POR ESTE EDITAL, O SPEL- SINDICATO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DO MUNICIPIO DE LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA, (BAHIA), de acordo com o que estabelece o Artigo 45 do Estatuto desta entidade, faz saber que no dia 22 de outubro de 2011, no período das 08:00 horas as 18:00 horas, no Centro Pastoral Paroquial, situada na praça 06 de outubro, s/n, bairro centro, Livramento de Nossa Senhora, onde serão realizadas as eleições sindicais, para composição da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal efetivos e suplentes, ficando o prazo de inscrições de chapas no período de 29 de setembro a 13 de outubro do corrente ano, de segunda a sexta feira, das 8:00 as 11:30 horas e das 14:30 as 16:30 horas, onde se encontrarão pessoas habilitadas para atendimento e prestação de informações relativas ao processo eleitoral, recebimentos de documentos e recibos, nos termos do Estatuto do Sindicato. O requerimento para inscrição das chapas deverá ser escrito com a indicação dos candidatos e dirigido a Diretoria do Sindicato (Art. 50). A Junta Eleitoral será formada e empossada em 18 de outubro de 2011 na sede do Sindicato. Dessa forma convidamos aos associados a participarem do Processo Eleitoral.
Livramento de Nossa Senhora, 20 de setembro de 2011
Givanildo Rocha Oliveira
Presidente
A degradação ambiental parece não sensibilizar mais as pessoas, principalmente em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, mesmo havendo o reconhecimento da existência de limitação das fontes de água potável, por exemplo, e de que o mundo poderá se tornar irrespirável. Há muitos exemplos da ação predatória do homem em nosso município, onde o uso dos recursos hídricos se encontra em adiantado e sofisticado processo de privatização, pelo descaso dos órgãos estatais.
O Mandacaru seguiu a rota dos canos, na Serra das Almas, em Itaguaçu, onde nasce o Rio Taquari, afluente do Rio Brumado, e descobriu que um dos predadores da nascente é a própria Companhia de Engenharia Ambiental da Bahia (CERB). A pretexto de levar água para consumo humano à região chamada Tingui, a 13 km de distância, a empresa atravessou a mata com um cano de três polegadas, provavelmente sem o necessário estudo de impacto ambiental. Viu as tubulações irregulares e deixou.
Ela e a prefeitura, executora da obra, ignoraram que a falta de água no Tingui não era só pela seca e sim porque um emaranhado de canos secou o rio e deixou a população à vazante sem água. Para alguns moradores, não fosse a captação predatória, bem superior à capacidade da nascente, não faltaria água aos ribeirinhos, que era garantida, por exemplo, no tradicional sistema de regos. Em razão disso, o rio já está morto, não mais existindo ao chegar à cidade de Livramento.
Como não há água para todo mundo, pois a natureza tem limites, grandes proprietários de terras na região estão indo cada vez mais longe fazer a captação, sem outorga do Estado, invadindo a própria nascente, como foram os casos recentes do empresário Flávio Roberto Viana, o “Dinda”, e de mais outros dois que estão se aproveitando da falta de fiscalização. Eles usam o argumento de que se outros fizeram, eles também poderiam.
A Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Tingui e Água Branca e Associação do Desenvolvimento Comunitário, Cultural, Educacional e Social da Rocinha e Região, que também reúne a comunidade quilombola, ingressaram com representações junto à Promotoria de Justiça da Comarca de Livramento de Nossa Senhora, denunciando a ameaça ao meio ambiente.
A Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Tinguí e Água Branca também protocolou representação junto ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia – INEMA, solicitando providências. O Ministério Público teria requerido perícia aos técnicos do Inema, que já estiveram por duas vezes inspecionando a área, mas nenhuma providência concreta foi adotada até o momento.
Segundo os moradores, na sua maioria pessoas humildes e pequenos produtores, a ameaça maior deve-se à presença, no local, de pessoas influentes e ricas, que intimidam os pequenos proprietários. Há também especuladores que adquirem as terras secas, a baixo preço, canalizam a água e revendem por até 10 vezes mais o valor da aquisição.
Eles citam que entre os especuladores estaria o ex-vereador Everaldo Santos Gomes, mas este afirma que sua situação é idêntica à dos demais. No local, há uma propriedade, irrigada nas mesmas circunstâncias, que pertence à família da promotora de justiça substituta, Lívia Sampaio Pereira, que vinha tratando do caso, mas consta que ela se licenciou da função.
A irrigação foi ampliada na região de forma indiscriminada e insensata, com água captada sem outorga, o que poderá tornar a solução traumática. Os grandes usuários não estão se importando com a morte do rio, nem com a falta de água para os ribeirinhos. Querem a todo custo valorizar suas terras, para cuja irrigação nunca existiu água suficiente, ameaçando, dessa forma, o próprio consumo humano.
A única maneira de resolver a questão é restaurar os direitos antigos, muito bem administrado pela Sociedade das Águas de Livramento S.A., bastando fazer um levantamento de quem tem o direito, garantido por escrituras, e quantas horas de água cada um possui e a estes permitir a canalização da água, seguindo as regras de uso, quase seculares, mas ainda válidas, inteligentes e ecologicamente corretas, do sistema de regos.
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A Prefeitura de Livramento de Nossa Senhora (BA), em parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), realizou uma bonita festa, ontem, no novo auditório do Centro Diocesano, na qual foram lançados o “Selo Personalizado” e um “Carimbo Comemorativo”, alusivos aos 90 anos de emancipação política do município.
O gerente regional da ECT, Nilton Santos Cruz Guedes, falou do merecimento dessa homenagem, pela importância de Livramento cenário baiano, pelas suas belezas naturais e da sua gente. Frisou que o registro do 90º aniversário se perpetuará, pois o selo será depositado no Museu Postal, que fica na cidade do Rio de Janeiro.
Ao agradecer a oportunidade dada pelos Correios, o prefeito Carlos Roberto Souto Batista disse que a criação do selo, de autoria de Luana Machado, filha de Livramento, foi inspirada em duas referências e símbolos da paisagem do município: sua bela cachoeira, que tem formato de véu de noiva, e o “Casarão dos Tanajura”, hoje sede do Poder Executivo municipal.
Várias pessoas, representativas da sociedade local, da Prefeitura e dos Correios, foram homenageadas, durante o evento. Cinco delas, porém, receberam homenagem especial: Carlos Batista, prefeito municipal; Dom Armando Bucciol, bispo diocesano; Eduardo Lessa Guimarães, filho do saudoso Lourival Guimarães, um dos mais dedicados funcionários dos Correios de Livramento; D. Rita Vilasboas, professora aposentada, muito querida dos livramentenses; e Antônio Roberto de Souza, presidente da CDL. Eles receberam placas comemorativas e exemplares do selo, deixando seus autógrafos nas cartelas de lançamento.
O evento teve dois momentos musicais elogiados pelo público. Um foi a execução do Hino Nacional, pelo trompetista e maestro Cristian Cardoso, da Filarmônica Lindembergue Cardoso. O outro foi a apresentação da jovem cantora Daniela Alves, de Vitória da Conquista, que sempre acompanha os eventos da ECT.
Presentes, ainda, à solenidade, o vice-prefeito Paulo Cesar Cardoso Azevedo; o presidente da Câmara, Lafaiete Nunes Dourado; além de vereadores, secretários municipais, párocos da Diocese de Livramento, e diversos convidados, entre eles o prefeito de Rio de Contas, Márcio Farias; e Dom Ricardo Guerino Brusati, bispo da Diocese de Caetité (BA).
O bispo diocesano de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, completou 40 anos de ordenação presbiteral e foi homenageado, dia 12, com uma missa em ação de graças. “Foi uma longa caminhada”, disse.
O Colégio Probo COC, de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, dá sequência, hoje, 19h30m, à sua Mostra de Teatro, com a peça As Crônicas de Narnia, que será encenada pelos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental. Clique aqui e leia mais>>
O inacabado projeto de irrigação do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, encontra-se totalmente desvirtuado da finalidade e concepção originais. Estima-se que, dos primeiros colonos, trabalhadores rurais de baixa renda, a quem a obra se destinava, não restam 5%, cujos lotes foram cedidos para pessoas de alto poder aquisitivo, das mais diversas profissões.
Somente o chamado “Bloco III”, do total de três em que o perímetro está dividido, foi efetivamente instalado. Os demais estão ocupados de maneira irregular. Embora a produção agrícola do “Bloco III” já tenha contribuído, positivamente, para mudar a economia do município, os objetivos iniciais de melhorar as condições de vida do homem do campo foram frustrados. Os que lamentam o fracasso social do projeto lembram que poderia ter sido um belo exemplo de reforma agrária.
O perímetro virou terra de ninguém, com “invasões consentidas” das áreas desapropriadas pela União, ao que se acrescenta o desvio do material que, supostamente, seria destinado aos blocos I e II, como tubos e conexões, assim como a degradação de instalações e equipamentos trazidos pelo DNOCS para o município. São muitas as evidências de cessão indevida a particulares de material e de terras, pela coordenação local do órgão.
Há ocupação generalizada de terras onde deveria haver continuidade de implantação do projeto. Porém, o caso que vem chamando mais a atenção refere-se a cerca de 70 canos de ferro cedidos ao Sr. Amâncio Lima Aguiar, assessor especial da prefeitura local, que ocupa cerca de 10 hectares de terra, em área abrangida pelo decreto desapropriatório e agregada ao Centro Técnico do DNOCS, a sudoeste da cidade de Livramento de Nossa Senhora.
Os canos estão instalados, na superfície, ao longo de uma estrada de terra, que liga a sede municipal ao povoado de Barrinha, coletando água de um sistema de regos, tudo dentro do perímetro do DNOCS. Amâncio Lima Aguiar explicou que solicitou os canos para uso provisório, tendo juntado ao requerimento um “termo de responsabilidade” pela guarda do material, mas admite que retirou a tubulação só com autorização verbal.
A área que o assessor ocupa, sem autorização, desde 2009, é também reivindicada pela Associação do Semi-Árido da Microrregião de Livramento (Asamil), que alega ter a posse anterior do imóvel, conforme “Termo de Concessão” celebrado com o DNOCS. Para fazer valer esse título, entrou com ação de reintegração de posse, na Justiça Federal, na qual teve decisão favorável, recentemente, em sede de liminar.
Há grande quantidade de canos encoberta pelo mato, sob guarda do DNOCS, supostamente para continuidade das obras de irrigação, interrompidas há mais de 20 anos. O coordenador estadual do órgão, Osanah Rodrigues Setúval, tem conhecimento dos fatos. Para melhor esclarecimento da situação, tentamos contato com o chefe local do Departamento, Pedro Antônio Oliveira Lima, pelo telefone que nos foi indicado (9947-4514/8116-0334), mas não foi encontrado.
Faltou união nas comemorações do “Dia da Pátria”, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, quando o Brasil comemorou os 189 anos de independência diante de Portugal. Em Livramento, a população se queixou da falta de melhor divulgação dos eventos, que ocorreram separadamente.
Pela manhã, houve hasteamento de bandeiras, no Paço Municipal, comandado pelo prefeito Carlos Roberto Souto Batista, reunindo autoridades civis, militares e religiosas. No mesmo horário, o Colégio Estadual João Vilas Boas desfilava, com alas de passistas, porta-bandeiras e sua tradicional fanfarra.
À tarde, o Colégio Estadual Edivaldo Machado Boaventura realizou seu desfile, a partir das 16 horas, considerada a melhor programação. Reuniu a maioria dos alunos e atraiu as milhares de pessoas que costumam acompanhar os desfiles estudantis ao longo da Avenida Presidente Vargas e centro da cidade.
Apesar de aturdida com a desunião, a população prestigiou, mesmo na programação matutina, embora com afluência de público bem menor. Mais uma vez, as autoridades não preparam os espaços públicos. Motos, carros, entulhos e pessoas sem a devida educação atrapalharam os estudantes.
Compareceram, ainda, ao hasteamento: vice-prefeito Paulo Cardoso Azevedo, presidente da Câmara vereador Lafaiete Nunes Dourado; comandante da PM major Jorge Brito Macedo; bispo diocesano Dom Armando Bucciol e o pároco Ademário da Silva Ledo Filho. Apresentaram-se na solenidade a fanfarra do Projovem e a Filarmônica Lindembergue Cardoso.
A decisão da direção do Colégio Estadual João Vilas Boas, de fazer o desfile pela manhã e, à tarde, se apresentar em Lagoa Real, está sendo duramente criticada, principalmente nos espaços de leitores dos sites locais. Um leitor do site L12.com.br, por exemplo, escreveu:
“Eu acho assim, tantos anos de tradição em Livramento de, todos os anos, todas as escolas se apresentarem juntas e, esse ano, por algum motivo do qual eu não posso afirmar, a direção do Colégio João Vilas Boas adiantou um desfile rápido pela parte da manhã para que a fanfarra fosse imediatamente dirigidos a uma cidade vizinha (Lagoa Real) para fazer uma apresentação. Se eles acham que as outras cidades tem o maior privilégio que a nossa querida Livramento, não há problema algum, ainda há uma escola que se interessou em seguir a tradição da maneira correta, sendo ela o Colégio E.E Boaventura”.
De fato, a atitude soou estranha, pois o CEJVB sempre liderou os desfiles em Livramento. Não houve esclarecimento por parte dos dirigentes da instituição. Mas, independente disso, seus estudantes desfilaram com muita graça e beleza. E a galera do Boaventura salvou a pátria e levou uma grande lição de civismo e patriotismo para a avenida, em Livramento, mantendo a tradição.
Se você mora em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, e trafega tranquilamente sobre uma velha ponte de madeira que atravessa o Rio Brumado, sentido Centro Experimental do DNOCS e Centro de Assistência Psicossocial da Prefeitura (CAPS), zona sul da cidade, você pode ser considerada uma pessoa corajosa, que desafia o perigo.
O estado de conservação da ponte é deplorável, quando um veículo passa, ela chacoalha e ninguém garante que, a qualquer momento, não venha a acontecer um acidente grave. A zoada e trepidação das tábuas soltas denunciam os riscos. Quem se der ao trabalho de espiar por baixo ficará apavorado com o estado da sua estrutura. E ainda tem de suportar uma tubulação de água.
Não há dados na prefeitura sobre a ponte, mas, segundo os mais antigos, ela foi construída na gestão do prefeito Edilson Ribeiro Pontes (1948/1951), em substituição a outra mais antiga que o rio, nos tempos das grandes enchentes, havia levado. Portanto, tem mais de 60 anos e nunca passou por uma reforma mais séria. Seu estado atual é deplorável e de grande risco.
O secretário de Obras do Município, Elmar Spínola, informou que não existe um projeto para reformá-la, mas que irá realizar pequenos reparos e colocar obstáculos para evitar o tráfego de veículos pesados. De fato, quando foi construída, havia poucos automóveis em Livramento e o mais pesado talvez fosse a Rural.
Servia mais para pedestres, animais de carga e carro-de-boi. Hoje, recebe um fluxo frenético de automóveis, incluído carros e motocicletas, para o qual não foi projetada. Pelo local, trafegam, em seus carros, muitos “doutores”, incluindo engenheiros, mas ninguém se importa em analisar a precariedade do equipamento, para avaliar a extensão dos riscos.
O cantor sertanejo Daniel, esbanjando simpatia, encantou e contagiou com muita música e alegria milhares de fãs da região, durante show, promovido pela empresária Janete Meira, no Parque de Vaquejada Tio Dedé, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia. Apresentou músicas recentes e revisitou antigos sucessos, como Adoro Amar Você e Estou Apaixonado, prendendo a atenção e animando a platéia por cerca de duas horas. O público que lotou o parque era formado por moradores de Livramento e das cidades vizinhas, como Brumado, Paramirim, Dom Basílio e Rio de contas.
O sertanejo Daniel é, na verdade, José Daniel Camillo, que canta desde menino e é um dos artistas mais populares do Brasil. Em 1980, formou dupla com José Henrique dos Reis, o João Paulo, gravando o primeiro disco em 1985. O parceiro João Paulo, com quem tinha grande amizade, foi agregado da fazenda do pai de Daniel. Em 1987, no começo da fama, morreu em acidente de carro, na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo. Após o triste acontecimento, Daniel seguiu carreira solo, sendo, hoje, um dos mais festejados ídolos da música sertaneja do país.
Em ping-pong de perguntas e respostas com a professora Márcia Oliveira, para O Mandacaru, Daniel falou que é “um cara simples” e de “essência familiar”. Dentre outras coisas, disse que começou a cantar desde os 5/6 anos de idade e que continua tendo a parceria energética do saudoso companheiro João Paulo. Defendeu os camelôs que vendem CDs piratas, para tirar o sustento, e lamentou a existência de políticos que “nos entristecem”. Leia mais, a seguir:
Quem é Daniel?
Olha, um cara simples. Um cara com uma essência familiar, graças a Deus, maravilhosa. Família é uma das grandes virtudes que a gente tem na vida. Eu vim de uma cidade do interior de São Paulo, chamada Brotas, uma cidade pequena, com cerca hoje de 22 mil habitantes, menor que Livramento, inclusive, em termos de população. Meus pais vieram da roça, são de origem simples, realmente com o pé na terra, com fundamento maravilhoso. Se conhecerem, inclusive, trabalhando na roça. Nós somos quatro irmãos . Eu sou uma pessoa que gosto das coisas simples da vida. Ou seja, tive a honra de ter próximas muitas coisas que alguns jovens de hoje não têm, que é aquela coisa do contato com a terra, de ter a oportunidade de chupar uma fruta no pé, de ter minha época de escola, de colégio, de poder namorar na praça, coisas que a gente não ver nos dias atuais, infelizmente, com muitos jovens que a gente conhece. E uma pessoa que tem muita fé interior. Eu acho que tudo que consegui conquistar na minha vida foi devido à seriedade, ao respeito a todos, à questão de não diferenciar ninguém, jamais, e de colocar o amor à frente de tudo. Eu acho que é por isso que eu consegui chegar onde cheguei. Já são, no ano que vem, 30 anos de história, 30 anos bem vividos e eu sou muito grato a Deus por tudo que já conquistei e por poder tá aqui, permanecer por tanto tempo assim, no coração das pessoas.
Daniel antes, durante e depois de João Paulo?
João Paulo para mim foi e continua sendo um irmão, hoje uma força superior absurda, porque a energia dele tá aqui, com certeza, e ele se faz muito presente através disso. Antes dele, eu comecei a cantar, na verdade, muito cedo, eu comecei a cantar com 5/6 anos de idade. Conheci o João Paulo eu tinha 9 anos mais ou menos. Nós somos da mesma cidade, inclusive, isso nos deu uma oportunidade ainda maior de nos conhecermos. Participávamos, inclusive, de alguns festivais, um contra o outro, uma disputa muito sadia, onde ele formava uma dupla com o irmão [Francisco e a dupla era Neri & Nerinho] e, depois, formamos a [nossa] dupla, eu tinha 11 anos de idade. Completo 43 anos hoje. Foram quase 17 anos, juntos, na carreira. Muitas coisas idealizamos juntos e é lógico que a gente não imagina o que vai acontecer no futuro, uma coisa inesperada, partida inesperada, inclusive, da forma que foi, tão repentina, e hoje eu acabo me confortando na questão de que cada um tem sua missão. E acredito que ele cumpriu maravilhosamente a dele, deixando ai um rastro de luz e uma porta grandiosa aberta para que eu continuasse a seguir esse caminho. É muito difícil, depois que você perde uma pessoa, um ente querido, um irmão, você se reerguer, você se levantar novamente, para seguir em frente, não é fácil. Se você não tem forças, se você não tem pessoas positivas do seu lado, uma família como a minha, enfim, foram as que me apoiaram nessa hora, nesse momento. Mas eu acho que essa questão do depois eu trato daquilo que a gente idealizou junto. Para mim hoje eu dou continuidade a tudo que a gente começou. Procuro seguir da forma que eu posso. Sem ele aqui, fisicamente do lado, mas a energia emanada dele já é suficiente, para que eu tenha forças para cumprir uma missão que Deus me deu, digamos assim, de poder cantar e, através da música, passar alegria para as pessoas.
Você é espiritualista?
Muito! Com certeza!
Uma paixão:
A música! Acho que a música se fez muito presente na minha vida muito cedo e acredito que seja minha grande paixão.
Lara: (a filha)
É o coroamento de uma vida maravilhosa que a gente tem. É uma forma de eu entender melhor algumas coisas. Uma luz que chegou, assim, para me dar forças, com o significado de a gente não ter dúvida de que a minha vida é essa. Porque você acaba repensando muita coisa, com o passar dos tempos e com os obstáculos e barreiras que você enfrenta. Mas ela veio como um combustível para mim.
Seu Camillo? (o pai)
Meu pai é meu grande esteio, meu grande suporte, eu acho que meu grande braço direito, meu professor, digamos assim.
Política?
Acho que a política, desde que bem feita, a política é maravilhosa. Porque a gente tem política em tudo. O importante é se fazer uma política justa. O complicado é alguns integrantes dela, infelizmente, que a gente vê, pela frente, que a gente se depara, que acabam conturbando um pouco as coisas. Determinados políticos existem que eu acho que nos entristecem, não pensando no bem comum, no bem como um todo, não fazendo as coisas corretamente e isso acaba denegrindo a imagem da política, mas a política por si só é maravilhosa.
Qual o ponto de vista que Daniel tem da pirataria?
Acho que é uma coisa muito complexa. Eu diria que existem vários lados da pirataria. Eu não condeno aquela pessoa que é um camelô, que o seu sustento vem através disso. Eu seu que existe a questão da dificuldade para as pessoas consumirem nosso trabalho, devido à questão de preço, por não terem condições. Mas também tem o outro lado que é todo o investimento que é feito, todo o envolvimento de profissionais, o talento, enfim. Eu fico triste, pela questão de gravadoras que estão acabando, muitas pessoas perdendo seu emprego. Eu acho que o destino da música, não foi encontrado, digamos assim. Eu acho que nós temos que avaliar muitas coisas e o mercado anterior era muito diferente. Então, não sabemos onde isso vai chegar, de que forma vai chegar. E [há] essa coisa tecnológica, que é muito presente. Isso aproxima muito as pessoas do nosso trabalho. Mas acredito, ainda, como estou lançando agora, inclusive, o 17º trabalho da carreira solo, na questão do CD, do DVD, daquelas pessoas que assimilam nosso trabalho dessa forma e que acabam comprando o produto original, dando assim possibilidades para muitos profissionais que estão ai.
Um sonho ainda a ser realizado?
Olha, eu tenho muitos sonhos. Eu acho que a gente tem que viver sonhando constantemente, porque senão a gente perde a razão das coisas. Eu tenho o sonho de construir minha família, de poder ver alegria nos filhos que estão chegando, de poder, amanhã, deixar alguma coisa de útil para essas pessoas. Acho que esse é o grande sonho de qualquer artista que se preza. De saber entender o que a carreira significa e sonhar em realmente deixar alguma coisa que vale a pena.
O cenário político de Livramento de Nossa Senhora (Bahia), para a eleição municipal de 2012, caminha para repetir 2008, frustrando, como sempre, as aspirações progressistas. Subsiste a impressionante polarização entre o governo familiar de Carlos Batista e o espectro oligárquico do passado de Emerson Leal. Houve apenas a substituição do cast, pois o palco e a platéia, pasmada, são os mesmos.
O processo político-eleitoral só não é exatamente igual por duas particularidades: Carlão não poderá ser candidato, está no segundo mandato consecutivo, e sofre o dilema de quem o substituirá; e o Priquitão vem tolerando, pela primeira vez, o vôo livre, de aparentes cores quixotescas, de um membro do grupo como pré-candidato, no caso, Paulo Roberto Lessa Pereira.
Ao mesmo tempo em que luta e sonha com a candidatura, o vereador também faz o papel em que se especializou de manter o grupo vivo, em meio à inércia oposicionista. O Dr. Emerson conserva a tese de que eleição em Livramento se ganha de véspera, não importa os quatro anos passados de costas viradas para cá, mesmo tendo pago caro por isso, em 2008.
A aludida coloração quixotesca acima referida sustenta-se na notória personalidade imperial do chefe, que dificilmente apoiará uma candidatura fora do seu grupo sanguíneo, a menos que o pretendente arranje força para se impor. Tanto que aficionados seus já espalham, sem serem desmentidos, que o candidato, de fato, será ele. Muitos ainda o vêem como a única saída.
A principal força de Paulo Lessa para convencer o manda-chuva do grupo seria o líder do seu partido (PP), o ora ministro das Cidades, Mário Negromonte, que está cada vez mais atraído para as sombras faxineiras que rondam o governo da presidente Dilma Rousseff. O Dr. Laudelino Leal, irmão do Periquitão, lançado para, supostamente, arrefecer os ímpetos do vereador, parece ter desistido.
Carlos Batista, por seu turno, é o que tem demonstrado mais habilidade e empenho nesse jogo, mas tem um pedregulho nos sapatos. Uma das pedras responde pelo nickname Ricardinho, cujo nome de batismo é José Ricardo Assunção Ribeiro. Ele cedeu a vaga de vice, em 2008, e tem força e crédito suficientes para se impor e vai se impor. Fala-se, porém, que o alcaide não tolera imposição e não teria digerido emparedamento que teria sofrido do pupilo, em lavagem de roupa suja em casa, envolvendo suspeitas de ilegalidades na administração.
Autenticando as semelhanças entre as movimentações que marcaram o pleito anterior e as atuais, está o vice-prefeito, Paulo César Cardoso Azevedo, o qual, como em 2008, está a disputar a côrte dos dois lados, mas ainda precisa refinar os salamaleques. Ele repele, veementemente, qualquer possibilidade de dobradinha, na condição de vice, com Ricardinho. Mas abre um sorriso quando alguém aventa a possibilidade dele na cabeça de chapa e Leila Ribeiro, também candidatável, esposa de Ricardinho, como vice.
Esse poderá ser o bote salva-vida, quiçá a única saída viável, pelo cenário atual, de Carlos Batista, circunstância que causa inquietações nas hostes do ex-prefeito Emerson Leal, que também sonham com o amor do Dr. Paulo, mas para, no máximo, continuar vice.
Falta mais alguma coisa? Sim, falta, a candidatura petista de Gerardo Azevedo Júnior, a terceira força, que já anunciou que é inegociável. Sempre citado como uma alternativa de mudança, ele recusa-se a aceitar a lógica, que seria a de ceder, se fosse o caso, ao movimento oposicionista, para enfrentar a situação. Com sua base em Vitória da Conquista, confia na atenção que dar a quem necessita ir àquela cidade para tratamento de saúde, embora alegue que não faz assistencialismo e atende sem preocupações eleitorais.
Demonstrando que sabe jogar, Carlos Batista já foi procurar o petista e, segundo o site Mural de Notícia, do jornalista Yonélio Sayd, os dois teriam almoçado, juntinhos, em Salvador, no último dia 26 de agosto. Desse encontro pode se extrair, pelo menos, dois raciocínios. Um é que Carlão estaria disposto a oferecer algo atrativo para ter de volta ao ninho peemedebista governamental o secretário de saúde que demitiu, de forma humilhante, no seu primeiro mandato. Outro é a constatação de que Junior não guarda mágoas e espera a unção do ex-chefe.
Considerando que sua candidatura, em cabeça de chapa, seria questão fechada, presume-se que do antigo algoz só aceita apoio para ser o futuro prefeito de Livramento. Nesse diapasão, muitas barbas devem ir sendo postas de molho, no seio governista, Paulo Azevedo, inclusive. Ricardinho também! Leila, por óbvio, não! E também pelo quanto ajuda a reduzir os índices de rejeição ao governo, apesar de umbilicalmente ligada a ele.
Não sei se ela, exatamente, mas quem sabe uma mulher, por cuja candura do olhar o mundo deveria ser olhado, não nos ajudaria a sair desse mar desastroso em que a sociedade machista nos colocou. E, também, no caso de Livramento, sair desse “triste feitiço do tempo”, como se fôssemos protagonistas do longa metragem homônimo, dirigido por Harold Ramis, produzido nos Estados Unidos (1993).
A sinopse desse filme diz que um repórter que cobre o clima (Bill Murray) é enviado para uma pequena cidade para cobrir uma festa (O Dia da Marmota), onde percebe que os dias estão se repetindo. Sempre que ele acorda no hotel é o mesmo dia da festa e somente mudando seu caráter é que poderia seguir em frente na vida. Em meio a tudo, descobre o amor entre ele e uma colega de trabalho, a quem sempre tratava com mau humor.