Lançamento – 07.08.2011

Trechos dos “pensares para rezar”

TENHA FÉ NA VIDA

No mundão de Deus, há os que fazem o espetáculo e edificam a vida, e os que só são espectadores. Os habitantes do mundo podem ser divididos entre atores principais e os que se contentam em ser apenas figurantes, assim como nas novelas e espetáculos teatrais. No fluir da vida, ora estamos no papel principal, ora como figurantes ou meros espectadores.

Mas o que Deus quer é que sejamos as estrelas do show da vida. Mas é preciso acreditar e ter um plano, com um objetivo de vida a ser perseguido com determinação. Para ser bem sucedido, esse plano tem que se harmonizar com o plano de Deus. Sobretudo, é preciso tentar, tantas vezes seja necessário. E nunca desistir.

PÉTALAS A DEUS

Da inquietude de nossos espíritos imperfeitos, rezamos, na esperança do Teu consolo. Somos tão pequenos neste Teu mundo tão grande, sem muito saber da razão de estarmos aqui. Estamos em meio à beleza do crepúsculo, mas temos medo diante dos Teus mistérios.

Caminhamos em multidão pelas ruas e pelos campos deste mundo e deste país, como quem não sabe aonde vai! Há dois mil anos, na pessoa de Jesus, aqui estiveste e nos deu o exemplo supremo de vida, com Teu próprio sacrifício na cruz!

Para que não andássemos a esmo, disseste-nos para Te amar sobre todas as coisas e ao próximo com a nós mesmos. Deste-nos a Terra cheia do que precisamos: sol, mar, céu, água, ar e o chão onde nasce tudo que plantamos. Também nos deste irmãos, amigos e parceiros – que nesta viagem são nossos eternos companheiros. Dentro de cada um dos humanos deixaste uma centelha do Teu ser, que nos impulsiona, nos guia, nos faz viver.

PENSARES PARA REZAR

Pense no paraíso perdido dentro de você! Pense nos abraços e beijos frios de um amor material! Pense nos que amam você, nos seus filhos, no vizinho, na empregada! Pense nos seus desejos! Pense no amor dos enamorados! Pense em um lugar que seja só seu!

Pense no que, de algum modo, roubou dos outros! Pense no que não deu! Pense nos famintos, nos presos, nos doentes, nos que não têm ninguém, nos que sofrem na fila da saúde!

Pense no que jogou fora, no que sonegou de quem precisa! Pense nos que não têm onde morar! Nos que não podem comprar um remédio, nos que não têm o que comer! Pense, sobretudo, nos que de tão ricos ficaram pobres de espírito! Não pense no ano passado, nem no vindouro! Pelo amor de Jesus, pense em Deus! CEGO DE JERICÓ Aquele homem tinha uma necessidade. Era cego. Pedia esmolas para viver. Mas não perdeu a confiança de ter uma solução para seu problema. Como não podia resolver sozinho, teve plena confiança em quem acreditou que o ajudaria. E gritou alto. Alto bastante para ser ouvido por quem passava. Era Jesus Cristo. De quem ele tinha ouvido falar e sabia que lhe devolveria a visão. Não foi fácil. Encontrou barreiras. Não enxergava para saber o que estava acontecendo, nem para onde ir. Não podia seguir a multidão. E, mesmo quando gritou, foi repreendido. Pediram que ele se calasse. Estava incomodando. Mas sua fé prevaleceu e ele viveu a glória de ouvir Jesus dizer: “Que queres que te faça?”

A CENTELHA DE DEUS

A idéia de alma, de espírito, de vida após a morte continua sendo assunto do âmbito humano e foi construída pela filosofia e pelas religiões. O certo é que o verdadeiro destino dos seres, após a morte, ainda não foi dado a conhecer, de forma a convencer todo mundo. Mas se tornou consenso que o corpo é um traje temporário, que a terra há de comer, que é visto sendo enterrado, mas não se vê a alma ou o espírito “voando”.

O HOMEM E O MOSQUITO

A vida é muito simples, até surpreende. Mas o homem, de forma muitas vezes insensata, faz de tudo para complicá-la. Foi o que lembrou, certa feita, um monge indiano, ensinando que a criatura humana gasta um esforço enorme para viver, quando poderia fazê-lo com um peso infinitamente menor.

As pessoas vivem muito voltadas para o efêmero, ou seja, o que é passageiro. Desse modo, acaba criando sentimentos que dificultam ou as impedem de entender a própria razão de viver. Um desses sentimentos é o egoísmo, que cria uma visão materialista da vida, da qual decorre uma noção distorcida de propriedade, que resulta em tanto mal para a humanidade.

NO CEMITÉRIO

Os vivos deviam visitar regularmente os cemitérios. Não apenas nos momentos dolorosos dos enterros. Aquelas tumbas nos fazem lembrar que a maioria das coisas da vida, pelas quais tanto brigamos, de nada vale. A morte é certa e impiedosa, não respeita rico nem pobre, nem feio ou bonito. É o que fica evidente quando estamos diante de um túmulo. Mas nem sempre vemos dessa forma. Não raro, fingimos dor e tristeza, apenas para parecer socialmente agradáveis nos sepultamentos. A dor dos que ficam logo passa!

JESUS E AS MULHERES

No tempo de Jesus, as mulheres sofriam severas restrições em seus direitos. Em geral, não tinham direitos. Eram consideradas objetos do homem. Tanto que o 9º mandamento, no texto original, dizia: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu touro,...” (BÍBLIA, Êxodo 20:17).

Jesus Cristo escandalizava as lideranças religiosas da época, ao pensar e agir de maneira diferente. Valorizava as mulheres e pregava ostensivamente a igualdade entre os seres humanos, derrogando preceitos antigos que desqualificavam o sexo feminino e tratavam a mulher como escrava.

OS POBRES

A “diferença” mais desafiante que Deus colocou diante de nós é a pobreza, o maior estigma da humanidade, que entre nós alcança níveis subumanos. Ela desafia o pobre e o rico. Para o pobre, o desafio é vencê-la, decidindo entre cair diante dela ou lutar como pessoa dedicada à missão recebida de Deus.

Deus espera que o pobre vença esse desafio, com dignidade, coragem e trabalho honesto, evitando a tentação da resignação fácil. Deve buscar meios de vencer as limitações que a miséria impõe, como fome, falta de roupa, doenças, falta de remédios, falta de moradia e a incerteza do futuro.

AMOR E PAIXÃO

Jesus Cristo unificou todos os significados da palavra amor, dizendo “ama o teu próximo como a ti mesmo”. Com isso, aquelas variedades citadas são meras formas de expressão, que pouco acrescentam ao significado único de amor, ensinado por Jesus. As particularidades, como “amor maternal”, “amor a Deus”, “amor filial”, “amor ao marido”, “amor à mulher”, “amor ao gato”, “amor à casa” são derivações que perdem o sentido se não “amarmos o próximo como a nós mesmos”.
O amor é um modo de conduta e não pode conter numa palavra. Deve ser parte de nós, independente de definições. É o sentimento de gostar de nós mesmos, das outras pessoas, dos animais, de tudo com que nos relacionamos.

NOSSA TRANQUILIDADE

Observe que em nossa volta predominam situações que, de alguma maneira, tiram nossa tranquilidade, desde o zumbido de uma pequenina muriçoca, que perturba nosso sono, ao poderoso som que toca em um carro. Aquele zumbidinho desagradável vem da inocente manifestação da natureza, através de um minúsculo inseto, na ânsia pelo alimento e pela vida. O som do carro é produzido pela estupidez de outro ser humano, que não consegue mais distinguir a parte saudável da parte doente da sua mente.

Porém, no geral, os fatores que tiram a tranquilidade das pessoas estão dentro delas mesmas, e são causados pela falta de controle, por não se conhecerem adequadamente e por não compreenderem o sentido da vida.

O CASAMENTO

A união entre homem e mulher é um dos eventos mais importantes na vida do ser humano. Não importa como isso ocorre e nem a religião que o realiza, se houve ou não formalidade. A lei humana criou o casamento, com regras de proteção aos direitos dos cônjuges e das famílias. Muitas vezes, porém, a união é motivada apenas por interesse sexual e ou social, não passando de mera convenção.

O ato de acasalar-se materializa o encontro entre macho e fêmea, conforme determinado na lei da natureza, criada e regida por Deus. Sendo homem e mulher seres racionais e inteligentes, no momento de se casar, deveriam ter em conta que a vida conjugal não é exatamente um paraíso gozoso, como a maioria costuma esperar que seja.

(Leia os textos completos e demais mensagens em “Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR”, que o jornalista Raimundo Marinho lançará, dia 12 próximo, a partir das 18h, no Centro Pastoral Paroquial, em Livramento)