Será no próximo dia 4 de junho, terça-feira, a partir das 8h, na sede da Câmara de Vereadores, a 3ª Conferência Municipal da Cidade, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, como preparatória para as etapas estadual e nacional, que englobará todas as cidades do país.
O tema geral é “Quem muda a cidade somos nós: Reforma urbana já!” e quem promove essa etapa inicial, no município, é a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Governo. Toda comunidade, especialmente as entidades de classe, devem participar, para enriquecer o projeto com suas sugestões.
“A Conferência das Cidades foi criada pelo Ministério das Cidades para consolidar a parceria entre os governos e a sociedade civil, construindo um modelo de política urbana com a participação efetiva dos municípios”.
“O objetivo é identificar os problemas enfrentados pelas microrregiões no crescimento urbano, e elaborar propostas para a diminuição da desigualdade social e o desenvolvimento funcional dos municípios, sem degradar a natureza”.
Jornalista
Os meios-fios da cidade de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, estão sendo pintados de branco. Lembra a longa “Avenida Paralela”, em Salvador, que era assim decorada quando se esperava delegações importantes no aeroporto local. Mas deixava nos moradores da capital a impressão de que a finalidade era apenas agradar os visitantes.
Com a maquiagem branca, nossa Livramento fica, de fato, mais bonita e pode até ser prenúncio de que muitas obras importantes estão por vir. Pelo menos é o que promete o novo prefeito, Dr. Paulo Azevedo, que ainda nos passa confiança e mantém vivas as esperanças. Contudo, é preciso ter alguns cuidados, para não parecer tapeação.
Os pintores, por exemplo, cometem alguns exageros, ao pintar até “meios-fios” destruídos ou onde sequer existe calçada, como mostra as fotos que ilustram este texto. Falta supervisão ou a ordem é “pintar tudo, de qualquer jeito”, até as rodas de carros estacionados.
A pintura deveria ser, também, acompanhada de outros cuidados, como coibir o abuso de moradores que fecham ruas e obstruem calçadas com material de construção, como flagrado em outra foto deste texto, dificultando a circulação de pedestres e automóveis.
(...) Entrego agora pra todos O meu singelo cordel Falei da vida do povo Do escravo ao coronel Construindo esta terra Em paz e sem fazer guerra Fizeram o seu papel. |
Quem quiser fazer melhor Que venha aqui escrever Trabalhar e pesquisar Queimar pestana a valer Contar a vida do povo Desmanchar, fazer de novo É o que eu posso dizer. |
Assim a professora Ester Lígia Machado Almeida encerra o cordel Oásis do Sertão Baiano, lançado em concorrido Encontro Literário (fotos), na Escola Dona Tina, dia 24, em
Livramento de Nossa Senhora, Bahia. A apresentação deu-se de forma criativa, com cada um dos alunos da turma de Ensino de Jovens e Adultos lendo uma estrofe do livreto.
Na plateia, os demais estudantes da escola e convidados, todos recepcionados pessoalmente pela autora. Ela lembrou que o trabalho foi contemplado e premiado no Edital de Concurso Público nº 04/2010 – Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré – do Ministério da Cultura.
Na forma inédita de versos cordelinos, fala da história e da memória do município de Livramento, desde sua fundação e colonização, mostrando as tradições locais, cultura, economia, filhos ilustres, famílias e os modos de viver e fazer do seu povo.
O prefeito Paulo César Cardoso Azevedo abriu, com o pontapé inicial, o Campeonato Rural de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, na partida entre Piçarrão 2 x 1 Varzinha, no último domingo (19). Várias outras autoridades municipais compareceram à abertura do torneio, entre elas o secretário de Esporte, Norberto Asevedo da Silva, que ajudou o prefeito no chute inicial, que, mesmo assim, saiu fraquinho.
O torneio é longo e conta com mais de 700 atletas, reunidos em 32 equipes, devendo terminar no dia 10 de novembro deste ano. Os próximos jogos da 1ª rodada serão dia 26 deste, entre: Patos x Santa Cruz, Monte Oliveira x Riacho da Salina, Itanajé x Barrinha, Covas 04 x Nado de Cima (às 8h45m), e Várzea de Dentro x Tamboril, Várzea dos Reis x Arrecife e Mucambo x Matinha (às 15h45m). A tabela não informa a sede dos jogos.
(Ou O Precatório Que Foi Sem Nunca Ter Sido) E por falar nas fobias causadas por efeito dos rr. despachos, outro dia fiquei em estado de choque ao ser intimado, via DPJ de um traulitante e por que não dizer fulminante r. despacho firmado por um meritíssimo juiz encarregado do Núcleo de Precatórios do Egrégio TJ. Com a estranha sensação de que me saía fumaça pelos ouvidos, o r. ato me fez entender ainda mais o sentimento de angústia daquele personagem kafkiano que de repente se vê preso sem saber o motivo e que, à falta de respostas a todas as suas perguntas possíveis e imagináveis, percebe que está ultrapassando os limites que separam a sanidade da loucura. De fato, ao menos enquanto em estado de choque eu não conseguia atinar de onde vinha, se deste ou do outro mundo, da parte de quem, porque vinha, e nem para onde ia o erríssimo despacho!”.
Clique aqui para continuar se deliciando com essa saga do advogado Jorge Soares Oliveira, que assina Jorge de Piatã, em texto ainda mais saboroso e divertido do que a “Parte I”.
Jornalista
Os vereadores de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, estão demonstrando grande vontade de trabalhar, mas parecem assombrados com o passado. Quase todos repetem, em suas falas, nas sessões semanais, que o passado deve ser esquecido. Esquecem que não pode haver futuro promissor sem se corrigir os erros pretéritos, nem sem usar as experiências vividas.
O incômodo seria por eventual sujeira ou a pela perda de tempo? A atual oposição, que era situação na legislatura anterior, falou por oito anos do passado de 20 anos da hoje situação. Assim, esquecer é conveniente para todos, em razão dos muitos débitos que há perante a comunidade. Justifica omissões presentes e isenta responsabilidades de antanho.
Essa síndrome faz lembrar o premiado Klute, título no Brasil de O Passado Condena, filme americano (1971), policial, dirigido por Alan J. Pakula, estrelado, entre outros, por Jane Fonda, no papel de Bree Daniels, Donald Sutherland, como John Klute, e Roy Scheider, interpretando o personagem Frank Ligourin.
Klute é um policial do interior que vai a Nova Iorque procurar um amigo sumido. Lá, conhece uma prostituta que esteve com o procurado. Policial e prostituta apaixonam-se e ela é perseguida por um estranho assassino. A trama desenrola-se em torno do seu passado (para mais detalhes, assista à película).
Entre nós, procura-se explicar ou entender o papel do vereador e a razão pela qual eles querem tanto apagar o passado. A renitência dessa discussão remete-nos, ainda, a uma música de sucesso popular, do cantor brega Odair José, cuja letra fala do “medo de não dar certo”, de “o passado estar sempre perto”.
Sobretudo, é preciso trabalhar, pensar nos eleitores, nos 42.700 habitantes que tanto querem um Legislativo livre, atuante e trabalhando pelo futuro de Livramento. Não se deixem dominar pelo “medo de não dar certo” ou de um dia se arrepender. Se faltar ânimo, assista, então, a Back to the future.
O que não se pode é perder tempo com firulas mortas, no espaço sagrado das discussões e busca de solução para os graves problemas que nos afligem. Se o passado condena, a ponto de vir para a ordem do dia, então que se faça uma sessão especial para inseri-lo na agenda criminal da Câmara.
Na ordem do dia da sessão de 17 último, tramitaram dois projetos de lei, um considerando de utilidade pública a Associação Diocesana de Promoção Social (ADIPS), aprovado em primeira votação, e outro autorizando o município a integrar consórcio municipal para construção de um aterro sanitário.
Nas falas, o vereador Jorge Lessa Pereira, da oposição, denunciou o estado precário do ônibus que transporta os participantes do Pro-Jovem. Ele também comentou e elogiou projetos do Executivo enviados à Câmara, na forma apta a serem examinados pelos edis.
O vereador Antônio Luis Rego Azevedo queixou-se do que chamou “baixaria das sucatas na praça”, referindo-se à frota de veículos e máquinas sucateados herdada da gestão anterior; “baixaria do CD apócrifo”, distribuído pela cidade com imagens de equipamentos degradados encontrados pela nova administração; e da “baixaria de certos órgãos de imprensa”.
No caso da imprensa, aludiu-se a blogs da cidade, citando nominalmente este site, por críticas ao Legislativo e referências à sua pessoa, mas não mencionou qualquer divulgação específica que pudesse ser qualificada de “baixaria”.
O vereador Valdir Sampaio, discordou que haja baixaria da imprensa local e parabenizou os blogs. “É o trabalho deles”, disse, “nós é que temos de estar preparados”. Pediu aos colegas que se conscientizassem das necessidades do município e que é preciso trabalhar, “pois o povo cansou de ser enganado”.
Os vereadores Joaquim Bitencourt (Quinquinha), José Roberto Caires (Zé de Vital), Aparecido Lima (Cidão) e José Araújo defenderam a emancipação da Vila de Iguatemi, que está na lista de emancipáveis de projeto que regula os processos de emancipação, hoje tramitando na Câmara Federal.
Aparecido Lima pediu que o prefeito fosse ao interior do município, como na campanha eleitoral. José Araujo criticou a volta ao passado, dizendo que a gestão anterior “não foi esse desastre todo” nem “o município estava essa miséria toda, não use isso como desculpa”. Citou realizações do ex-prefeito em estradas, esporte e educação.
O vereador Joaquim da Silva (Kinka), que também parabenizou os blogs locais, reagiu ao colega Cidão, acusando-o de criticá-lo por coisas que afirma não ter dito, quando destacou a transparência do atual gestor. “O senhor colocou coisas na minha boca que eu não disse”, rebateu Kinka.
A professora e ex-secretária municipal de Educação, Ester Lígia Machado Almeida (foto), de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, lançará, próximo dia 24, o livreto em cordel, intitulado “Oásis do Sertão Baiano”. Será na Escola Estadual Dona Tina (Avenida Presidente Vargas, Centro), em Encontro Literário, a realizar-se nos turnos vespertino (14h às 15h) e noturno (20h às 21h).
O “livreto singelo”, como ela mesma qualifica no convite para o evento, registra, na linguagem de cordel, a história do município de Livramento, tendo sido produzido através de projeto aprovado pelo Ministério da Cultura, que premiou a obra, dentre muitos outros inscritos. Em razão disso, o lançamento tem caráter nacional.
O Colégio João Vilas Boas nos enviou hoje informações sobre homenagem ao Dia das Mães, prestada em 11 de maio. Conforme o relato, “foi uma noite cheia de beleza e magia, assim como são todas as mães”. Começou com a saudação do diretor Adauto Gomes, dando-lhes as boas-vindas e falando do carinho e dedicação com que o evento foi preparado para elas.
A quadra esportiva da escola ficou lotada e as emoções começaram aflorar, já na abertura, com a professora Márcia Oliveira, saudando não só as mães ali presentes, mas também as que já partiram desse mundo:
“Falar da mãe presente é fácil, pois ela está ao nosso alcance, no contato do dia-a-dia. Mas falar daquela que já partiu é muito difícil, pois já não podemos tocá-la, senti-la, falar com ela, ouvir sua voz! Quem sabe, até pedir perdão por alguma falha! Ou homenageá-la, como aqui estamos fazendo, cantando-lhe uma canção! Mas, só nos resta chorar! A elas, só temos a oferecer a oração do nosso coração de órfãos, no qual guardamos o seu amor eterno!”.
Foi impossível conter a emoção. As homenageadas, na beleza dos seus vestidos, da maquiagem, dos sorrisos, acabaram compondo a alegria e o colorido do ambiente, tão bem ornamentado pelos alunos, cheio de poesia, suave, enfeitado de flores, predominando o vermelho vivo, que parecia palpitar como o coração materno.
Os sorrisos e os abraços denunciavam a alegria daquelas que recebiam o mínimo que um filho poderia lhes proporcionar, o reconhecimento, o amor, justamente onde recebem a educação para a vida, local em que suas mães sempre desejaram e trabalhou para que estivessem.
Assim, filho/alunos/mães cantaram, recitaram, desfilaram, encenaram e dançaram, na augusta homenagem. Para simbolizar o momento tocante, as mães participaram de um sorteio de brindes, doados por comerciantes da cidade. Abrilhantou a festa a Filarmônica Lindembergue Cardoso, cujo ponto alto foi a execução da eterna Carinhoso, do imortal Pixinguinha, letra de João de Barro.
A festa foi organizada pelos alunos do ensino médio, a maioria do 3º ano, com apoio e orientação da diretoria, ficando a cargo de uma comissão organizadora formada por Thayná Cristina, Isabella Marques, Hanna, Maria Luiza, Caroline, Raelson, Felipe Cambuí, Nathany, Vitória, Brenda e Francileide. Receberam os justos parabéns dos diretores e professores da casa.
Participação
Apresentação: Isabela Marques e Hanna de Lourdes.
Abertura: Raissa, Paulo, Henrique, Valdeir, Jair Bonfim e Weslley (pela Filarmônica).
Dança: Isadora, Maria Luiza, Maria Eduarda e Amanda (coreografia com o funk “Fico assim sem você”, de Claudinho e Buchecha).
Peça teatral: Ítalo, Louryane, Vanessa, Isabella (referência ao ambiente doméstico).
Musica: Riane, Iure, Jadson e Tchaila (voz e violão) e Carol, Isabella, Raissa e Vanessa (cantoras).
Vídeo: Maísa
Coral de flauta: Paulo, Weslley Santos, Matheus, Jonathan, Raissa, Cristian Cardoso, Valdeir Silva, Adriane, Henrique, Hiago, Jair Bonfim.
Homenagem: Raelson (mensagem para a mãe).
Poema: Matheus e Loryane (em dupla) e Waila (solo).
Sax: Raissa e Cristian (Carinhoso).
Prece às mães: Isabella e Hanna.
Clique aqui para ver mais fotos>>
Professores e alunos do grupo Capoeira Escola, de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, fez apresentação ontem (17), na Casa de Cultura do bairro Benito Gama, mantida pela Associação Beneficente Cultural e Religiosa Afoxé dos Orixás, presidida pelo líder comunitário João Batista Pereira dos Santos, mais conhecido como João de Ogum.
Entre os alunos, estavam crianças e jovens, dos dois sexos, reunidos no Projeto Joga Menino, dirigido pelos professores Carlos Alves e Givanildo Santiago, tendo como instrutor Lucas Araújo, aspirante a professor. Segundo eles, o projeto abrange a comunidade quilombola da Rocinha, Itaguaçu e bairros Benito Gama e Estocada.
São 300 participantes, incluindo pessoas assistidas pelo CRAS (Centro de Referência e Assistência Social). Com a transição de governo, o grupo ficou sem o apoio da prefeitura e os professores queixam-se da falta de recursos para continuar atuando, inclusive financeiros.
Suas principais necessidades são uniformes para os alunos, todos de famílias de baixa renda, remuneração dos professores, um salário mínimo por comunidade, locais e instrumentos de ensino, além de passagens para apresentações e participação de eventos de aprimoramento.
Eles alegam que essa atividade tem contribuindo muito para inserção social das crianças e jovens e que muitos deles já foram resgatados ou desviados do mundo das drogas.
O projeto inclui, também, o monitoramento escolar dos alunos, os quais, motivados para a atividade esportiva, se esforçam para apresentar bons resultados escolares. O secretário da Educação, Paulo Lessa Pereira, foi conhecer o projeto e assistiu à apresentação do grupo.
Começa no próximo dia 19, domingo, a primeira fase do campeonato rural de futebol, edição 2013, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, reunindo 32 equipes de atletas amadores, distribuídas em quatro grupos. É realizado pela Liga Desportiva Livramentense, com apoio da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer.
Segundo o presidente da Liga, Ronnie Von Azevedo Castro, a primeira partida da tabela será na comunidade do Piçarrão, entre a equipe da casa e o time da Varzinha, prevista para começar às 15h. Ele acrescenta que o torneio terá cinco fases e está previsto para terminar no dia 10 de novembro deste ano. As equipes estão divididas nos seguintes grupos:
Grupo A – Piçarrão, Várzea de Dentro, Patos, Várzea dos Reis, Itanagé, Mucambo, Covas 04 e Monte Oliveira.
Grupo B – Barrinha, Matinha, Nado de Cima, Riacho da Salina, Varzinha, Tamboril, Arrecife e Santa cruz.
Grupo C – Lourenço, Itaguaçu, Rio Abaixo, Alves, jacaré, São Timóteo, Sítio Novo e Lagoa Comprida.
Grupo D – Várzea D’Água, Rocinha, Nado, Tabuleiro, Monteiro, Malhada Grande, Iguatemi e Várzea.
Jornalista
É triste ver e sentir como a cultura e outros valores humanos vêm perdendo a importância em Livramento de Nossa Senhora, Bahia! Mas não é privilégio nosso, ouço queixas, também, de outros municípios. Pessoalmente, incluímos nossa cidade no circuito da edição de livros, já tendo lançado três livros, desde 1995, e um previsto para ser lançado no próximo mês, tudo por conta própria.
Fiquei envergonhado, ontem (15), no lançamento do livro do arquiteto e professor Ricardo Stumpf (Escola, Espaço e Discurso), no espaço de alimentação do Supermercado Hipermais, marcado para as 18 (foto). A plateia, somando funcionários do local e organizadores, não chegava a 10 pessoas.
Nenhuma autoridade educacional presente, estudantes nem pensar, professores e diretores de escolas, meu Deus, apenas três ou quatro! A maior autoridade municipal presente foi o coordenador de cultura da Secretaria Municipal da Educação, que só chegou ao final.
Mas Ricardo Stumpf não perdeu o ânimo e brindou os poucos presentes com um rico histórico da educação no Brasil, incluindo dados da nossa região, fazendo um paralelo entre as políticas educacionais, os respectivos governos e a arquitetura das edificações escolares, ao longo do tempo.
Em resumo, podemos concluir da sua fala que a educação, no Brasil, sempre foi tratada com descaso e manipulada ideologicamente. Destacou, no entanto, algumas figuras mais recentes, da área, com propostas progressistas, inovadoras, como Darcy Ribeiro, Cristóvão Buarque e o genial Anísio Teixeira.
programa Todos Pela Alfabetização (TOPA), executado pelo governo estadual em 366 municípios, está na sexta etapa e deverá alcançar 925 pessoas em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, neste ano de 2013, envolvendo jovens, adultos e idosos que não conseguiram se alfabetizar na idade própria.
É operacionalizado pelas prefeituras e entidades comunitárias. Em Livramento, inserido no chamado Sertão Produtivo, um dos executores é o Centro de Formação e Organização Comunitária (CEFORC), que, no último dia 15, reuniu, na Câmara de Vereadores (foto), os alfabetizadores e coordenadores que vão atuar no projeto, sob a coordenação do presidente da entidade Hugolino Lima.
A meta do CEFORC para 2013 é alfabetizar 200 pessoas em Livramento e 200 em Dom Basílio, 110 pessoas em Rio de Contas e 110 pessoas em Jussiape. A reunião constou de palestras do jornalista Raimundo Marinho, sobre “Educação e Cidadania” e da professora e ex-secretária municipal de Educação Ester Lígia Machado, sobre a realidade educacional no município.
O jornalista convidou os participantes para uma reflexão sobre o significado da educação na vida das pessoas, que é obrigação do estado e direito subjetivo do cidadão. Alertou que os processos educacionais devem ser atualizados, com melhor aproveitamento da internet, por exemplo, transformada em uma obsessão, como ferramenta de ensino indispensável.
A professora Ester Ligia falou do desânimo que, por vezes, atinge o educador, diante do abandono em que a educação se encontra, em nosso país, da baixa qualidade do ensino, exatamente pela falta de atualização tecnológica e cultural e de estímulo aos educadores.
Raimundo Marinho
Jornalista
Apesar do quadro de falta d’água ainda ser crítico, a Comissão Gestora dos Açudes Públicos Brumado e Riacho do Paulo, que abrange os municípios de Livramento de Nossa Senhora, Rio de Contas e Dom Basílio, no sudoeste baiano, aprovou, ontem, em reunião extraordinária, a liberação de água do Açude Luis Vieira para irrigação no Perímetro do Brumado, em Livramento.
O objetivo, segundo a entidade, é salvar parte das plantações de manga e banana, nas quais já ocorreram perdas de 10% a 20%, segundo o coordenador da Comissão, Rosivaldo Romão da Silva. Ele denominou a providência de “irrigação de salvação”, que ainda poderá salvar de 60% a 70% da plantação.
A decisão teria se respaldado em parecer da Agência Nacional de Águas (ANA), segundo o qual o Açude Luis Vieira, devido às poucas chuvas dos últimos meses, estaria com quase cinco milhões de m³ acima da cota de alerta, de 15 milhões de m³, autorizando, assim, a utilização desse excedente na irrigação.
Mas a decisão é temerária, pois a própria ANA já alertou que a reserva daria para suprir prioridades de uso só até julho de 2014, quando o açude secaria. O excedente, portanto, deveria servir para dar mais tranquilidade à população, uma vez que a vida humana está acima de qualquer interesse econômico.
O deputado federal Lúcio Vieira Lima entrou com ação judicial no fórum de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, contra seu ex-secretário parlamentar Roberto Lucas Spínola Souto, filho do ex-prefeito Carlos Roberto Souto Batista. O motivo da ação seria a publicação de mensagens consideradas difamatórias na rede de relacionamento conhecida como Facebook.
Em preliminar do processo (nº 0000927-60.2012.805.0153), o juiz João Lemos Rodrigues, da Vara dos Feitos Cíveis, determinou a retirada das mensagens, considerando que as alegações do deputado tinham fundamento, com base dos documentos probatórios que juntou. É possível que o deputado venha querer, além da retirada das mensagens, a indenização por danos morais.
Segundo despacho do magistrado, os “documentos são suficientes para demonstração da verossimilhança do pedido tendo em vista o conteúdo nitidamente difamatório”. Deu prazo de 15 dias ao réu para, querendo, contestar a ação, alertando-o de que, caso não conteste, os fatos alegados contra ele serão presumidos como verdadeiros.
Roberto Lucas foi admitido no gabinete de Lúcio Vieira Lima, na Câmara Federal, em Brasília, onde não dava expediente, no dia 3 de março de 2011, sendo exonerado quando o seu pai rompeu com o deputado, ao deixar o PMDB para se filiar ao PSD, às vésperas das eleições municipais de 2012.
O arquiteto Ricardo Stumpf Alves de Souza, 52 anos, lançará amanhã, dia 15, às 18h, na praça de alimentação do Hipermais, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, o seu sexto livro: Escola, Espaço e Discurso.
A obra faz um paralelo entre os discursos sobre educação e os prédios escolares produzidos pela arquitetura brasileira e mostra a evolução dos debates sobre o tema, ao longo da história do país.
Nascido no Rio de Janeiro, o autor se considera “baiano de coração”. Formou-se em arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e veio para a Bahia em 1985. Tornou-se conhecido na região como chefe do escritório do IPHAN, em Rio de Contas.
Intitula-se “escritor multifacetado”, já tendo escrito as obras Repensando a arquitetura (1985), Contracorrenteza (1993), Uma lágrima para Ilhéus (Poesias, 2000), Uma nova agenda para a esquerda (2000) e Estação Paraíso (2007).
Jornalista
Uma cruz de madeira de 3 metros e 80 centímetros foi colocada junto ao altar principal da Basílica de São Pedro (Vaticano), no Ano Santo da Redenção (1983-1984), considerada pelo papa João Paulo II como símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Ele a doou aos jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço (Roma), representando a juventude mundial.
Ao lado da imagem de Nossa Senhora, essa cruz tornou-se ícone da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), criada em 1985 por João Paulo II, sendo conhecida também como Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ ou Cruz Peregrina. O papa pediu que os jovens a levassem ao mundo inteiro, em peregrinação, daí ser chamada, ainda, de Cruz dos Jovens.
Já percorreu vários países e uma réplica chegou ao Brasil em 2011, dois anos antes da 28ª JMJ-2013, que se realizará de 23 a 28 de julho de 2013, no Rio de Janeiro, inclusive com a presença do papa Francisco. O objetivo é percorrer todas as paróquias das dioceses do país onde é realizada a jornada.
Igual réplica chegou a Livramento de Nossa Senhora, Bahia, dia 28 de abril deste ano, e deverá percorrer as paróquias da diocese. Ontem, Dia das Mães, foi trazida do povoado de Tabuleiro para a catedral, onde foi oficiada missa em homenagens mães e celebrado, também, o Dia da Ascensão de Jesus. A igreja ficou lotada, principalmente de jovens, de diversas comunidades.
O pároco Ademário Ledo foi o celebrante, ao lado dos padres José Aparecido e José Roberto, da Paróquia do Taquari. Na homilia, lembrou que “a cruz não significa tristeza nem sacrifício e sim libertação” e que “é pelo sinal da cruz que somos batizados”. Disse que também simboliza o peso das responsabilidades da vida que cada um carrega nas costas, assim como Cristo carregou sua cruz.
Pediu que seguíssemos as pegadas de Jesus e que fossemos, também, um pouco do Cirineu [Simão de Cirene, que ajudou Jesus a levar a cruz], e partilhássemos, uns com os outros, na qualidade de bons cristãos, o peso da vida que cada um leva, para torná-lo mais suave e suportável.
O bispo chileno Dom Ramon Angel, em seu “Retrato de Mãe” (*), escrevera:
“Uma simples mulher existe, que pela imensidão de seu amor tem um pouco de Deus. Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo. Que, sendo moça, pensa como uma ansiã. E, sendo velha, age com as forças da juventude. Quando ignorante, melhor que qualquer sábio, desvenda o segredo da vida. E, quando sábia, assume a simplicidade das crianças. Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama. E, rica, sabe empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos. Forte, estremece pelo choro de uma criancinha. E, fraca, entretanto, se alteia com a bravura dos leões. Viva, não lhe sabemos dar valor, porque à sua sombra todas as dores se apagam. E, morta, tudo que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo (...)”.
Outro religioso, padre Zezinho, também escreveu texto em que diz:
“Mãe, Palavras, eu não acho. Nenhum poema diz o que é que eu realmente penso. Poeta algum jamais verbalizou minha experiência. Ser teu filho é uma aventura única. E eu simplesmente não consigo traduzi-la em palavras. Mas teu coração entende (...)”.
Um dia eu também, em momento de inspiração, escrevi:
“Mamãe, você foi minha primeira imagem, minhas primeiras palavras, o meu primeiro amor. Hoje, você continua a ser a primeira em minha vida e proporciona-me a intensa alegria de me sentir sempre um menino”.
Tudo pode ser dito das mães, mas nenhuma homenagem estará à altura delas se não compreendermos o significado da geração de um filho dentro do plano e da obra de Deus. Seguir os passos de Maria, enquanto seguia seu filho Jesus, talvez seja um bom modo de se atingir essa compreensão, sobretudo pensar como deixou o menino crescer e se desenvolver, com o desvelo de mãe, mas sem interferir no seu destino, pois sabia da missão divina que Ele tinha a cumprir. Por vezes, ela se assustava, ao ver no filho a própria figura de Deus.
Nas “Bodas de Caná”, pediu a Ele para socorrer os anfitriões diante do constrangimento de ter faltado vinho. Embora Ele dissesse “mulher, o que queres de mim, ainda não é chegada a minha hora”, ela orientou aos que serviam: “faça tudo que Ele vos mandar” (BÍBLIA, João, 2, 4-5). Ela conhecia o filho e O tinha como um ser humano comum, apesar de nunca esquecer que, antes de tudo, Ele era, na verdade, o filho de Deus. Esse filho, que ela carregou nos braços, igual a qualquer mãe terrena, veio a abraçar, no auge da dor de uma mulher, quando Ele foi descido da cruz, morto pela brutalidade dos homens.
A ti Maria, rogamos, nesta humilde oração do Ângelus, que abençoe todas as mães, especialmente as que nos ouvem, para que encarem a divina missão da maternidade com a mesma fé e alegria que tiveste!
(Extraído do livro Hora do Ângelus, Pensares para Rezar,
de Raimundo Marinho dos Santos, 2011, pág. 73)
Jornalista
Se ainda vivesse, Maria do Livramento Pereira Guimarães (foto) faria, hoje, 80 anos. Nascida em 11.05.1933, faleceu em 27.11.1969, aos 36 anos, de complicações de parto. Nunca esqueci aquela manhã cinzenta, quando um colega (salvo engano, Tõe Lessa) foi à roça, onde eu morava, levar a mais triste notícia de meus 20 anos: “Não vai ter aula... D. Maria morreu”, disse.
Quando saio com Márcia, assisto, admirado, a tantos beijos, abraços, acenos, de tantos alunos, de tantas gerações, que ela recebe. Sinto o carinho que tantas moças e rapazes têm para com ela. Se pudesse comparar, ressalvando as diferenças de épocas, diria que D. Maria foi a Márcia da minha geração de estudantes, na dedicação ao ensino, respeito e atenção aos seus alunos.
Aos 20 anos, a ideia de morte me assombrava. Estremeci ao ouvir aquela mensagem: “...D. Maria Morreu”. Demorei de entender a causa da sua morte. “Morreu de parto”, era como se dizia. Hoje é mais raro se morrer de parto. Eu pensava que todo mundo podia morrer, inclusive de parto, menos D. Maria.
Ela foi a segunda mulher que minha alma acolheu como mãe, depois da minha mãe, também Maria. Maria do Livramento Pereira Guimarães foi minha professora, da “Cartilha do Povo” ao 5º ano primário. Pegou na minha mão para que eu aprendesse a escrever, ensinou-me a soletrar.
Mas a maior lição ela nunca soube que me ensinou: o pobre, de nem poder comprar a sandália de ir para a escola, também era gente. Nunca se importava se precisássemos ir só com um pé calçado, se a outra sandália quebrasse. Não deixava uns zombarem dos outros, pelas diferenças sociais. Assim, aprendi com ela, dos 8 aos 12 anos, que o menino pobre da roça também era gente.
Dela, auri não somente as lições, para mim sagradas, mas também herdei a caligrafia. Não tão impecável como a sua, mas bem parecida. Lembranças que nunca se apagam. Não obstante minha insignificância social de menino da roça, dei-lhe também alguma alegria, principalmente no colégio.
Ela gostava de testar os alunos com perguntas surpresas: “10 para quem acertar e não precisa fazer prova”, costumava dizer. Primeira série ginasial, primeira aula de D. Maria, de Ciências, Colégio João Vilas Boas (não tinha ainda o “Estadual”): “Qual o nome dos dois ossos da perna?”, classe lotada, perguntou. Ninguém respondeu.
- Alguém sabe?, insistiu, desapontada.
Na primeira fila, venci a profunda timidez que me atormentava e consegui erguer a voz (coisa rara), sem muita noção do que tudo significava:
- Tíbia e perôneo, falei.
Ali, nascia Raimundo Marinho. Não costumo ser efusivo nos meus sentimentos, mas guardo com muito carinho emoções e lembranças dos que enriqueceram minha vida. Ninguém marca mais a vida de uma pessoa que a professora primária, a terna e eterna “professorinha”.
É difícil sobreviver a elas, notadamente quando se vão tão cedo, como D. Maria, 36 anos. Obrigado Deus, por pessoas tão oportunas e tão iluminadas em minha vida, fazendo o caminho duro parecer suave. Como preito de gratidão, torno pública essa homenagem, na data em que ela faria 80 anos.
Quem sabe outros tantos, na geração atual, de tanto desrespeito aos mestres, não percebam a importância deles em nossas vidas. E os mestres, para que valorizem mais o significado que têm na vida dos seus alunos!
Que Deus seja sempre compassivo para com o espírito de Maria do Livramento Pereira Guimarães, por mim e por tantos que ela educou e iluminou!
Raimundo Marinho
Jornalista
O “elefante azul” (foto) construído no bairro Benito Gama, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, para abrigar o projeto Indústria Cidadã, finalmente terá sua finalidade resgatada. Pelo menos foi o que garantiu, ontem (10), o presidente da Sudic, Emerson Leal, ao ordenar a realização de obras de recuperação e ampliação do projeto, paralisado há mais de cinco anos, em nossa cidade.
O objetivo do Indústria Cidadã, executado pela Sudic (Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial), autarquia vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, é fomentar a interiorização do desenvolvimento, através do aproveitamento das potencialidades produtivas locais, criando empregos e gerando renda.
O Dr. Emerson Leal, ex-prefeito de Livramento, assegurou que continua a serviço do município e que vai lutar, à frente da Sudic, para trazer o desenvolvimento para a região, através de projetos industriais. Informou que a ordem de serviço ora assinada inclui a instalação de uma fábrica de polpa de frutas no Indústria Cidadã, conforme a agenda da Sudic para o município.
A escolha do Benito Gama teria sido estratégica, pois abriga uma população predominantemente de baixa ou de nenhuma renda. No ato de assinatura da ordem de serviço (foto), a que também compareceu o deputado estadual Nelson Leal, no próprio bairro, o prefeito Paulo Azevedo disse que o bairro está entre as grandes prioridades da sua administração.
Pediu paciência aos moradores, mas anunciou que, em breve, o local contará com a assistência de uma UPA (Unidade de Ponto Atendimento), programa do governo federal, que funciona 24h, para serviços de urgência e emergência. Também prometeu pavimentar as principais ruas do bairro, já com recursos alocados da ordem de R$1 milhão.
O juiz João Lemos Rodrigues, da Vara Criminal da Comarca de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, em ato publicado ontem no Diário da Justiça, designou para o próximo dia 16 de julho de 2013, às 8h30m, a sessão do Tribunal do Júri que julgará, novamente, o técnico agrícola Robson Assunção Cordeiro (foto).
Robson é acusado pelo Ministério Público como incurso nas sanções do art. 121, § 2º, I, III e IV, do Código Penal, acusado de ter matado as próprias filhas Larissa, 2 anos, e Mabel, 3 três anos, em 26 de março de 2006, dentro da própria residência, fazendo-as ingerir um coquetel de substâncias venenosas.
No primeiro julgamento, ocorrido em 18 de agosto de 2010, ele foi condenado a 49 anos e três meses de prisão, mas o júri foi anulado em acórdão do Tribunal de Justiça, acolhendo recurso da defesa. Até hoje, a tragédia ainda comove a comunidade livramentense.
Os advogados de defesa não compareceram ao primeiro júri, sendo substituídos por advogado dativo, o que foi considerado irregular pelos defensores. Com base nisso, eles entraram com recurso de apelação para anular o julgamento e foram atendidos pelo TJBa.
Jornalista
O prefeito de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, Paulo Azevedo, nomeou o padre Ademário da Silva Ledo Filho (foto), titular da Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, para o cargo de Ouvidor do Município, conforme decreto nº 337/2013 publicado ontem no Diário Oficial Eletrônico do Município.
O prefeito é evangélico e assinou o que talvez seja o ato mais inovador, até agora, de sua administração, a nosso ver, também o mais inteligente. Nomeação oportuna, pois padre Ademário é um religioso transparente e administrador competente, que não esconde emoções, profundo conhecedor das necessidades de nossa comunidade.
Vai gerar polêmica, mas não há incompatibilidade entre ser padre e a função pública, aliás, muito comum em outros municípios da região, em que padres prestam algum tipo de serviço à comuna, principalmente na área da educação. Em Livramento, já tivemos padres professores e até diretor de colégio.
Padre Ademário, 41 anos, baiano de Ibicoara, fez os estudos primários em Barra da Estiva, frequentou o seminário propedêutico em Caetité, cursou Filosofia em Vitória da Conquista, todos na Bahia, e Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte (MG).
Ordenou-se padre em 2003, foi reitor do Seminário de Ilhéus (2004-2008), vindo para Livramento, como pároco, em 2009. Responde pela paróquia e administra o Centro Diocesano, da Diocese. É professor de Cristologia, na Escola de Teologia de Livramento, referendada pela UNEB-Guanambi. Seu contato direto com a população vai ajudá-lo muito na missão de ouvidor.
Castro Meira: agora também na Corte Eleitoral |
O ministro Castro Meira, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), toma posse, hoje, como ministro titular do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde já atuava, desde outubro de 2012, como substituto. A solenidade começa logo mais às 19h. Ocupará vaga deixada pela ministra Nancy Andrighi e destinada ao STJ.
Baiano de Livramento de Nossa Senhora, José de Castro Meira tornou-se ministro do STJ em junho de 2003, primeiro a ser indicado e nomeado para aquela Corte pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Integra a Justiça Federal desde 1976 e tornou-se membro do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Recife-PE), em 1989, e presidiu a corte de 1993 a 1995. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, tem mestrado em Direito e pós-graduação em Comércio Exterior.
Começou a carreira (1968) no Ministério Público da Bahia, de onde saiu, em 1974, para a Procuradoria da Fazenda Nacional. Possui vários trabalhos publicados. Como juiz federal, atuou na Bahia e em Sergipe, até ir para o TRF-5.
O Tribunal Superior Eleitoral é composto, conforme art. 119 da Constituição Federal, de pelo menos sete juízes. Três vagas são preenchidas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), duas por membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e duas por advogados indicados pelo presidente da República.
(Texto elaborado com base em matéria publicada no portal do TSE)
Huga: livre do fantasma, agora é só trabalhar |
Foi publicado, ontem (6), o acórdão em que os juízes do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE) decidiram não conhecer do recurso contra expedição de diploma impetrado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o vereador Uilton Nunes Dourado (Huga), de Livramento de Nossa Senhora (Proc. nº 73472.2012.605.0101).
Segundo a decisão, a dupla filiação partidária, alegada pelo MPE, não se encontra entre as hipóteses de cassação elencadas, taxativamente, no do art. 262, inciso I, do Código Eleitoral. Assim relatou e votou o juiz Cássio Miranda, sendo acompanhado, à unanimidade, pelos demais membros da corte.
Como a matéria tem entendimento pacífico, na corte regional e no Superior Tribunal Eleitoral, Huga, finalmente, vê-se livre do fantasma que era a possibilidade de ser cassado. Que descanse, também, seu companheiro e suplente Nego (Juscelino Bonfim de Souza), que queria a vaga.
Clique aqui e leia íntegra do acórdão (nº 412, publicado no DJE, de 06.05.2013)
Jornalista
O deputado federal Waldenor Pereira (PT) jogou água fria na expectativa de criação da Universidade Federal da Chapada Diamantina, na Bahia, prevista no Projeto de Lei nº 4.094/2012, de autoria do seu colega Afonso Florence (PT), aprovado na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal, tendo como relatora a deputada Alice Portugal (PC do B).
Dep. Waldenor Pereira: PL é inconstitucional |
Mas, apesar de não ter dado uma boa notícia, Waldenor Pereira, ex-reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (1995-2002), está certo. Como ele argumentou, projetos dessa natureza são de competência exclusiva do Poder Executivo, conforme estabelece o art. 61 da Constituição Federal. O que estarrece é seu colega Afonso Florence, autor do projeto, não saber disso.
A deputada Alice Portugal, relatora do PL, alertou para a inconstitucionalidade, mas deixou ir adiante, inclusive divulgando e criando a falsa expectativa, numa comunidade tão fustigada pelo descaso do Poder Público. Talvez imaginassem que o detalhe fosse passar despercebido em 2014, e a culpa seria da Comissão de Constituição de Justiça que, certamente, filtrará a ilegalidade.
Roga-se, então, ao nobre Waldenor Pereira que ajude a corrigir o defeito e reconduzir o sonho da população ao rumo certo, convencendo o Poder Executivo, ainda na gestão de Dilma Rousseff, a encampar o projeto. Afinal, a despeito da ignorância sobre requisitos básicos do processo de produção de leis, as justificativas apresentadas por Afonso Florence são justas e corretas.
“A Chapada Diamantina carece de um centro universitário que, além do ensino, promova pesquisa e extensão universitárias, o que permitirá, a médio e longo prazo, o desenvolvimento da região”. São 24 municípios e 376 mil habitantes, de onde se estima saem cerca de 20 mil estudantes do ensino médio, por ano.
A cidade de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, vai sediar o 1º Encontro de Professores de Dança do Interior da Bahia, de 17 a 19 deste mês de maio, promovido pelo Atelier Flora Violleta Artes. Constará de palestras, debates, oficinas e apresentações artísticas, tudo com o objetivo de estimular reflexões destinadas ao aprimoramento dos profissionais.
Segundo a coordenadora Flor Violleta, ainda haverá ajuda de custo aos participantes. As inscrições, para apenas 15 vagas, eram até ontem, dia 6, mas vale a pena tentar, através do blog www.floraviolleta.wordpress.com ou no endereço Praça Dom Hélio Pascoal, prédio da AAL, 1º andar, em Livramento.
Haverá espetáculos abertos ao público, como o ABC da Diferença, dia 17, às 20h, no prédio da AAL, dirigido e interpretado por Verusya Correia, tendo como assistente de direção e vídeo Roberto Basílio. Uma das propostas é mostrar o poder do corpo no confronto com o que é diferente, abrindo reflexões sobre as condutas diante de diferenças que costumam marcar as pessoas.
(Texto enviado pelo prof. Bento Moreira Dias, inicialmente publicado no blog http://saotimoteoemfoco.blogspot.com.br/)
A histórica Lagoa de São Timóteo, construída por volta do século XVII, pela família Spínola, é considerada uma das maiores do município de Livramento [de Nossa Senhora]. Mas as fortes chuvas que caíram no distrito no mês passado não foram suficientes para armazenar água.
Um dos principais problemas é o acumulo de lixo e matos em seu interior, somado ao soterramento do Riacho Fundo, não mais desaguando na lagoa, perdendo-se pelas mangas e pastos, sem contar os desvios feitos por alguns proprietários, desvirtuando o percurso natural do rio, em benefício próprio.
Na lagoa, há também problemas referentes a pessoas que invadiram com cercas o espaço, de uso comum, fazendo com que, numa eventual limpeza e retirada dos entulhos, o trabalho só poderá ser feito parcialmente, pois mais de 60% da lagoa não pertencem mais a São Timóteo e sim a particulares, os quais, devido à sede de terra, acabam deixando a lagoa com sede de água.
A lagoa não tem apenas sede de água, mas sede de projetos, sede de consciência e de interesse por parte da comunidade e das autoridades competentes do município, principalmente do Poder Legislativo, já que a comunidade hoje é representada por dois vereadores.
Cientificamente, é comprovado que um ser humano consegue viver sem água em torno de 36 horas. Agora, o desafio é descobrir até quando a lagoa de São Timóteo vai resistir com sede...
...Bebida é água!/Comida é pasto!/Você tem sede de que?/Você tem fome de que?... (Comida - Titãs)
Jornalista
O vereador da oposição Aparecido Lima denunciou, na sessão do último dia 3, que o prefeito de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, Paulo Azevedo, pediu urgência para o projeto que atualizava o piso dos professores e que “nós esforçamos para aprovar e não foi pago” (sic).
A bancada governista ficou em silêncio, mas o presidente João de Amorim, da situação, disse que a Câmara e o secretário da Educação fizeram sua parte. Deixou implícito que a culpa pelo não pagamento seria do chefe do Executivo.
O projeto transformado na Lei nº 1.191/2013 gerou muita polêmica, começando pela sua inutilidade, pois o reajuste de 7,97%, fixado pelo Ministério da Educação, é obrigado pela Constituição Federal, não se exigindo autorização do legislativo municipal.
O secretário da Educação, Paulo Roberto Lessa Pereira, explicou a este site que o piso atualizado começou a ser pago a partir de abril, faltando apenas quitar as diferenças de janeiro a março, o que está sendo negociado com a categoria.
Os sete vereadores da situação parecem convencidos de que ter maioria é o bastante. Em certo sentido sim, mas estão visivelmente em desvantagem na discussão com a minoria oposicionista, de apenas cinco vereadores.
Sete mais cinco são 12. Para os 13, falta Antônio Luiz Rego, ex-situação, que inventou a bancada do “nem situação nem oposição”, entrando no armário da transgenidade parlamentar. José Araújo, oposição, pediu para se juntar a ele.
Essa posição política não existia na campanha eleitoral. Pior é não fazer falta, nem a um lado nem a outro, tanto que o despejaram do assento que vinha tendo, por cortesia, na Mesa Diretora, na qualidade de vice-presidente da Casa.
A rotina bocejante da sessão foi quebrada pela presença, na “Tribuna Livre”, da professora Georgia Carneiro, presidente do Sindicato dos Professores, que foi explicar que sua condição de esposa do secretário da Educação, assessorado por diretores do sindicato, não afeta as ações do órgão de classe.
Rebateu ataques do vereador Aparecido Lima, outrora alvo de ácidas críticas do seu marido. Lembrou os tempos de chumbo da gestão anterior e alegou que o SPEL não era oposição, apenas defendia os docentes de perseguições políticas e que sempre buscou a “via dialógica”.
A sindicalista errou ao dizer que o reajuste de 7,97% para o piso salarial dos professores foi conquista do sindicato; e quando acusou que “a Lei Orgânica de vocês [vereadores] não foi usada para beneficiar os professores”.
O reajuste é obrigado pela Constituição Federal e foi fixado com base em Lei Federal, pelo Ministério da Educação. E a Lei Orgânica não é dos vereadores, é a “constituição” do município.
Esnobou a edilidade com sua “via dialógica”, pois alguns demoraram de entender que ela quis dizer “via do diálogo”. Logo no início, ignorou que não estava na cátedra e sim na câmara e citou o texto de Antônio Gramsci sobre o viver em que acreditava. Mas, para o local, bastaria a seguinte frase do grande pensador da Sardenha: “Na política, o cerco é recíproco”.
Raimundo Marinho
Jornalista
Em comunidades como Livramento, Brasil afora, principalmente no semiárido, leva-se a vida como se arrastados fôssemos por uma avalanche, que nem mata nem liberta. Nelas, nunca faltam festas ou uma pracinha qualquer, geralmente suja, para as pausas alienantes. Que bem nos faria um estágio nos chamados Países Baixos ou na região dos grandes lagos africanos, por exemplo!
Mas, enquanto a grandeza de espírito não nos alcança, comemoremos as pequenas coisas, que acabam servindo de combustíveis para seguirmos sonhando, ou pelo menos vivendo. Duas mensagens de e-mails, esta semana, inspiraram-nos neste texto, vindas de espíritos calmos e crentes que podemos substituir a avalanche vulgarizante pela grandeza da evolução.
Falo de D. Gilvete Ferraz e Roberto Aragão, os quais, focando temas diferentes, em análises sintéticas, manifestam suas angústias e, de certa forma, apontam para uma solução, apesar da profundeza dos problemas que os angustiam e os tocam. Muitos hão de perguntar como consegui ver isso nos textos, tão naturais, tão comuns e tão simples.
Explico. A grandeza das coisas não está no seu tamanho aparente, nem na eloquência do verbo que as revela e sim na sensibilidade dos nossos espíritos. Outros dirão: “Mas D. Gilvete lhe fez um elogio?”. Respondo: “A dureza da vida sobre a qual construi a minha história não deixou espaço para vaidades, senão para gratidão aos que me homenageiam com sua generosidade”.
Mas o que disseram os dois missivistas internéticos? D. Gilvete escreveu: “Na eleição passada fiquei feliz ao saber que nossa cidade tinha como candidatos a vereador três cidadãos decentes e dignos da nossa confiança. Confesso que ao mesmo tempo fiquei frustrada porque eu não poderia votar nos três, tive que escolher um, e torcer para que o povo de Livramento percebesse o grande trunfo que tinha nas mãos, ter esses três cidadãos na câmara de vereadores como nossos representantes, seria algo muito valioso para nossa cidade”. (leia íntegra em e-mails recebidos).
Ela, na verdade, tirou a roupa de todos nós, contou, em poucas palavras, a nossa história passada, atual e futura. Quem não tiver compreendido, por favor, faça uma ronda, nos finais de semana, pela nossa cidade, passe pelo menos um mês assistindo missas e cultos evangélicos. Ou, se desejar algo resumido, assista, às sextas-feiras, às sessões da Câmara de Vereadores, das 15h às 18h, no máximo.
Já Roberto Aragão simplesmente deu um grito: “Ajude-nos”. Antes apelara para este pobre escriba: “Raimundo, vamos fazer uma campanha para arrecadar fundos para que não feche as CASAS DE ESTUDANTE DE LIVRAMENTO”. (leia íntegra em e-mails recebidos).
Dr. Paulo, prefeito, o apelo desse rapaz me fez sentir vergonha da administração da nossa cidade! Sei que as “Casas” têm distorções, que muitos pobres de nossa Livramento sequer chegam ao vestibular. Mas é o despudor do poder público que envergonha, que entristece, que desanima, que leva ao desabafo de D. Gilvete e ao grito de Aragão.
Fico feliz de estar do lado dos que combatem, dos que criticam, dos que não tem medo, dos que advogam em favor do interesse público. E já que a senhora lembrou, D. Gilvete, nunca me esquecerei dos 195 heróis que surfaram na avalanche e chegaram às águas limpas das urnas para sufragar o meu nome!
Jornalista
O prefeito de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, Paulo Cesar Cardoso de Azevedo, quer saber quem é, de fato, e o que faz cada servidor municipal. Para isso, baixou o Decreto nº 332/2013, publicado ontem no Diário Oficial do Município, subscrito, também, pelo secretário da Administração, Emerson de Jesus Silva, em que institui o recadastramento geral do pessoal.
O decreto traz como justificativa básica a necessidade de atualização de dados, a serem usados na implementação de melhorias na gestão dos recursos humanos e da prestação dos serviços públicos. Na essência, porém, devido à inexistência de cadastro, a prefeitura não sabe quem são os seus servidores, muito menos que tarefas exercem ou se cumprem as jornadas de trabalho.
O recadastramento, que ocorrerá de 6 de maio a 7 de junho de 2013, será obrigatório e os servidores serão convocados através de edital, para comparecimento ao local de preenchimento dos formulários (prédio da cantina dos garis). Deverão informar todos os dados pessoais e funcionais e juntar, quando for o caso, cópia dos documentos respectivos.
Para ler o texto completo do decreto municipal, acesse:
http://www.livramentodenossasenhora.ba.io.org.br/diarioOficial
Jornalista
Os serviços de saúde a cargo do município de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, serão operacionalizados por uma entidade terceirizada, o Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia, Inovação e Saúde (INTS). Pelo menos é o que consta do termo de homologação de contrato divulgado dia 24 de abril, pelo prefeito Paulo Cesar Cardoso de Azevedo, no Diário Oficial do Município.
O INTS, cujo nome no DOM contém um erro, é uma entidade privada, com sede em Salvador-BA, e se intitula “organização sem fins lucrativos”, destinada a “promover a otimização da administração pública brasileira, com soluções de gestão e tecnologia na área de educação, assistência social e saúde”.
O valor do contrato com a prefeitura, no entanto, é de R$ R$6.248.502,00, até final deste ano. Foi publicado que os serviços serão executados “através de profissionais de nível médio e superior”, para “assistência universal e gratuita à população, dentro dos princípios do Sistema Único de Saúde – SUS”.
Jornalista
Desde 1º de abril, as contas da Prefeitura e Câmara de Vereadores de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, exercício 2012, gestões, respectivamente, de Carlos Roberto Souto Batista, prefeito, e Lafaiete Nunes Dourado, presidente da Câmara, estão à disposição da população, na sede do Legislativo (Praça Dom Hélio Pascoal, Centro).
Ninguém apareceu para examinar, apesar de ser um direito previsto na Constituição Federal, para que o contribuinte, no exercício da cidadania, saiba onde e como os gestores públicos gastam o dinheiro da comunidade. Se detectar alguma irregularidade poderá comunicar ao Tribunal de Contas dos Municípios. O prazo termina no final deste mês.
O município arrecadou e gastou, em 2012, R$53.983,786,58, tudo relativos aos impostos pagos pelos cidadãos. Desse montante, recebeu R$52.332,650,46 de mão beijada da União e Estado. Ou seja, arrecadou apenas 3% do que gastou, revelando seu status parasitário e sugador de dinheiro do contribuinte.
Os gestores sempre invocam a condição de município pobre, mas é o segundo polo de fruticultura da Bahia e destacado centro comercial da região. Tem condições de arrecadar mais e ampliar os benefícios à população, mas falta empenho nesse sentido. Têm imóveis mais caros que os da capital e só arrecadou R$70,4 mil de IPTU, em 2012.
Dos quase R$54 milhões arrecadados, gastaram-se somente R$21,3 milhões com pessoal, 20% a menos do limite estabelecido pela lei de responsabilidade fiscal. Em tese, haveria uma economia de, aproximadamente, R$10 milhões, cuja destinação é uma incógnita. Apenas R$70 mil foram destinados ao amparo à criança e adolescente. Sendo um município essencialmente agrícola, só destinou R$449,8 mil para a agricultura.
Leis orçamentárias, aqui e alhures, são verdadeiras peças de ficção, manipuladas e dirigidas para o favorecimento da estrutura política de governo, em que há nítido esforço para recompensar corregilionários. Tudo aprovado e sacramentado pelos vereadores, os mais vorazes de todos em face do bolo fermentado com o dinheiro público.