Vereador Paulo Lessa |
Raimundo Marinho
jornalista
Na sessão da Câmara Municipal, dia 18, o vereador Paulo Lessa, de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, “achou” a Escola Municipal Gil Ferreira Pessoa, que dissemos ter sumido.
Iniciou dizendo que “alguém criticou, colocou a matéria: a escola sumiu”. Mas sonegou dos seus pares, sem motivo, a fonte da informação. Destacou os méritos da escola e sua equipe.
Referiu-se à matéria “Escola campeã do Ideb sumiu”, deste site, que não faz críticas, apenas revela fato que estava encoberto. Também não desmerece professores, nem alunos ou pais.
O vereador se perdeu na fala e até “sumiu” com a Escola Joaquim Gonçalves de Assunção, inaugurada no bairro Barriguda, ao dizer que a Gil Ferreira, agora, é a José Gonçalves de Aguiar (esta não existe).
Até poderíamos entender que ele quis dizer que a nova escola abrigará, sem qualquer perda, tudo o que havia na Gil Ferreira Pessoa, mas sequer lembrou o nome da nova unidade.
E isso ele não poderia errar, a menos que não tenha lido o projeto de lei, que ajudou a aprovar na Câmara, com a denominação da escola, cujo nome homenageia o avô do prefeito.
O vereador sabe que não houve autorização legislativa para troca ou exclusão do nome da Gil Ferreira, o que apagaria a homenagem ao doador do terreno ocupado pela unidade escolar.
Paulo Lessa sugeriu que críticas deveriam “ser traduzidas em elogios à administração”. Isso é papel dele, como subalterno passa pano da administração municipal.
Contraditoriamente, disse que a Estocada é um bairro em situação de risco social. Ainda assim, foi tirado de lá uma atividade pública que dava dignidade aos moradores.
Risco social significa violação ou ameaça a direitos dos cidadãos, como nas violências domésticas, discriminações, abandono de incapazes e outros. O vereador mora lá e nada faz.
Clique abaixo para acessar:
Vídeo da sessão da Câmara (18.09.2020)
Transcrição literal da fala do vereador>>
Raimundo Marinho
jornalista
O controle da vazão da água do Rio Brumado, através da Barragem Luiz Vieira, em Rio de Contas, secou a cachoeira véu de noiva, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia.
Visão da cachoeira, sem água |
A vazão ecológica não é respeitada. Isso começou, na década de 1980, com a implantação do Perímetro Irrigado Brumado, em Livramento. A bela queda d'água praticamente desapareceu.
Antes da barragem, ela sempre exibia pelo menos um filete de água permanente, proporcional à intensidade da seca, e era exuberante, nas chuvas. O próprio Rio Brumado hoje é morto.
A liberação da água para a agricultura ocorre somente em dias úteis e quem visita Livramento em finais de semana não vê a cachoeira, que era o principal ponto turístico do município.
Vereador Josemar Miranda |
Alegando relevância para a economia local, por estimular o turismo, o vereador Josemar Miranda sugeriu que essa liberação de água abrangesse os finais de semana e feriados.
A proposta, feita na sessão do dia 18, encontrou resistência do vereador Paulo Lessa, alegando que isso traria problemas para as folgas semanais dos trabalhadores da agricultura.
Disse não ser da alçada municipal e embolou as competências, dizendo que era Governo Federal, Agência Nacional de Águas (ANA), DNOCS e Conselho Gestor da Água (este não existe).
Não é nada disso, quem administra o sistema é a Associação do Distrito de Irrigação do Brumado (Adib), que submete a programação à Comissão Gestora das Águas.
Raimundo Marinho
jornalista
Terminou ontem o prazo para realização das convenções partidárias, que definiram os candidatos a prefeito, vice-prefeito e a vereador, na eleição do próximo dia 15 de novembro.
Apesar da Covid-19 e de já termos mais de 100 casos da doença, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, houve atos típicos de campanha eleitoral, em lives-comícios e muitas aglomerações nas ruas.
Os protocolos sanitários contra a doença foram quebrados, com gente sem máscara, desfiles de carros e motos, e total desrespeito ao distanciamento social. Do jeito que o vírus gosta!
Em meio a tudo, a convenção do Rede homologou, dia 13, os nomes de Ricardinho Ribeiro para candidato a prefeito e Joanina Sampaio como vice. E coligou-se com PL, PSB, PC do B e Podemos.
O PSD fez sua reunião no dia 14, quando se coligou com MDB e PP, para a eleição de prefeito e vice. O médico Carlos Batista encabeçará a chapa, ao lado de Helinete Azevedo, como vice.
O PT fica isolado, na terceira via, com Francisco Aguiar (prefeito) e Juarez Patrãozinho (vice). Mas os deputados petistas Valdenor Pereira e Jorge Sola vão apoiar Ricardinho Ribeiro.
Raimundo Marinho
jornalista
A Escola Gil Ferreira Pessoa, do bairro Estocada, campeã do Ideb, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, foi premiada com o sumiço, dado pelo prefeito Ricardinho Ribeiro, antes do resultado da avaliação.
Foi extinta sem qualquer ato formal, simplesmente deixando de existir. Seus alunos foram transferidos para a nova Escola Joaquim Gonçalves de Assunção, no bairro Barriguda, ainda fechada devido à Covid-19.
No lugar da escola apagada, agora está o CAPS II, rebatizado pela gestão municipal, em 09.07.2020, como Centro de Atenção Psicossocial Maria da Conceição Silva Marques Souza.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), relativo a 2017-2019, no município, ficou abaixo da meta, com 5.5, a meta era 5.6 (4ª série/8ª série); e 4.4, a meta era 5.4 (8ª série/9º ano).
De 18 escolas municipais avaliadas, nove atingiram a meta individual. As três primeiras foram Gil Ferreira Pessoa (6.1), Centro Educacional Darcy Tanajura (5.6) e Escola Felipe Nery Rego (5.4).
Em 13 anos de existência do índice, a avaliação geral de Livramento só atingiu a meta seis vezes.
No ensino médio, que é responsabilidade do governo estadual, rastejam-se o Centro Educacional João Vilas Boas, com 3.5, abaixo da meta, e o Colégio Estadual de Livramento (antigo Boaventura), com 3.3.
Os números gerais da Bahia são 5.3 (4ª série/5º ano), 4.1 (8ª série/9º ano) e 3.5 (ensino médio), os dois últimos abaixo da meta. No Brasil: 5,9 (Fundamental I), 4.9 (Fundamental II) e 4.2 (Ensino Médio).
A medição é baseada em dados do Censo Escolar, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inepe).
O Ministério da Educação quer igualar o Brasil aos países desenvolvidos, até 2022, com a meta de 6 pontos.
Clique aqui e veja lista das escolas de Livramento:
Raimundo Marinho
jornalista
O juiz da 101ª Zona Eleitoral, Gleison dos Santos Soares, determinou hoje a suspensão de propagandas institucionais do prefeito José Ricardo Assunção Ribeiro, de Livramento de Nossa Senhora, Bahia.
O magistrado acatou pedido liminar, em representação judicial feita pelo Diretório Municipal do Partido Social Democrático (PSD), subscrita pelo advogado Danilo Moreira Rocha.
O partido acusa o prefeito de ilícito eleitoral, ao fazer propaganda de atos, obras, serviços e programas oficiais da prefeitura, nas suas redes sociais (facebook, instagram e canal no youtube).
A conduta é vedada pelo art. 73, VI, “b”, Lei n. 9.504/97, que proíbe publicidade institucional nos três meses antes da eleição, ou seja, a partir de 15.08.2020, salvo em casos de urgência.
O juiz alertou que se a ordem não for cumprida haverá multa diária de R$2.000,00, até o limite de R$200.000,00, além da aplicação do art. 330 do Código Penal (crime de desobediência).
Além disso, cópia dos autos será enviada ao Ministério Público, para apuração de eventual prática de abuso de autoriade, gerador de improbidade administrativa (Lei nº 8.429/1992).
Leia íntegra da decisão judicial (Proc. nº 0600068-41.2020.6.05.0101)
Raimundo Marinho
jornalista
O juiz Gleison dos Santos Soares, da 101ª Eleitoral, confirmou, ontem, a liminar em que vetou a divulgação de pesquisa eleitoral do Instituto Folha Regional sobre o cenário de intenções de voto, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia.
Acatou representação do Partido Rede, que argumentou ser a pesquisa falsa, por não informar grau de instrução nem renda dos entrevistados, exigidos para validade do registro da amostra.
A dita pesquisa havia colocado o pré-candidato Carlos Batista com 61,7% das intenções de votos, contra 24,6% do prefeito Ricardinho Ribeiro, na disputa para o cargo de prefeito do município.
O Folha Regional divulgou nota dizendo que vai apresentar “todos os recursos inerentes ao processo e que não houve nenhuma anotação de fraude ou prática de crime de falsidade”.
Clique aqui para ler, na íntegra:
Sentença do juiz da 101ª Zona Eleitoral>>
Nota do Instituto Folha Regional>>
Clique aqui para ver mais fotos, acrescentadas em 08.09.2020>>
Raimundo Marinho
jornalista
O Sete de Setembro, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, foi marcado hoje, com hasteamento de bandeiras, no Paço Municipal, pelo prefeito Ricardinho Ribeiro, ao lado da vice Joanina Sampaio.
O ato foi restrito, devido à Covid-19, poucas pessoas, e sem a tradicional presença da Filarmônica Lindembergue Cardoso. O prefeito lembrou a importância da Independência para o Brasil e os brasileiros.
Em sua página no Facebook, Ricardinho Ribeiro postou que “7 de Setembro é uma das datas mais importantes do nosso país, ela carrega consigo o símbolo do grito pela luta da liberdade”.
Disse que “seguindo todas as recomendações de segurança, devido à pandemia que nos assola, comemoramos de forma mais contida, para que o espírito de autonomia e liberdade esteja sempre em nossos corações”.
Destacou que “Todas as nossas conquistas tem no 7 de Setembro a sua grande inspiração. A liberdade que conquistamos nesse dia é mãe de todas as outras. Parabéns, bravo povo brasileiro!”.
(Postagem atualizada em 07.09.2020, às 20h)
Raimundo Marinho
jornalista
O Jornal O Eco (Paramirim-BA) divulgou pesquisa hoje (*) sobre o cenário eleitoral em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, com Ricardinho 46,6%, Carlão 35,8% e Chiquinho do PT 3,2%.
Tratam-se do prefeito José Ricardo Assunção Ribeiro, ex-prefeito Carlos Roberto Souto Batista e Francisco Aguiar Rocha, presidente do diretório do PT de Livramento.
Foram ouvidas 380 pessoas, na sede e zona rural. Em outra pergunta, sobre quem teria mais chances, o resultado foi Ricardinho 40,5%, Carlão 31,6% e Chiquinho 5,8%.
O Eco também quis saber “em qual dos pré-candidatos o entrevistado não votaria de jeito nenhum” e a resposta foi Ricardinho 20,3%, Carlão 30,8% e Chiquinho 28,4%.
Faltou o resultado da pergunta espontânea, geralmente feita primeiro, na qual o entrevistado responde sem ver nomes de candidatos. Para mim, é a que melhor reflete a realidade.
Os índices divulgados, apesar de parecerem razoáveis, chocam com os divulgados em 2 de agosto, pelo Folha Regional, em que Carlos Batista tinha 61,7% e Ricardinho 24,6%.
Pelo Folha Regional, Carlão venceria com pelo menos 12 mil de frente (**), aproximadamente. O ECO o derruba, tirando-lhe 8 mil, repassados a Ricardinho (7 mil) e Chiquinho (1 mil).
Seria possível virar um quarto do eleitorado, em 30 dias, sem um fato extraordinário? As duas amostras merecem desconfiança, pois há sinais de distorção da realidade!
O Instituto Folha Regional acaba de divulgar pesquisa em que Carlão sai de 61,7%, na pesquisa anterior, para 57,3%, e Ricardinho sobe de 24,6% para 30,1%, ambos em pergunta estimulada (TSE nº BA-06000/2020).
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Raimundo Marinho
jornalista
A prática política em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, nunca evolui. Não passa de um campeonato de segunda divisão. Totalmente distanciada das urgentes demandas da comunidade.
Nutre-se dos baixos níveis sociais da população. Mas vive uma nova era, desde 1996, quando o advogado Lourival Trindade, muito culto e de viés socialista, quase dorrota o Dr. Emerson Leal.
Naquele ano, Menson (nickname de família) ou Priquitão (apelido político) venceu sua terceira eleição para prefeito, com 205 votos de frente, 1,2% dos sufrágios válidos.
Em 2000, reelege-se para o quarto mandato, ao vencer outro novato, que ele mesmo introduzira na política, o colega médico Carlos Roberto Souto Batista, vindo de Alagoa Grande (PB).
Em 2004, começa a era Carlos Batista, o Carlão, que derrota outro médico, Paulo Azevedo, também da escola Emerson Leal, por quem foi apoiado. Foram 683 votos de frente, 3% da votação válida.
Em 2008, Menson/Priquitão comete um erro óbvio, só esperado de um amador, o que ele não era, daí a estranheza. Carlão aproveita e consolida a quebra da hegemonia Leal.
O pivô foi justamente Paulo Azevedo, que se tornara o fiel da balança eleitoral em Livramento. Como exímio calculista político ele queria apenas ser vice de Lia Leal, em 2008, mas Dr. Emerson negou-lhe a vaga.
A velha raposa alegou que o pupilo queria dinheiro, algo em torno de R$700 mil reais. O Dr. Paulo confirmou essa exigência, que seria para financiar os candidatos a vereador que levaria consigo.
Dr. Emerson achou isso uma indecência muito cara, em clássico erro estratégico. Paulo não hesitou em procurar o adversário Carlão e emplacou a desejada vice. Só não foi divulgado por quanto.
Lembrei-me de uma cartilha petista, que dizia: “eleição cara é eleição perdida”. E Lia Leal perdeu, pela diferença de 2.667 votos, mais de 8%, índice nunca alcançado antes, em Livramento.
Em 2012, Dr. Carlos devolveu a gentileza do cochilo estratégico, no mesmo estilo que o beneficou em 2008, em imitação ao que fizera Dr. Emerson.
Insistiu em apoiar Ricardinho e disse não ao Paulo. Pagou com a derrota. O obstinado Paulo Azevedo fez o que sempre gostou de fazer: foi para o outro lado. E o outro lado, como hoje, era Emerson Leal.
Escaldado do “erro” de 2008, Leal acolheu, na hora, o colega doutor, na cabeça da chapa. Ganhou a eleição, com a frente recorde de 3.197 votos, 12%.
Em 2016, Azevedo, seguindo seu fascínio pela crocodilagem, retribuiu com ingratidão e deixou na mão o padrinho generoso, que se aventurou a disputar, ele mesmo, a eleição, e perdeu.
O Dr. Paulo estava esfacelado pela administração ruim que fez e não quis disputar a reeleição. E grudou-se em Ricardinho, de quem só se separou agora, para cumprir a sina de ir para o outro lado
Desde que o jovem médico Menson estreou, em 1977, a política de Livramento gira em torno dele. Deve rir dos colegas e afilhados ingratos, girando e abusando, como satélites, ao redor do criador.
Vamos aguardar e ver o que a História reserva para as convenções da próxima semana, e o mês de novembro!
Raimundo Marinho
jornalista
Em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, seguem as aglomerações da pré-campanha eleitoral, apesar de combatidas nessa pandemia da Covid-19.
Os casos da doença, no município, estão se alastrando, e há o temor de que passem dos 100 ainda este mês, embora na Bahia e no Brasil já se registra uma regressão.
É difícil conter os que são obrigados a sair para trabalhar e prover a vida, e os que apenas ignoram os riscos de contágio, em tolas “viradas” eleitorais.
Parecem comemorar “gols” em um campeonato suicida, no jogo Kadão Esporte Clube x Carlão Futebol Clube!
Ex-prefeito Juracy Pires Gomes |
Raimundo Marinho
jornalista
Faleceu, na noite de ontem, em Brumado, o médico Juracy Pires Gomes, um dos ícones políticos do sertão da Bahia. Vítima da Covid-19, tinha 88 anos e era portador de várias comorbidades.
Nascido em Ituaçu (BA), chegou a Brumado (BA) em 1959, onde foi prefeito por três vezes. Era casado com Maria Sônia Guimarães Meira, com quem teve as filhas Priscila, Patrícia e Daniela.
Sobre ele testemunhou o poeta e amigo José Walter Pires, em sua página no Facebook:
“Extremoso pai de família, amigo de intensas relações, amante desta terra, homem probo, que em nenhuma situação tirou proveito da sua vida pública”.
“Ficava admirado de ver a alegria e reconhecimento devotados a ele, sobretudo, pelas mães brumadenses ou pelos que necessitaram do seu ofício, não raro à distância da sede”.
Também no Facebook, a advogada Angélica Coelho de Oliveira, lamentando as circunstâncias da morte e de restrições no ato de sepultamento, devido à Covid-19, disse:
“Dr. Juracy, amado por centenas de pessoas, que com ele conviveram nesta cidade, onde foi prefeito por três vezes, não pôde ser homenageado, hoje, no dia do seu sepultamento. Mas deixou um imenso legado”.
A professora Maria Edir Meira Moreira, que é de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, mas morou muitos anos em Brumado, afirmou:
“Homem íntegro em todos os sentidos, médico humanitário. Alavancou o desenvolvimento de Brumado, como prefeito. Será lembrado como um homem público honesto, de fé, cristão e de palavra”.