Raimundo Marinho
jornalista
A cachoeira de Livramento, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, está jorrando a todo vapor, desde sexta-feira e deve permanecer até hoje, como nos tempos das chuvas torrenciais, no município.
Seria encantador vê-la, em todo seu esplendor, como nos meus tempos de menino, não fosse pela tristeza de ser uma situação temerária de desperdício de água, fora da destinação original, em plena estiagem.
Água em carga máxima, por 72 horas |
Estão sendo liberados 1.500.000 m³, para o rio Brumado, hoje morto e totalmente inútil como condutor de água. Usá-lo para essa finalidade significa jogar água fora, nesse momento tão crítico.
Pois a barragem Luis Vieira, em Rio de Contas, de onde vem a água, está com o nível de armazenamento no alerta amarelo. Tem em torno de 70% da sua capacidade, que é de 105 milhões de m³.
Quem autorizou a liberação foi a ANA (Agência Nacional de Água), com sede em Brasília-DF, através da sua Coordenação de Marcos Regulatórios e Alocação de Água, cujo titular é Wilde Cardoso Gontijo Júnior.
A agência diz seguir o Termo de Alocação de Água 2021/2022 do sistema hídrico Brumado e Riacho do Paulo, “para atender usos nas águas do rio Brumado”, embora sua vigência fosse a partir de junho.
O termo foi aprovado por produtores diretamente interessados, além de entidades que deveriam proteger os recursos hídricos e as próprias autoridades municipais, entre elas o prefeito Ricardo Ribeiro.
A ANA vem ignorando a finalidade da barragem, que é perenizar o rio Brumado, garantindo água para o Perímetro Irrigado do DNOCS, em Livramento, o abastecimento humano e dos animais.
O perímetro foi limitado em 5 mil hectares, dentro da capacidade hídrica da nossa região semiárida, com uma cláusula de vazão ecológica, para preservar flora e fauna do rio, e população ribeirinha.
Mas, há muitos anos, a água vem sendo desviada para mais de 20 mil hectares, fora do perímetro, e o rio Brumado morreu, pois a gestão da água passou a ter a única finalidade de atender à irrigação.
Bombas poderosas fazem o esbulho para grandes reservatórios privados e o órgão fiscalizador, que é a própria ANA, vem ignorando essa realidade, levando o açude a secar, pelo uso abusivo da água.
O projeto de irrigação foi desvirtuado, passando a ter uso privado, ao ser subtraído dos colonos originais, naquela área pública, pertencente à União, que só chegou a implantar 3.500 hectares.
Quase tudo está sob domínio de grandes produtores de manga, que manobram a Comissão Gestora da Água e a Associação dos Irrigantes, nada restando da concepção implantada pelo Governo Federal.
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Raimundo Marinho
jornalista
O governador Rui Costa, da Bahia, voltou a alertar, em tom menos assustador, para o perigo das aglomerações, que considera a causa do incremento da covid-19, que ele disse ter havido, nos últimos dias.
Falando para comunicadores da região Oeste, dia 21, ele pediu à população para evitar aglomerações, principalmente em festinhas clandestinas, usar máscara e sempre fazer higienização com álcool em gel.
De fato, são os meios eficazes de prevenção contra a covid-19, ao alcance de todos, sem depender de governos! Rui disse que não há como ampliar o atendimento na Saúde, por falta de insumos e equipes médicas.
Acrescenta que as festas clandestinas são a causa do crescimento que, segundo ele, vem ocorrendo na contaminação. Imaginem se ele soubesse que em Livramento houve festinha até dentro da prefeitura.
Os comunicadores da região levaram ao governador pedidos de comerciantes, para flexibilização das medidas, alegando que os estabelecimentos, na sua maioria, não geram aglomeração.
Mas Rui Costa foi inflexível e rechaçou a proposta. Disse que prefere salvar vidas humanas. Na verdade, o governador perdeu-se nos números, pois a situação geral, na Bahia, continua estável.
Raimundo Marinho
jornalista
O município de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, segundo boletim de hoje da Saúde, já recebeu e aplicou, em 1ª dose, 11.303 doses de vacina contra a covid-19, dentro do Plano Nacional de Imunização.
Por essa informação, o estoque foi zerado! Então, como serão atendidas as pessoas com comorbidades (30 a 39 anos) convocadas pelo secretário Gerardo Júnior, para se vacinarem, a partir de hoje?
A convocação causou surpresa, pois os mais velhos, acima de 40 anos, não puderam se vacinar, semana passada, por falta do imunizante. Pelos números da Saúde, todos a partir de 50 já foram vacinadas.
E independente de comorbidades e da profissão. São algo entre 8 mil a 9 mil pessoas, bem menos que as doses aplicadas (11.303). Dava também para vacinar em torno de 2 mil abaixo dessa idade.
Raimundo Marinho
jornalista
Quando trabalhei em A Tarde (1976-1990), pude acompanhar de perto as notícias sobre a obra social da Irmã Dulce, que recolhia doentes em situação de miséria, nas ruas de Salvador.
Pessoas que só tinham ela por eles. Seu hospital Santo Antônio, era um “hospital de campanha” permanente, mantido com as esmolas que pedia, e chegava a ser chamada de “pidona”.
Chamaram-na até de “chata”, mas para ela o que importava era acolher os desvalidos, muitas vezes até no chão! Mas recebiam seu carinho pessoal e toda assistência médica.
Também a vi esperar, horas e horas, pelo gerente do banco, no prédio onde eu também trabalhava. E ela não saía de lá sem uma ajuda para seu hospital, ainda que fosse só uma moeda.
Sofreu muito, em seus últimos dias, tendo sobrevivido a várias crises, em que fora até desenganada. Numa delas, o jornal chegou a preparar a manchete da sua partida. Mas teve de adiar!
Ela não morreu! Passou por graves crises, mas sempre que melhorava, voltava a pedir esmolas para seus desvalidos. Foi um exemplo de ser humano que devemos seguir e imitar, sempre.
Ví as fotos da bela capela, no Hospital de Livramento, com a imagem da freira, junto com Cristo e a Senhora das Graças. Jubiloso ver essa Santa Mulher louvada em nossa cidade.
Que ela sensibilize nossos gestores a cuidarem melhor do nosso hospital, seguindo seu exemplo. Por um hospital onde haja não só eficiência, mas também respeito e compaixão.
Onde não se espere por até 15 dias um ortepedista, por exemplo, para avaliar um idoso que quebra o fêmur, ou para qualquer outra necessidade ortopédica. Isso não é só improbidade, é crueldade!
Que se tenha vergonha de esperar esmola de políticos para se adquirir aparelhos essenciais, como tomógrafo e mamógrafo. Que tenhamos maternidade e outras imperiosas especialidades.
Raimundo Marinho
jornalista
Próximo à nova via, sem pavimentação, que leva à Estação Rodoviária de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, formou-se um depósito de lixo, no qual, periodicamente, é colocado fogo.
A fumaça tóxica e a poeira vão direto para dentro das casas, obrigando os moradores a fecharem tudo e ficarem presos. Não é preciso descrever o incômodo e problemas de saúde que surgem.
Aliás, a queima de lixo ocorre, impunemente, pela cidade. Bairros específicos, como Estocada, costumam sofrer mais. Os infratores aproveitam-se da falta de fiscalização, para violarem as leis.
O órgão fiscalizador é a Secretaria Municipal da Agicultura, junto com a Vigilância Sanitária, mas não fiscalizam. Há queima de lixo até perto da casa do prefeito e da sede do Ministério Público.
Raimundo Marinho
jornalista
O governo estadual prorrogou, mais uma vez, e até o próximo dia 25, o toque de recolher, proibindo a circulação de pessoas, das 21 às 5h, em toda Bahia, para conter a disseminação do coronavírus.
Será de 20h às 5h, em 227 municípios, com situação mais grave, incluindo Livramento de Nossa Senhora. De 22h às 5h, nos municípios cuja região de saúde tenha até 75% de ocupação de UTI.
Como avaliar isso se a distribuição de pacientes para UTI é por um sistema de regulação, podendo ir para qualquer região? Como fica o município sem gravidade, mas com UTI da região cheia?
E se essa região não tiver UTI? Os mesmos questionamentos valem para as aulas semipresenciais, permitidas com o mesmo critério confuso da ocupação de UTIs. Por que não uniformizar o horário do toque de recolher?
Que diferença faz uma hora a mais ou a menos? Qual a explicação para a proibição da venda de bebidas alcoólicas? Quem bebe vai estocar em casa! Para alguns, a abstinência assusta mais que o vírus!
Raimundo Marinho
jornalista
Pelo menos uns R$30 milhões de precatórios do Fundef chegaram a Livramento de Nossa Senhora, Bahia. Vereadores da situação confirmaram que tudo foi gasto pelo aual prefeito e seu antecessor.
Teriam sido construídas escolas, quadras esportivas e feito reformas, com o dinheiro, incluindo os 60% destinados à remuneração do magistério, violando a lei municipal nº 1.398/2018.
Tudo sem planejamento, pois o município havia fechado mais de 70 escolas, por falta de alunos, na chamada nucleação. Os novos prédios construídos estão se transformando em “elefantes brancos”.
Os sindicatos ainda não questionaram o desvio. O SPEL chegou a usar a Tribuna Livre da Câmara, dia 11, representado por seu advogado, mas não fez os questionamentos esperados pela categoria.
Raimundo Marinho
jornalista
Zelar pelo uso correto do dinheiro público não é obrigação apenas dos gestores, mas de cada um de nós! Afinal, esse dinheiro vem dos impostos que pagamos. Muitos nem sabem que pagam, mas todo mundo paga.
Seja diretamente (IR e ISS, por exemplo) ou quando compramos o remédio, a pasta de dente, o sabão, a roupa, o açúcar e tudo que consuminos. E temos direito e dever de procurar saber como o dinheiro é gasto.
Por isso questiono sobre o uso de precatórios Fundef, que vem dos impostos. Sua destinação original é manter e desenvolver a Educação, principalmente com remuneração digna aos profissionais do magistério.
Não podem ser gastos ao bel-prazer dos prefeitos. Somam, hoje, no Brasil, mais de R$90 bilhões de reais. Políticos e sindicalistas querem que tudo isso seja pago em bônus, o que não teria qualquer efeito na educação.
O TCU, fiscalizador da aplicação desse dinheiro, já decidiu que se trata de verba extraordinária, a ser aplicada, por estados e municípios, em ações efetivas de manutenção e desenvolvimento da Educação.
Esse tribunal lembra que os planos de aplicação desse fundo, para manter e desenvolver a Educação, devem ser examinados e aprovados pelo Legislativo (assembléias estaduais e câmaras municipais).
Raimundo Marinho
jornalista
Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado do Maranhão e Ministério Público de Contas do Maranhão entraram com representação no TCU, pedindo suspensão cautelar do uso dos precatórios Fundef.
Referem-se, especialmente, ao art. 7º, parágrafo único, da lei nº 14.057/2020, que regula acordos para pagamento de débitos da União. O artigo inclui os citados precatórios, condicionando-os à destinação original.
Os órgãos ministeriais alegam, entre outras coisas, que a citada lei ainda não foi regulamentada e, também, que esses recursos devem ser repassados nas condições já determinadas pela Justiça.
Assim, a nosso ver, não são passíveis de acordo, salvo se homologado pelo Poder Judiciário. O TCU acatou a cautelar e determinou, dia 5, que municípios e estados não utilizem o Fundef, até a decisão de mérito.
Clique aqui para ler, na íntegra, a decisão do TCU>>
Raimundo Marinho
jornalista
O prefeito Ricardo Ribeiro, de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, revogou o processo licitatório para aquisição de gêneros da agricultura familiar e empreendedor familiar rural, para a merenda escolar.
Com as escolas fechadas, pelo segundo ano consecutivo, a Chamada Púbica nº 001/2021 previa a compra de 40 mil maçãs, 8 mil abacaxís, 15 mil dúzias de banana, 12 mil dúzias de laranja, 7 mil quilos de melancia.
Além de 6 mil kg de maracujá, 6 mil kg de manga, 5.500 kg de goiaba, 800 kg de mamão papaia, 4 mil kg de abóbora, 3 mil kg de aipim, 15 mil kg de batata doce, 1.500 kg de beterraba, 15 mil kg de cebola branca.
Mais 15 mil kg de cenoura, 600 kg de chuchu, 8 mil kg de feijão catador, 1.500 kg de pimentão, 400 kg de quiabo, 40 kg de repolho e 4.500 kg de tomate, mil pacotes de couve, 600 de alface, 20 de cebolinha e 600 de coentro.
O gasto total seria de R$622.780,00, fora as maçãs, abacaxis e batata inglesa. O motivo alegado pelo prefeito, para o cancelamento, seria a necessidade de reformular atos administrativos, na mencionada licitação.
Raimundo Marinho
jornalista
Na sua última sessão, dia 4, a Câmara Municipal de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, aprovou a prestação de contas do prefeito Ricardo Ribeiro, ainda do exercício financeiro de 2018.
Sem ler, claro, pois quem não sabe ler a lei orçamentária não tem como ler a prestação de contas relativa à execução do orçamento. E não explicou a razão dessa aprovação tão atrasada.
Também não comentaram as ressalvas feitas pelo TCM-BA, que incluem irregularidades na execução orçamentária e omissões na disponibilização de informações no sistema SIGA.
Teve os oito votos unânimes, favoráveis, da bancada da situação, e quatro contra da oposição. O vereador Zé de Vital, da oposição, votou pela aprovação, contrariando orientação do seu partido.
Disse que não estava votando a favor do prefeito e sim pelo parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Ele nem sabia que o parecer é do Tribunal de Contas dos Municípios.
Ainda estão em aberto as contas de 2019, que já tem parecer prévio do TCM-BA, e 2020, já disponíveis para consulta, por qualquer cidadão, em https://e.tcm.ba.gov.br/epp/ConsultaPublica/listView.seam.
Raimundo Marinho
jornalista
Foram tardias as reações indignadas, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, na última semana, contra a liberação emergencial de água da Barragem Luis Vieira para uso na irrigação, em Dom Basílio.
Estava prevista em documento da ANA (Agência Nacional de Água), emitido em julho de 2020, a pedido da Comissão Gestora dos Açudes Brumado e Paulo, com aprovação dos seus membros.
De acordo com o Termo de Alocação das Águas dos Açudes, 2020/2021, chancelado pela ANA, o calendário e a vazão de liberação da água são definidos conforme o volume da Barragem Luis Vieira.
Sempre critiquei a forma predatória de gestão dos recursos hídricos em Livramento, que só leva em conta a ganância do agronegócio, desprezando o meio ambiente, as pessoas e os animais.
A destinação original da água era os 5 mil hectares do Perímetro Irrigado, definido com base na capacidade hídrica da região. Mas, há muitos anos, a água é damandada por mais de 20 mil hectares.
Em relação a Dom Basílio, o município passou a ser atendido, com exclusividade, pela Barragem do Paulo. Se a comporta lá está emperrada, como dizem, é problema de má gestão do DNOCS e prefeitura.
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Raimundo Marinho
jornalista
Segundo fotos no Instagran, o prefeito Ricardo Ribeiro curtiu férias na bela praia de Taipu de Fora, no litoral sul baiano. No entanto, em vídeo, ele mostra que já voltou ao trabalho, em nosso recanto sertanejo.
A filmagem ocorreu em um cenário prepardo, perto do que seriam obras da adutora de Iguatemi, onde o pefeito disse que a água chegará lá, ano que vem. Falta, agora, a Embasa também garantir!
No vídeo, José Ricardo repete o bordão “e o trabalho não para”, aplaudido por cabos eleitorais em pré-campanha para 2022. Tomara que sejam os últimos votos daquele velho cabelo encravado.
Raimundo Marinho
jornalista
Roberto Lucas Spínola Souto, economista e mestre em desenvolvimento regional e urbano, pela Unifacs, parece disposto a manter uma lupa sobre a gestão municipal de Livramento de Nossa Senhora, Bahia.
Ele é filho do ex-prefeito Carlos Batista e já protocolou sete representações no Ministério Público, apontando indícios de ilegalidades em atos administrativos do prefeito José Ricardo Assunção Ribeiro.
Envolvem contratos para compra de combústíveis, gás, aluguel de máquinas e veículos, além de prática de nepotismo e improbidade administrativa por uso privado de carro alugado para o serviço público.
O mais recente alvo é o contrato com RP Amaral Transportes e Atividades de Saúde, que Roberto Lucas afirma ser mera intermediária e que parentes do prefeito seriam os reais prestadores dos serviços.
A RP Amaral, que tem sede na cidade de Anagé, na Bahia, declarou à Receita Federal que sua atividade principal é a “locação de mão de obra temporária”. Mas fez constar mais de 40 outras atividades.
Aluga mão-de-obra, carro, grava música, atua em serviços de saúde, construção, manejo de lixo etc. Tudo que tem numa prefeitura! Tão polivalente assim, acaba sendo alvo de questionamentos.
Raimundo Marinho
jornalista
O destaque na sessão da Câmara Municipal de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, dia 4, foi a explicação da explicação de para onde foram R$12 milhões de precatórios Fundef, recebidos pela prefeitura.
Na Lei nº 1.398/2018, a Câmara aprovou o gasto de apenas 40%, deixando os 60% destinados à remuneração do magistério. Mas, segundo o vereador Joaquim da Silva (Kinka), o prefeito gastou tudo.
Depois, os edis requebraram-se para tirar o prefeito da saia justa e também não ficarem mal na foto com os professores. A desculpa esfarrapada foi dizer que o Fundef estava na lei orçamentária de 2019.
Confessam, então, que, ao colocar o valor integral na lei orçamentária, por eles aprovada, no mesmo ano, teriam violado a lei em que autorizaram apenas os 40%. Até a oposição teria aceitado o absurdo!
Porém, só não são culpados porque, intencionalmente ou não, mentiram, pois os precatórios Fundef de R$12 milhões, diferente do que afirmaram, não estão na LOA-2019. Só tem lá R$ 70 mil de Fundef.
A sessão foi um show de ignorância e desinformação jurídica! Os parlamentares confessaram não saber ler a Lei do Orçamento, que é a principal lei do município. E simplesmente aprovaram sem ler.
Vereadores semi-alfabetizados não podem explicar o que aprovaram sem ler, por não saberem ler o que aprovaram. O presidente da Casa, Ronilton Alves, nem sabe a diferença entre precatório e precatória.
Raimundo Marinho
jornalista
O sistema de saúde de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, só não está na UTI porque não tem. A queixa geral é de que as UBS não funcionam como deviam, por falta de profissionais, principamente médicos e dentistas.
É o caso da localidade de Lagoa dos Couros, na zona rural, cujos moradores seriam atendidos no posto que fica em Açoita Cavalos, mas reclamam que nem médicos e nem dentistas aparecem por lá.
Teriam de ir a São Timóteo, mas se queixam que também lá os profissionais não aparecem. Lembram que, na pandemia, seria bom o posto funcionar, evitando o vai e vem de pessoas, que eleva os riscos de contágio.
A situação da covid, no município é preocupante, com 2.163 casos confirmados, 55 mortos, 2.053 curados e mais de 70 pessoas em tratamento. Os casos graves vão para UTIs da região e de Salvador.
Raimundo Marinho
jornalista
Depois da inédita iniciativa com a Geladeiroteca, o Vovô Deva traz para Livramento de Nossa Senhora, Bahia, o projeto Ler para Saber, outra ideia de mundo culturalmente desenvolvido.
Trata-se da instalação de casinhas cheias de livros (fotos), em locais públicos, que podem ser retirados por qualquer pessoa, gratuitamente, para serem lidos em casa, devolvendo logo após a leitura.
E quem quiser doar é só colocar lá. O objetivo do Vovô Deva é incentivar a leitura e a reflexão das novas gerações, crianças, jovens e adultos, por um país mais justo, digno, honesto e ético, no futuro.
“Neste momento, de tristeza tão grande, o livro pode representar uma esperança de um futuro melhor”, disse. Ele colocou uma casinha no povoado Nado, bairro Taquari e centro da cidade (praça da igreja).
Vovô Deva é o médico pediatra Hidevaldo Silva Ribeiro, 73 anos, tio do prefeito Ricardo Ribeiro, que, infelizmente, não tem a mesma sensibilidade. Em sua gestão, as bibliotecas da cidade desapareceram.
Raimundo Marinho
jornalista
Extratos de multas do Detran-Ba indicam que o prefeito de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, Ricardo Ribeiro, usa em viagens particulares uma Hilux alugada pela prefeitura, para o serviço público.
O valor do aluguel é de R$8.749,11 mil por mês, pago pelo município, juntamente com um chocante estoque de multas, a pagar e em tramitação, por excesso de velocidade, de 2019 a 2021.
Espanta uma multa aplicada, por ultrapassar em 50% o limite de velocidade, em rodovia de Minas Gerais, onde o prefeito tem pelo menos oito fazendas, conforme declarado à Justiça Eleitoral, em 2020.
O veiculo, de placa PLF0B70, está em nome da empresa Araújo Alves Empreendimentos Ltda., que tem contrato de R$4 milhões, com a prefeitura, para aluguel de veículos e máquinas pesadas.
Apesar desse contrato milionário de locação, a Hilux é alugada, pelo município, através de outra empresa, a RP Amaral Transportes e Saúde Ltda, que também tem contrato com o município, de R$3.473.282,00.
Essa empresa, de Anagé (BA), na verdade substitui outra, que fazia o mesmo papel, a FL Américo Transporte e Locações Ltda, com endereço em Guanambi (BA), que sempre vencia as licitações.
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Raimundo Marinho
jornalista
Uns choram e outros riem, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, no meio do horror e dor da pandemia de covid-19. Nos últimos 60 dias, o número de mortos subiu 242%, de 14 para 48.
Média de 11 casos novos por dia, saindo de 1.436 para 2.119, crescimento de 47%. Felizmente, 2.009 estão curados. Os óbitos ocorreram em UTIs, após angustiosa espera na regulação.
A situação não é boa, e a Secretaria Municipal da Saúde pede que todos colaborem, respeitando as medidas sanitárias determinadas, que incluem proibição de festas, com qualquer número de pessoas.
Mas, esta semana, houve aglomeração festiva até dentro da própria Prefeitura (foto). Como fica a Polícia Militar, que, zelosa, teria parado festa de aniversário, recentemente, por violar a medida sanitária.
O secretário municipal da Saúde, Gerardo Júnior, desativou, a partir de hoje, o que nunca funcionou, as ditas barreiras sanitarias. Justo quando o contágio e os óbitos crescem, no município.
Afirmou que o momento da covid agora é outro, porque estado e município estariam dando suporte adequado à UPA e transferência de pacientes. Mas sua decisão está sendo motivo de deboche.
Raimundo Marinho
jornalista
O vereador Joaquim da Silva, o Kinka, com “K”, que presidiu a sessão da Câmara de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, dia 27, explicou o uso dos precatórios Fundef, repassados ao município.
Ele é da situação e disse que fez profundo exame, para responder a Josemar Miranda, da oposição. Confirmou que foram R$12 milhões com Ricardo Ribeiro e R$16 milhões, de Paulo Azevedo (2013-2016).
Afirma que Ricardo Ribeiro construiu três escolas (Barriguda, Itanajé e São Timóteo), quadras de esportes (Polivalente, Barrinha, Lourenço e Monte Oliveira) e reformou uma escola (Lagoa Nova).
O antecessor, disse Kinka, reformou e construiu escolas, uma delas no povoado de Tabuleiro. Escola, hoje tida como “elefante branco”. Afirmou ainda que a lei, na época, não permitia 60% para professores.
Desconhece que a lei sempre determinou que 60% do Fundef/Fundeb são para remunerar professores. Era tudo que, talvez, os professores não quisessem saber, pois seus sindicatos nunca perguntaram.
Joaquim também se esqueceu da Lei Municipal nº 1.398/2018, aprovada com sua ajuda, que só autorizou o prefeito a usar 40% dos R$12 milhões. Lei que, agora, ele atesta ter sido violada pelo prefeito.
Raimundo Marinho
jornalista
A denúncia de que parentes do prefeito e da vice foram vacinados fora da fila de prioridades, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, foi negada pelo coordenador da vacinação, Juramilton Silva.
Ele disse serem sobrinhos dos gestores que estudam medicina, e que estariam enquadrados no art. 1º, § 3º, da Res. nº 64/2021, da Comissão Intergestores Bipartite da Bahia (CIB), vinculada à Sesab.
Juramilton disse que os sobrinhos dos gestores apresentaram a documentação para se vacinar, mas não foram atendidos, por não estarem expostos ao risco da doença, em nenhuma unidade de saúde.
A resolução estabelece que “Serão vacinados, junto com os trabalhadores de saúde, os acadêmicos de saúde em internato, residência e estágio curricular, no momento de vacinação do respectivo campo de atuação”.
Respeitamos a negativa do coordenador, mas o assunto requer investigação, por quem de obrigação, pois circulam afirmativas de vários casos de vacinados fora do escalonamento das prioridades.
Raimundo Marinho
jornalista
A Bahia recebeu, para a semana que acaba, 222.500 doses de vacinas contra a covid-19. Foram 180.550 da Astrazeneca e 42 mil da Sinovac, chegando ao total acumulado de 3.893.450 doses.
Foi continuada a imunização de idosos, profissionais de saúde, população quilombola, doentes que fazem hemodiálise, forças de segurança e trabalhadores da educação, a partir de 55 anos.
Livramento de Nossa Senhora ficou com 750 doses da astrazeneca, para 1ª dose de pessoas a partir de 60 anos e quilombos. E 318 doses da coronavac, para 2ª dose de idosos de 65 a 69 anos.
No município, foram aplicadas, até ontem, em 1ª dose, 8.202 doses, das 8.677 recebidos, e 4.636 do total recebido para 2ª dose. A maior demanda é de idosos a partir de 60 anos, com 6.558 vacinados.
Raimundo Marinho
jornalista
Está faltando vontade política e autoridade para cumprimento do decreto estadual que permite aulas semipresenciais, em escolas de municípios com até 75% de ocupação em UTI, por covid-19.
Além dessa exigência, o órgão estadual da Educação ainda impõe rigorosas medidas sanitárias, para a efetiva realização das aulas, na rede pública e privada. Na verdade, está havendo um jogo político.
Rui governador diz sim, mas Rui coordenador, do sindicato, diz não, numa interminável tapeação, sem dar a mínima para a pesada conta que os alunos terão de pagar, pelo resto de suas vidas.
O sindicalista disse que só permitirá aulas quando todos os servidores da Educação forem vacinados. E aí, governador? Quem é que manda? Crianças e jovens vão para dois anos letivos perdidos.
Professor segue tranquilo, não perde salário e não tem filhos na escola pública. Falta disposição para trabalhar. Com professores da rede privada é diferente, se não trabalha, não tem salário.
Raimundo Marinho
jornalista
Remoto significa “ocorrido há muito tempo”, “longínquo”, “à distância”. Aula remota é aquela ministrada de casa, por exemplo. Em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, de tão remotas elas sumiram.
Ficaram tão à distância, que não se ouviu mais falar nelas. No ensino público, é uma verdadeira ilusão. As queixas são de que não estão existindo as verdadeiras aulas virtuais e sim vídeos pré-gravados!
Isso será devastador para uma geração de crianças e jovens. E, como tenho repetido, todos de famílias pobres. Por que na rede privada local, e pública de vários municípios funciona e aqui não?
Porque não há empenho dos gestores públicos, incluindo secretários da Educação. Estão fazendo uma simulação, para, ao final, dar os anos letivos como cumpridos, sem o aluno aprender nada.
A desculpa, agora, é a vacina para professores. Mas, pelo jeito, mesmo quando todos estiverem vacinados, vão dizer: “Só quando aluno, pais, avós, vizinhos e até o papagaio forem vacinados”.
Como a pandemia não vai acabar tão cedo e vacina para todo mundo vai demorar, além de não ter 100% de eficácia, os alunos poderão envelhecer sem aulas, vítimas da politicagem.