está dentro do previsto. O sistema de saúde é que não se preparou. A Bahia tem as menores taxas de letalidade e mortalidade, por covid.
Raimundo Marinho
jornalista
Como falei na 88 FM, de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, gostei do “toque de recolher” do governador Rui Costa, em 343 cidades, para conter a covid-19. Será por sete dias, desde ontem, das 22h às 5h.
A Polícia Militar vigia e pode prender quem não obedecer. São permitidos apenas serviços essenciais. Será um freio nos falsos semideuses, que desafiam a doença e espalham o contágio, inclusive em casa.
Deveria ser permanente, enquanto perdurar a pandemia, claro. A situação é grave, mas a postura do governador deveria ser menos alarmista! Podia ter um nome mais ameno, sem conotação de guerra.
É visível o uso político da situação, fazendo relação com o governo federal, sempre posto como culpado pelo fracasso dos estados, diante da covid-19. Os dados citados pelo governador exigem melhor análise.
Não parece razoável, por exemplo, alegar crescimento exacerbado do contágio, elevando a demanda por leitos hospitalares, incluindo UTIs, que já estariam com 74% de ocupação. Houve um crescimento previsto.
Em verdade, na raiz do problema hospitalar, está o fato de o sistema público de saúde da Bahia ter sido sempre ruim. E que não houve as melhorias exigidas e suficientes para o enfrentamento da pandemia.
Raimundo Marinho
jornalista
A situação da covid-19, na Bahia, é preocupante, tanto pelo número de casos confirmados, quanto pela situação precária da saúde, no estado, que sempre foi insuficiente, já muito antes da pandemia.
As informações oficiais são contraditórias! Livramento de Nossa Senhora, por exemplo, só está no “toque de recolher” por não ter UTI, pois sua média diária de casos de covid-19 caiu 40% (de 10 para 6).
Os dados gerais, no estado, não parecem alarmantes. Eram previsíveis. Sem falar que o Boletim Epidemiológico mostra elevação média semanal de casos da doença inferior a 4%, este ano, contra 5%, em dezembro de 2020.
O que falta é estrutura médica mínima adequada, fazendo com que qualquer número se torne assustador. E o governador resolveu fazer comparação absurda com as unidades médicas privadas.
É preciso ainda lembrar que sofremos o reflexo das aglomerações eleitorais, toleradas e incentivadas pelos governantes, em afronta às recomendações do Ministério Público e determinações da Justiça.
Até hoje, dia 20, a Bahia tinha 651.484 casos confirmados de covid-19, com 623.069 recuperados, 17.287 ativos e 11.128 óbitos. Livramento estaria com 1.433 casos, a maioria já curada e 14 óbitos.
Veja mais, em: http://www.saude.ba.gov.br
Raimundo Marinho
jornalista
Municípios da Bahia lutam para não perder o ano letivo de 2021 e recuperar 2020. Mas a entidade dos trabalhadores da Educação faz ameaças, através do coordenador da APLB-Sindicato, Rui Oliveira.
Em live, pelo Youtube, esta semana, ele orientou as diretorias regionais e núcleos da entidade a resistirem contra a volta às aulas. “Tem que fazer terrorismo. Não tem que dar mole a prefeito nenhum”, disse.
Insiste que aula presencial só com vacinação. Aliás, os prefeitos pediram ao Ministério da Saúde, esta semana, que antecipe a imunização dos docentes, que estão no quarto grupo de prioridades.
O sindicato também não apoia aulas remotas, com receio de que venham para ficar, ameaçando tirar vagas de professores e, consequentemente, abalando as atuais estruturas e bases sindicais.
Sempre com o refrão falso de que “ano letivo se recupera, vida não”. Mas só as escolas públicas não abrem! E, apesar das ameaças e do alarmismo, a maioria dos municípios quer a reabertura das escolas.
Em Livramento de Nossa Senhora, o secretário da Educação, Sebastião Fernandes, confirmou, em comunicado, a realização de aulas remotas, a partir do próximo dia 1º de março, na rede pública municipal.
Raimundo Marinho
jornalista
Falou-se muito, na última semana, sobre a autorização da juíza Juliana de Castro Madeira Campos (6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador) para retomada das aulas presenciais, nas escolas.
Ela julgou pedidos feitos em ação popular movida pelo cidadão Alexandre Aleluia Dantas da Costa e em ação civil pública do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino da Bahia.
A ação popular foi contra decreto do governador suspendendo aulas nas escolas da rede estadual de ensino. A ação civil pública foi contra ato municipal, suspendendo aulas, em Salvador.
Foi requerido urgência e a juíza, com base na Lei e cumprindo seu dever, concedeu medidas liminares, atendendo aos pedidos. Para ela, a suspensão das aulas contraria a Constituição Federal.
Na decisão, ela exigiu o cumprimento, pelas escolas, de todos os protocolos de prevenção contra a covid-19, para segurança das pessoas. Decisão, aliás, muito correta e com responsabilidade!
No entanto, ela só autorizou, não obrigou a volta às aulas presenciais, como foi erroneamente interpretado e explorado. Portanto, voltava quem quisesse, protegido pela autorização da Justiça!
Mesmo assim, surgiram muitas polêmicas, ignorantes e equivocadas, sobre as liminares. Até ofensas foram postadas contra a magistrada, nas redes sociais. O mérito das ações ainda será julgado.
Raimundo Marinho
jornalista
Os recursos judiciais do Estado e do Município de Salvador contra autorizações da 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital, para reabrir escolas, foram aceitos pelo presidente do Tribunal de Justiça da Bashia (TJ-BA).
O desembargador Lourival Trindade suspendeu as duas liminares da juiza do 1º grau, alinhando-se à vontade do Poder Executivo. Seu despacho chama a atenção pelo uso de palavras difíceis, quase incompreensíveis.
No mérito, ao fundamentar a decisão, ele acusa a juíza Juliana Campos de extrapolar suas funções, dizendo que ela se imiscuiu (intrometeu-se) em assuntos que não estariam afetos ao Poder Judiciário.
Em difícil “juridiquês”, Dr. Lourival diz que, no ato da juíza, houve farpeamento ao princípio da separação dos poderes, no que disse ser “incontendivelmente descabida ingerência em assuntos de outros poderes”.
Permita-nos explicar que “farpeamento” vem do verbo farpear, que significa ferir com farpa (ponta de metal ou lasca de madeira). “Incontendivelmente” deriva de “incontendível”, que significa indiscutível.
Na decisão, o presidente do TJ-BA disse, ainda:
“Na hipótese nodal, malgrado a louvável intenção da magistrada primeva, ao textuar, no decisum, (...) o desiderato de dar concretude ao direito fundamental à educação, não se pode olvidar que ao Judiciário não compete imiscuir-se, nas escolhas administrativas dos gestores estadual e municipal”.
Data venia, compete, sim, presidente, se forem inconstitucionais. Como a magistrada bem demonstrou, sendo justa, em favor de milhares de crianças e adolescentes, já lesados com um ano sem aulas.
Clique aqui para ler a decisão do TJ-BA: TJ - BA 1 - TJ - BA 2
Raimundo Marinho
jornalista
Tudo estava pronto para reabertura das escolas, na Bahia, após o governador dizer que “seria um desastre ter dois anos letivos perdidos”. E garantiu as aulas, mesmo sem “a maioria da população ser vacinada”.
Só faltava a data! Porém, com a autorização judicial, estranhamente, Rui Costa recuou. E recorreu contra as liminares que autorizaram as aulas presenciais. Será que não quis deixar o mérito com a Justiça?
Alegou que houve aumento do vírus e suas variantes, nos últimos dias. Mas o Boletim Epidemiológico da Bahia não indica uma situação alarmista. Ao contrário, a curva de novos casos apresenta-se sem picos.
Tanto que o estado ainda figura entre os de menores taxa de letalidade (22º lugar) e de mortalidade (penúltimo lugar).
Raimundo Marinho
jornalista
Com a pandemia, tudo mudou no mundo! No entanto, vejo muitas pessoas querendo que algumas coisas não mudem, como as escolas! Mas, como? Se nem nós seremos mais os mesmos?
A sala de aula será outra! Caso você, que é professor, por exemplo, ver-se em um espaço quadrado, cheio de caras de etês, num amontoado de cadeiras, com um quadro-verde na parede ao seu lado, acorde.
Esse lugar não existe mais, a não ser dentro de você! Aquelas criaturas, que fingem prestar atenção em você, não estão lhe vendo. Estão com os aparelhinhos nas mãos, escondidos debaixo da carteira.
O mundo novo está ali dentro! Sacou? Se não tiver sacado, perceba! A aula presencial morreu, faz tempo! A pandemia só veio enterrá-la! Antes, o celular não entrou na sala. Agora, a sala tem de entrar no celular.
Quem não quiser ser engolido, terá de se preparar. Não se pode conter o avanço tecnológico. É chocante, mas não tem jeito. Tudo já mudou, em volta da escola, bancos, comércio, diversão etc.
A discussão não é mais sobre ficar em casa, usar máscaras etc! E sim sobre como se adequar às tecnologias. O contracheque agora é virtual e o piso salarial passará a ser a inteligência profissional!
Raimundo Marinho
jornalista
O deputado federal, pela Bahia, João Inácio Ribeiro Roma Neto, natural de Recife (PE), conhecido só como João Roma, agora é Ministro da Cidadania. Foi indicado pelo partido Republicanos, do chamado centrão.
Ele substitui a Onyx Lorenzoni, agora na Secretaria-Geral da Presidência, em estratégia do presidente Bolsonaro, na nova relação com o Legislativo, após a posse dos novos presidentes do Senado e da Câmara.
A nomeação teve ecos em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, pela presença de Roma no município. Foi eleito com mais de 84 mil votos (2018), dos quais 1.541 em Livramento, onde prometeu verbas de R$5.610.000,00.
Raimundo Marinho
jornalista
Em recente conversa com apoiadores, o presidente da República, Jair Bolsonaro, simplificou o raciocínio sobre os mais de 60 pedidos de impeachment contra ele, feitos à Câmara dos Deputados.
Sem demonstrar incômodo com o assunto, ele simplesmente perguntou: “Vai resolver o quê? Quer tirar a mim, quer botar quem no lugar?”. E pediu que “esse quem” ajudasse, agora, com soluções.
O ataque ferrenho ao presidente, querendo seu afastamento forçado, pela via do impeachment, é meramente político, mas agressivo e desonesto, sem nenhuma preocupação com a população.
Na maioria, envolve o lado que perdeu a eleição, legalmente realizada. Como se o pleito só valesse se eles ganhassem. Não há prova de ato do presidente subsumido em tipo penal definido em lei.
Não haverá o afastamento desejado! Se acaso houvesse, assumiria o general Hamilton Mourão, o qual também não querem, por saberem ser mais diplomático, porém militar e mais intolerante.
Então, a pergunta: “Botar quem no lugar”? Assim, a cantilena vai continuar: “Fora Morão”. Pois, o princípio democrático dos que agridem o presidente, repito, é: “eleição só vale se nois ganhar”.
Não percebem serem eles os próprios culpados pela eleição do Bolsonaro (2018) e sua reeleição (2022), como apontam as pesquisas, justo por agredirem o eleito e seus 58 milhões de eleitores.
As ofensas ao presidente vão além do humano (genocida, lixo, verme, assassino, criminoso, vagabundo, desgraçado, miserável, ladrão, psicopata etc), mostrando mais o caráter de quem xinga.
Em razão disso, as críticas e ofensas estão sendo transformadas em piadas e ironias, como a que se refere ao chefe do Executivo, num barco, em pleno mar, diante de um grupo de náufragos.
Teria, então, o presidente pulado de sua embarcação e corrido, em pleno mar, para resgatar as pessoas que estavam se afogando, e evitou a tragédia.
No dia seguinte, o fenômemo extraordinário, de um homem andando sobre as águas, teve o merecido destaque nos jornais. Mas, a maioria das manchetes foi: Jair Bolsonaro não sabe nadar.
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Raimundo Marinho
jornalista
Morreu, último dia 9, em Salvador, o ex-governador Roberto Figueira Santos, aos 94 anos, devido a complicações de infecção renal. Formado em medicina, foi professor e reitor da UFBa.
Como 38º governador da Bahia, governou o estado de 1975 a 1979, indicado pelo então governo militar. Também foi ministro da saúde (1986-1987), no governo do presidente José Sarney.
Sempre foi aplaudido pela dignidade com que exerceu os cargos. É lembrado em Livramento, pela luz elétrica e melhorias no hospital. A luz foi trazida da Hidrelétrica de Paulo Afonso.
O ato de inauguração do sistema, em Livramento, ocorreu em frente à igreja (1979), onde Roberto Santos foi homenageado com um busto, que não ficou na praça devido a picuinhas políticas.
Roberto Santos era inimigo político de Antônio Carlos Magalhães e o prefeito era Dr. Emerson Leal, tido como fiel discípulo de ACM, e não teria deixado o busto ser colocado na praça.
Somente na gestão do prefeito Carlos Batista, o monumento foi removido do espao da igreja para a praça. Atualmente, encontra-se esquecido, inclusive, sem a placa original de identificação.
Para saber mais sobre o ex-governador, acesse: www.correio24horas.com.br
Raimundo Marinho
jornalista
Na sessão do último dia 5, o vereador oposicionista Márcio Alan, da Câmara de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, fez indicação parlamentar ao prefeito para compra de um tomógrafo.
O aparelho é usado para fazer tomografia. Podia ter incluido, também, a compra de um mamógrafo, que faz mamografia. São instrumentos indispensáveis para a prática da medicina moderna.
A mamografia, por exemplo, é fundamental nos exames preventivos contra o câncer de mama. E falta nas campanhas de prevenção, encampadas pelo município, no chamado Outubro Rosa.
A bancada da situação disse que o prefeito vai pedir o tomógrafo a um deputado, para conseguir através de emenda parlamentar. Então, vai demorar muito, pois o orçamento da União nem foi aprovado.
Os aparelhos custam uns R$3 milhões e podem ser comprados com o orçamento municipal, como compra combustíveis (R$3,76 milhões), aluguel de máquinas (R$4 milhões) e de carros (R$3,47 milhões).
Raimundo Marinho
jornalista
Sobem as pressões contra o risco de perda de mais um ano letivo, na rede pública de ensino. A discussão do assunto ocorre entre gestores estaduais e municipais da Educação e da Saúde.
No seu último PapoCorreria, pelo Youtube, o governador da Bahia, Rui Costa, confirmou que vai autorizar o retorno às aulas, dando a entender que isso poderá ocorrer ainda neste semestre.
Mas ele se mostra vago e vacila ao responder se haverá ou não aulas presenciais, se há estrutura tecnológica ou não para aulas remotas. Teve um ano para definir isso e não o fez.
Disse, porém, que só falta definir os parâmetros a serem cumpridos, nos quais ele incluiu o índice de ocupação de leitos hspitalares para pacientes com a covid-19, causa do fechamento das escolas.
Em Livramento, as autoridades não prestam informações. Mas a Secretaria da Educação reabriu suas portas, das 7h30 às 12h e das 14h às 17h30. Isso não faria sentido com as escolas fechadas.
E o prefeito acaba de nomear todos os dirigentes e coordenadores escolares, em 43 decretos. Também não faria sentido gastar mais, pagando comissionados para ficarem em casa, sem trabalhar.
Clique aqui para ler os decretos de nomeções>>
Raimundo Marinho
jornalista
Os municípios baianos de Rio de Contas e Dom Basílio, vizinhos a Livramento de Nossa Senhora, deram um exemplo de atenção aos alunos das escolas públicas municipais, nessa pandemia.
Conseguiram driblar as dificuldades advindas com a crise sanitária e evitaram a perda total do ano letivo de 2020. E mostram-se prontos para dar continuidade aos trabalhos, agora em 2021.
O êxito das ações deve-se à vontade de trabalhar posta em prática pelos respectivos secretários de lá, com apoio e adesão de todos os trabalhadores da Educação, principalmente os professores.
RIO DE CONTAS - O secretário Lucélio Teles, de Rio de Contas, já divulgou a programação e as estratégias a serem aplicadas este ano. Foram aperfeiçoadas, a partir da experiência do ano passado.
Anuncia que as unidades escolares serão os centros de atendimento aos alunos, presencialmente e à distância. Para isso, os servidores da Educação foram convocados a estarem nos locais de trabalho.
Acescenta que as atividades remotas serão feitas pelos professores em seu horário de trabalho, na escola. Os docentes ficarão à disposição dos alunos no horário das aulas, seguindo as normas sanitárias.
DOM BASÍLIO - No município de Dom Basílio, autoridades, pais de alunos e estudantes fazem avaliação positiva das aulas à distância, durante a pandemia, com aulas através de grupos de whatsap.
Onde não havia internet, os conteúdos e tarefas das aulas foram levados pessoalmente às residências. Tudo planejado pela Secretaria da Educação, junto com os professores e demais servidores.
Uma aluna disse não ser tão bom “como as aulas presenciais, mas foi uma ótima opção para não deixar a gente parado”. Outro falou: “como a gente não vê a cara um do outro, temos menos vergonha de se expressar”.
O secretário da Educação, Antônio Silva, disse que foi muito difícil, um desafio, pela própria gravidade da crise sanitária, mas que “nos momentos de crise, precisamos ser fortes, para trazer novas oportunidades”.
RESPEITO AOS ALUNOS - Em resumo, Rio de Contas e Dom Basílio fizeram o possível, na grave realidade em que estamos vivendo. Respeitaram os alunos, a maioria de famílias pobres, sem instrução e sem voz na sociedade.
Só a educação pode melhorar a vida dessas famílias. Se faltar ou se for precária, as condições de pobreza e desigualdades vão se perpetuando. Parabéns aos dirigentes e demais servidores da Educação, desses dois municípios.
Eles não aceitaram ficar em casa, recebendo sem trabalhar, como ocorreu em 60 municípios da Bahia, inclusive Livramento, que desperdiçaram a solução remota de ensino, causando a perda do ano letivo.
Para saber mais, clique abaixo:
- Normas e estratégias 01 - 02 - 03 (Rio de Contas)
- https://youtu.be/HPnURQU3rdc (Dom Basílio)
Raimundo Marinho
jornalista
O Senado da República e a Câmara Federal, do Brasil, têm novos presidentes. Rodrigo Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara), eleitos último dia 1º.
Com eles, espera-se que se abram novos horizontes na política e na administração pública nacionais e melhore a relação entre Legislativo e Executivo.
Nos dois primeiros anos de governo (2019-2020), o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de xingamentos ferozes, pelos que lhe fazem oposição.
Muitos dos ataques foram dos então ocupantes da presidência do Senado e Câmara, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, respectivamente.
Os agora eleitos Pacheco e Lira não são exatamente aliados do presidente da República, mas teve o apoio dele e de parlamentares que o seguem.
Por essa razão, a eleição dos dois é vista como uma luz no fim do túnel político, e pode favorecer a aprovação de projetos que tramitam no Congresso.
Entre os projetos estão: reformas tributária e administrativa, aplicação da pena após condenação em segunda instância e extinção do foro privilegiado.
Raimundo Marinho
jornalista
Não é mais possível se escapar da necessidade de reabertura das escolas. Não se trata mais de decidir se voltam ou não as aulas! Não é mais uma opção!
E sim uma obrigação! A educação é uma atividade essencial. Então, a discussão deve ser sobre como reabrir as escolas, com a devida segurança sanitária.
Condicionar a volta à vacinação, como querem alguns, é adiar indefinidadamente a reabertura. Na verdade, só as escolas estão totalmente fechadas.
O slogan sindicalista diz: “ano letivo se recupera, vida, não”. Com base nisso, tentam negar que haveria “ano letivo perdido”. Mas isso não é verdade!
Quem não quer abrir é quem não está perdendo nada com as escolas fechadas, pois recebem os salários, mesmo sem trabalhar.
O que vai haver é aprovação por decreto! E nunca a recuperação dos conteúdos de ensino. Haverá danos irreversíveis para a atual geração de crianças e jovens.
Isso aprofunda a desigualdade educacional, sobre a qual sindicatos e professores nada falam. É desonesto dizer que “ano letivo se recupera, vida, não”.
E nem faz mais sentido, após quase um ano de pandemia. O mais correto, se fosse o caso, seria dizer : “melhor perder ano letivo, do que perder vidas”.
Mesmo assim, seria um dilema falso! Pois as propostas em discussão incluem os necessários protocolos de segurança sanitária.
Raimundo Marinho
jornalista
Crescem as pressões para volta às aulas, na rede pública de ensino, evitando a perda de mais um ano letivo, por causa da pandemia de covid-19.
Entidades internacionais defendem o retorno, entre elas Unicef, Unesco, Organização Pan-Americana e Organização Mundial da Saúde.
A diretora do Unicef, Henrietta Fore, por exemplo, disse que as “crianças e adolescentes não podem arcar com mais um ano de interrupção escolar”.
Essas entidades pedem que haja investimentos urgentes para reabrir as escolas com segurança, conforme as condições de cada localidade.
Uma semana após afirmar ser contra o retorno das aulas, neste momento, o governador Rui Costa, da Bahia, alterou o discurso, ontem, e disse:
Não podemos admitir outro ano sem aula. Seria um desastre. É sepultar o sonho dos jovens seguirem na vida. Mas não deu pazo para o retorno.
Em entrevista recente, o governador culpou o “relaxamento da juventude”, nas aglomerações eleitorais de 2020, pela aceleração de casos de covid.
E, por essa aceleração, ele iria manter escolas fechadas. Só que a juventude foi estimulada por políticos e candidatos. E o governador nada disse na época.
Raimundo Marinho
jornalista
Além de aulas presenciais, com protocolos de prevenção contra a covid-19, existe a alternativa importante do ensino remoto, via internet.
Mas, em Livramento, professores e governantes renegam essas opções, preferindo os danos aos alunos, com a perda dos conteúdos de ensino.
Fonte: Undime |
Na Bahia, o sindicato dos trabalhadores na educação repudia aula presencial e tasmbém remota. Repudia até quem defende essas alternativas.
Ignoram que o ensino virtual é uma realidade irrecusável. A Bahia foi o único estado sem aulas on-line, na rede pública estadual, nessa pandemia.
Na rede pública municipal, porém, apenas 60 municípios baianos ignoraram o ensino remoto. Entre estes, está Livramento de Nossa Senhora.
Segundo pesquisa da União dos Dirigentes Municipais de Educação-Undime, 249 municípios atenderam mais de 70% dos alunos com aulas remotas.
Cerca de 200 deles foram além, entre 80% e 100%. Se tivesse trabalhado, o município de Livramento teria figurado nesse grupo privilegiado.