Tricentenário – 28.06.2015

Há 300 anos, os
bandeirantes paulistas
chegavam a Livramento

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Não se sabe dia nem mês, mas foi em 1715 que os bandeirantes paulistas aportaram em nossa região e iniciaram o núcleo populacional que,  a partir de 1966, passou a se chamar Livramento de Nossa Senhora (Lei Estadual n. 2.325/1966). Que os mascates do Brás não saibam disso!

Esse “descobrimento” completa, portanto, 300 anos! Como os sertanistas sempre se faziam acompanhar das missões religiosas, integradas pelos padres jesuítas, logo foi construída uma pequena capela, de pau-a-pique, sob a invocação de Nossa Senhora do Livramento.

Essa primeira “igreja” ficava onde hoje é o jardim da atual Praça Dom Hélio Paschoal, antiga Praça da Bandeira, voltada para o lado do hoje Paço Municipal, cujo casarão foi erguido cerca de 150 anos depois. Dali até o Tomba, formava-se a zona nobre daquele povoamento original.

Não se sabe de nenhuma programação comemorativa dessa efeméride tão importante. Só a Diocese de Livramento lembrou, em janeiro último, os 300 anos da devoção a São Gonçalo, na Canabrava, que teria começado no mesmo ano de 1715.

Os bandeirantes costumavam seguir a rota do sol, do nascente para o poente. Isso sustenta a hipótese de que após a capela de Nossa Senhora, construíram a de São Gonçalo, no morro da Canabrava. Mas ainda persistem dúvidas sobre qual capela foi erigida primeiro.

No livro Livramento é de Nossa Senhora, que escrevi em coautoria com o professor Eduardo Lessa, em 1995, resgatamos um pouco da história do município, incluindo sua origem:

“Os índios e os primeiros moradores brancos praticamente não deixaram vestígios. (...) Não se conhece o tipo de vida que havia antes do século XVIII e nem do momento em que a vila foi criada. São origens já perdidas no tempo, não havendo indicativos de como recuperá-las (...)”.

“(...) O que há de mais concreto é a origem nas iniciativas de desbravamento do sertão, a partir da busca de metais e pedras preciosas, principalmente o ouro e o diamante (...)”, pelos bandeirantes paulistas.

Outra fonte de resgate histórico muito importante é o livro Livramento: a História e o Homem (2003), com bastante ilustrações, de autoria do professor e ilustre conterrâneo José Mozart Tanajura (1936-2004).

Somos, pois, uma comunidade com três séculos de existência, sem contar a precedente civilização indígena. E, mesmo carente de boas gestões públicas, temos reconhecida vocação para polo de desenvolvimento regional.

 

Sem recursos – 28.06.2015

Perímetro Irrigado do
Brumado é esquecido

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Segundo noticiou o jornal Correio (Salvador), o ministro da Integração Nacional, o mineiro Gilberto Magalhães Occhi, anunciou em Petrolina (PE), dia 26, a liberação de R$38 milhões para ações de abastecimento de água em perímetros irrigados de quatro estados do Nordeste.

Embora a Bahia seja o maior deles, em extensão territorial, terá só R$4,74 milhões. Pernambuco é o mais contemplado (R$28,75 milhões), cabendo o restante a Sergipe (R$3,25 milhões) e Alagoas (R$1,7 milhões).

Apenas projetos baianos da  Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) foram incluídos. Os do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca) foram esquecidos.

Entre eles, está o Perímetro Brumado, em Livramento de Nossa Senhora, com área irrigável de 4.295 hectares. Mas apenas 2.442 são cultivadas, justamente pela alegada falta de recursos para conclusão do projeto.

Foi inaugurado em 1989, pelo então presidente José Sarney, mas está sendo sucateado, incluindo a barragem de suprimento, em Rio de Contas, e os canais de adução, por falta de recursos para manutenção.

Nossas representações políticas não têm se empenhado o bastante em favor do projeto, que já se encontra totalmente descaracterizado, com invasões das áreas não implantadas e o uso abusivo da água.

 

Polícia – 25.06.2015

Os socos no prefeito!

 

Zé Bereu (esq): prefeito (dir) me chamou de vagabundo

Raimundo Marinho
Jornalista

Preocupante a agressão física ao prefeito Paulo Cesar Cardoso Azevedo, de nossa cidade de Livramento de Nossa Senhora, Bahia. Conforme já divulgado, tem características de fato isolado, mas pede reflexão.

Repudiamos qualquer tipo de violência, contra quem quer que seja. Se socos conseguem chegar ao rosto da autoridade máxima do município, tanto a segurança individual quanto a pública estão gravemente ameaçadas.

Temos de respeitar e preservar a autoridade, mesmo diante de dissidências políticas e desmandos administrativos. É obrigatório que se busque os caminhos da lei para sanar discordâncias eventualmente surgidas.

O prefeito disse ao site Bahia Notícias:

“De repente, o rapaz partiu para cima de mim com socos. A sorte é que as pessoas que estavam perto de mim conseguiram acalmar a situação, mas eu fui atingido e prestei queixa na delegacia. O delegado está apurando se teve um mandante, porque ele não ia agir sozinho”.

“É um rapaz meio perturbado e estava alcoolizado. Fui à mesa dele e saudei, como faço com todo mundo, e ele foi bem receptivo, até que uns 20 minutos depois atacou. Por pouco, não fui ferido, não houve lesão, mas podia ter algo mais grave porque eu estava de óculos".

O alcaide insinua a possibilidade de haver mandante. Mas consta que “Zé Bereu” fora cabo eleitoral do prefeito, no Distrito de Itanajé, em 2012, e estaria se queixando de promessas não cumpridas pelo alcaide.

Na delegacia, “Zé Bereu” justificou a agressão dizendo que, na noite junina de 23 de junho, em Itanajé, pedira R$50,00 ao prefeito e este teria lhe destratado, chamando-o de vagabundo e mandando-o ir trabalhar.

 

Eleições APLB – 23.06.2015

Profissionais da Educação
renovam delegacia sindical

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Mesa de votação da eleição da APLB-Sindicato, no núcleo do município de Jussiape
Comissão Eleitoral organizou e coordenou os trabalhos

Os trabalhadores em Educação da região formada pelos municípios de Livramento de Nossa Senhora, Paramirim, Rio de Contas e Jussiape, na Bahia, filiados à APLB-Sindicato, elegeram, dias 10 e 11 deste mês de junho, a nova diretoria da unidade regional da entidade.
Os três municípios são representados pela Delegacia Sindical Rio de Contas, que possui um núcleo representativo em cada um daqueles municípios. A pesar de chamar-se Delegacia Sindical Rio de Contas, tem como núcleo-sede a cidade de Livramento de Nossa Senhora.
Concorreu a chapa única União e Luta–Organizar a Luta e Avançar nas Conquistas, eleita com 342 dos 344 votos coletados, com um voto nulo e outro em branco. A Comissão Eleitoral foi composta por Iracema Ramos Silva, Valdir Manoel da Silva e Raimundo José Miranda Ribeiro.
Os eleitos e já empossados, para dirigir a Delegacia Sindical da APLB, na região, pelos próximos quatro anos, foram Jânio Soares Lima (diretor), Marilúcio Santos Marques (vice-diretor), Eliane de Souza Bomfim Santos (secretária-geral), Anderson Castro Ribeiro (tesoureiro), Nanci Ferreira Lessa (secretária de políticas sociais intermunicipais).

Márcia de Lourdes Soares Oliveira (secretária de imprensa), Gerlando dos Santos Oliveira (secretário para assuntos jurídicos), Regiane dos Santos Aguiar (1a suplente), Orlando Silva Almeida (2o suplente) e Marilúcia Soares Lima (3a suplente), além dos coordenadores e demais integrantes dos núcleos de Paramirim, Rio de Contas e Jussiape.
Segundo o diretor Jânio Soares Lima, que foi reeleito, o processo eleitoral ocorreu conforme o Estatuto da entidade, sendo acompanhado pelo diretor da Regional Sudoeste da APLB, César Nolasco. Votaram filiados das redes estadual e municipais de ensino.
Acrescentou que, agora, a entidade vai continuar seu protagonismo na defesa dos direitos da categoria, por uma política educacional que respeite os planos de carreira, assegure os benefícios conquistados, por novas conquistas, pela luta democrática e, principalmente,  pela qualidade da educação, nos municípios, no Estado e no Brasil.

 

 

Palestra – 23.06.2015

ADAB dá orientação
sobre mudas de cítricos

 

Equipe da ADAB, que realizou as palestras

Raimundo Marinho
Jornalista

Produzir mudas de plantas nem sempre é simples e fácil. Requer cuidados especiais, principalmente fitossanitários e legais. Entre nós, essa atividade tornou-se muito intensa, com o desenvolvimento da fruticultura na região, exigindo a atenção do Estado, para a devida orientação técnica.
A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) reuniu produtores de mudas de cítricos (laranja, limão e tangerina) de Livramento e Rio de Contas, dias 10 e 11 últimos, para o repasse de informações legais e técnicas sobre o manejo desse tipo de produção agrícola.
Realizou palestras na Câmara de Vereadores de Livramento, dia 10, e do no Teatro São Carlos, em Rio de Contas, dia 11, proferidas pela engenheira agrônoma e fiscal da ADAB, Sueli Brito, acompanhada do seu colega Weber Marcilio Malheiro Aguiar.
Os viveiristas, como são chamados os produtores, foram orientados sobre a regularização do cultivo e manuseio da produção de mudas, para evitar contaminação por pragas e não serem surpreendidos pela fiscalização.
A professora Suely Brito tem especialização, mestrado e doutorado em citros e é considerada a maior autoridade da ADAB quando se fala dos aspectos sanitários da espécie vegetal dos citros.
Produtores, engenheiros agrônomos e técnicos em agropecuária da região participaram do evento, promovido pela gerência da ADAB de Livramento de Nossa Senhora.

 

Cizânia do Brás – 17.06.2015

Quando a discórdia é inútil!

 

Raimundo Marinho
Jornalista

A palavra cizânia significa “falta de entendimento entre pessoas” ou “discórdia”. Foi usada pela CDL de Livramento de Nossa Senhora, no choque entre comerciantes e o prefeito, que autorizou a Feira do Brás na cidade.

A entidade também não gostou de matéria deste site sobre o assunto, conforme mensagem que acolhemos, sem restrições, apesar de conter opiniões além do que veiculamos, impondo-nos a volta ao assunto.

Nosso alinhamento é com o primado da legalidade e a defesa do consumidor. A CDL continuou sem apontar improbidade na autorização municipal, repudiando o que não demonstrou ser ilegal.

Discordamos da sua tese, segundo a qual o Poder Público tem que fazer parceria com o Comércio e “desenvolver políticas públicas que incentivem o consumo”. Isso seria ilegal e não está, como alega, na Carta Política.

Prefeito Paulo Azevedo

Não há principio constitucional, referindo-se à ordem econômica, que obrigue expressamente o Município a interferir no comercio local. Muito ao contrário, o modelo da Carta Magna é justamente não intervencionista.

O Título da Ordem Econômica e Financeira assegura a economia de mercado, estabelecendo como princípios básicos a livre iniciativa, a valorização do trabalho humano e a existência digna para todos (art. 170).

Veda a dominação de mercados, a eliminação de concorrentes e o aumento arbitrário de lucros (art. 173). Diz que é função do Estado regular e fiscalizar o setor, pelo interesse público e defesa do consumidor.

Deve incentivar e planejar o desenvolvimento econômico, no âmbito público e não privado, com base nas leis federais (art. 174, CF), como ocorre no tratamento diferenciado a empresas de pequeno porte (art. 179, CF).

Se a CDL entende haver “imposição para o gestor estabelecer mecanismo de incentivo ao comércio local”, então o prefeito estaria em ato de improbidade, devendo ser denunciado e processado pelos lojistas.

A MÁGICA DOS R$25,00

A tese dos R$25,00 virarem R$100,00 não encontra amparo em nenhum manual de economia ou finanças. Talvez o professor e matemático Gonçalo Dela possa nos socorrer. De cara, há uma impossibilidade real.

Roberto Souza, da CDL

Se o farmacêutico “B” usar integralmente os R$25,00 para pagar a lavagem do carro, ficará sem dinheiro para quitar a fatura de compra do medicamento. Só por  uma mágica R$25,00 virariam R$100,00.

Não generalizei que os comerciantes revendem mercadorias por 10 vezes o custo. Reproduzi queixa de alguns consumidores de “que há lojistas locais revendendo mercadorias por até 10 vezes o preço de compra”.

Sendo atividade empresarial privada, é regulada pelo Estado, que impõe uma função social ao setor, destacando a valorização humana, que inclui pagamento de salario mínimo e de encargos sociais e tributários.

A cizânia, na verdade, revela incapacidade de se estabelecer uma discussão adulta, em Livramento, entre gestão pública e iniciativa privada, com cada qual assumindo suas reais obrigações em face do interesse público.

A CDL deveria, por exemplo, cuidar mais de questões maiores, como a implementação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, para organizar, abrir espaços comerciais e melhorar a circulação na cidade.

Nosso comércio ganhou fôlego com a fruticultura, cujo caráter predador está colocando em risco nossa vocação para polo de desenvolvimento. É melhor se preocupar mais com isso do que com os mascates paulistas.

 

Artigo – 17.06.2015

Livramento of Thrones

 

Por Zeferino Neto
zifaneto@gmail.com

Game of Thrones é uma série de televisão norte-americana que vem batendo recordes de audiência. Essa série mostra as violentas lutas dinásticas entre as famílias nobres para ter o controle do Trono de Ferro (prefeitura). E nessa luta vale de tudo, principalmente mentiras e traições.

Nesse momento quem se encontra no trono de ferro (prefeitura de Livramento) é o rei Tommen Baratheon, um rei novo e sem muita força para governar.

Essa serie se segue com a luta das 7 casas (famílias, partidos) para conseguirem sentar no tão sonhado trono de ferro.

Game of Thrones se encontra na quinta temporada e a todo o vapor. A cada temporada um representante de uma casa cai, são formadas novas alianças, e o trono fica cada vez mais cobiçado.

Em 2016 o trono de ferro de Livramento de Nossa Senhora, tudo indica, será disputado por cinco casas. Quem será o novo soberano a governar o reino de Livramento? Será Lord Gerardo Junior? Lord Ricardo Assunção? Ou quem sabe, algum conselheiro do Rei Priquito?

Não gostaria de ver em 2016 uma inversão de conceitos acontecerem em Livramento. Imagine por exemplo, se ao invés da arte imitar a vida, a vida querer imitar a arte, e assim, nossa terra fazer o mesmo que a série Game of Thrones: construir um governo feito de mentiras e vaidades, subjugando cada vez mais o povo e impedindo a sua participação de verdade.

Bom, independente quem consiga subir nesse trono que suba com consciência, que possa contribuir para a construção de uma terra “onde os poderosos não se aproveitem dos fracos” e saiba que o herdeiro direto desse reino é a população carente.

Segundo Lord Varys: “Qualquer tolo com um pouco de sorte pode acabar nascendo no meio do poder, mas merecê-lo por si mesmo, isso dá trabalho.” E cá pra nós, Oh terrinha pra brotar tolo travestido de líder!!

Não sei quanto a vocês, mas eu estou cansado de seguir reis loucos e bobos da corte. Está mais do que na hora de surgir, tanto no executivo como no legislativo, homens que consiga reunir tanto a competência técnica como a sensibilidade política.

“Não acredito em Salvadores, acredito que homens de talentos tem um papel a cumprir nas guerras que estão por vim”. Concordo com você Lord Varys, e que entre no campo de batalha apenas os homens de talento, e torço para que o povo possa reconhece-los dessa vez.

Zeferino de Paula Lima Neto é psicólogo e acredita que vale a pena lutar por Livramento

 

Água no campo – 15.06.2015

Projetos da Asamil vão
beneficiar 5.500 pessoas

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Pelo menos 5.500 pessoas da zona rural de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, serão beneficiadas com 1.100 cisternas, cada uma de 16 mil litros de água para consumo, a serem construídas pela Associação do Semiárido da Microrregião de Livramento (Asamil).

Serão nas comunidades de Couros, Malhada Grande, Formosa, Fabiano, Lagoa do Lajedo, São Timóteo, Caraíbas, São Gonçalo, Arrecife, São Félix, Lagoa do Arroz, Lagoa das Cabaças, Amoreira, Várzea D´Água, Malhadinha, Barbosa, Bem Posta, Cruz de Alma, Campos, Lagoa de Daniel, Laurêncio e outras.    

Trata-se do projeto da Asamil Cisternas de Consumo, que armazenará, no município, 17 milhões e 600 mil litros de água. Estão previstas, ainda, 42 cisternas para produção, de 52 mil litros, cada, e 30 barreiros-trincheira familiares, de 600 mil litros, somando mais de 20 milhões de litros.

Segundo a Asamil, será viabilizada a agricultura familiar naquelas localidades, tendo como público-alvo famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) que não têm acesso regular a água potável.

Na seleção das famílias, serão observados: renda familiar, famílias chefiadas por mulheres, maior número de crianças até 6 anos, maior número de crianças em idade escolar, maior número de pessoas com deficiências, maior número de idosos. (Matéria produzida a partir de informações e fotos enviadas pela Asamil)

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Resposta – 14.06.2015

(Enviada por Antônio Roberto de Souza - betoconsol@hotmail.com
- e publicado na íntegra, sem qualquer revisão)

PODER PÚBLICO E A OBRIGAÇÃO DE
DEFENDER O INTERESSE COLETIVO

A recente “Feira do Brás” mais uma vez trouxe cizânia entre os comerciantes, representados por esta CDL e o Executivo Municipal, responsável por autorizar a realização do evento. Por conta disso emitimos “Nota de Repúdio”, tendo sido encaminhada a todos os veículos de comunicação, inclusive a este blog que exarou sua opinião alinhando-se à postura do Alcaide.

Este tabloide fez afirmações e levantou questionamentos direcionados à nossa Entidade, o que nos motiva fazer uso legítimo do direito de resposta, consagrado na Magna Carta.

Em primeiro lugar assenta-se divergência sobre qual o papel do Poder Público, afirma a publicação “Mas não é papel do poder público fazer a parceria desejada e muito menos incentivar consumo”.

Cremos que o Município tem sim por função precípua incentivar as atividades econômicas que promovem o desenvolvimento local. E esta não é somente uma opinião, mas sim, e principalmente, um dever legal do gestor.

A Constituição Federal, destacando os princípios gerais da atividade econômica, aponta  como obrigação do Município fiscalizar, incentivar e planejar a atividade econômica, neste caso o comércio local. Noutra passagem  normatiza que o mercado interno deve ser tratado como patrimônio municipal, e, assim ser incentivado ao bem do desenvolvimento socioeconômico.

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Comentário – 12.06.2015

Espíritos que nos governam!

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Emerson Leal, Carlos Batista, Paulo Azevedo, Ricardo Assunção e Gerardo Junior (Esq. para Dir.)

A espiritualidade deveria ser introduzida em tudo que se referisse aos seres humanos, independente de estarem ou não organizados em um Estado laico, para que fosse encurtada a caminhada para a paz.

Assim gostaria que nossas discussões sociais e políticas se estabelecessem, especialmente agora que foi dada largada às articulações que culminarão com as eleições de prefeito e vereadores do próximo ano.

Isso nos faz voltar para as especulações em torno de nomes que podem compor o quadro de concorrentes, aqui na nossa Livramento de Nossa Senhora, onde alguns pretendentes já foram colocados.

E, até onde se pode enxergar, caminha-se para a repetição eleitoral, com as mesmas forças polarizando a disputa, embora tenha havido uma ainda não comentada e importante inversão no já tradicional tabuleiro.

Para mim, em 2016, o fiel da balança será o atual vice-prefeito, Gerardo Azevedo Júnior, que já admitiu ser pré-candidato e, pela nossa intuição, o será, ainda que não seja pelo Partido dos Trabalhadores.

Assume o papel que foi de Paulo Azevedo, em 2008 e 2012, pois o lado ao qual se juntar vencerá o pleito, restando a um ou outro lado saber abrir o devido espaço e ele já disse: “não quero repetir a vice”.

Nesse sentido, a espiritualidade o aponta para as plumas do ninho verde do Priquitão, já que a força oposta briga entre si para ver se o candidato será o ex-prefeito Carlos Batista ou seu pupilo Ricardo Assunção.

Enquanto a fogueira das vaidades consome os oposicionistas, Dr. Emerson já esquentou a corrida, mandando dizer que pode ser candidato, mas tem maturidade suficiente para ceder, se for necessário.

Jamais se arriscará a encerrar sua vitoriosa carreira com derrota e o candidato que ele apoiar, junto com o prefeito Paulo Azevedo, tende a tornar-se imbatível, já que o alcaide declinou-se da reeleição.

A posição de fiel da balança que entendemos ser a de Gerardo Junior o torna a melhor, senão a única opção, a menos que o vereador Paulo Lessa  turbine seu nome o suficiente para convencer o chefe do contrário.

Dissemos, aqui, que as eleições de 2008 e 2012 se decidiriam a favor do lado que acolhesse Paulo Cardoso Azevedo, o que se confirmou, e temos tudo para acreditar que, em 2016, esse papel será de Gerardo Junior.

Paulo Azevedo se firmou em 2004, quando perdeu por menos de 300 votos. Gerardo Junior, da campanha solitária de 2008 tornou-se o mais votado para deputado estadual, no município (2014), com oito mil votos.

Em 2008, Lia Leal perdeu porque Dr. Emerson desdenhou Paulo Azevedo e o deixou escapar para o grupo de Carlos Batista. Em 2012, foi a vez de Carlão errar e deixar Dr. Paulo voltar para Emerson Leal.

Quem tiver consciência de que é provido de espírito não terá dificuldade para entender porque, em 2016, o embate eleitoral, em Livramento, poderá ser Gerardo Junior versus Ricardo Assunção!

 

Arraiá do CRAS – 09.06.2015

Canjica, amendoim, licor, forró!

 

Raimundo Marinho
Jornalista

 

Fonte da imagem: internet, via google

O mês junino em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, será animado com extensa programação oficial, executada pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS). Começa nesta quinta-feira, dia 11, com o Arraiá do CRAS, na Praça do Forro, bairro Estocada, a partir das 16h.

Maria Dina: luta pela tradição junina

Haverá arrasta-pé e serão distribuídas guloseimas típicas, como licor, canjica e amendoim. Os organizadores esperam o comparecimento da comunidade local e de outros bairros, e das autoridades municipais.

A programação prosseguirá no dia 15, às 15h, na quadra poliesportiva do bairro Benito Gama; e dia 16, também às 15h, com o São João da Alegria, do Pro Jovem, na sede local do Programa Nacional de Inclusão de Jovens.

A secretária de Assistência Social, Maria Dina Alcântara, foram mobilizados servidores e voluntários, para promover os festejos, em ambiente típico, incluindo comidas, bebidas, decoração e apresentação de quadrilhas.

E acrescentou: “Queremos nossas festas bem bonitas. Apesar de simples, terá a emoção das celebrações juninas, com muita alegria e espírito popular, unindo jovens, adultos e idosos, para manter viva essa tradição de nosso sertão”.

 

 

APLB – 09.06.2015

Trabalhadores em educação
brigam para receber o piso

 

Jânio Lima: tentou diálogo, em vão

Raimundo Marinho
Jornalista

O Estado Brasileiro ainda não compreendeu que o trabalhador na Educação é uma categoria diferenciada. Dele depende o futuro da própria Nação, o que exige preparo e valorização, na qual se inclui a remuneração.

Para evitar vencimentos miseráveis, às vezes menor que o salario mínimo, foi aprovada a Lei Federal n. 11.738/2008, impondo o piso mensal, hoje de R$1.917,78, para jornada de 40 horas semanais.

Mas ainda há prefeituras que se recusam a pagar, como é o caso de Rio de Contas e Jussiape, na Bahia, segundo denúncia da APLB-Sindicato, que representa os trabalhadores em Educação, na Bahia.

Ela está no calcanhar dos gestores dos dois municípios e acabou de encaminhar representação junto ao Ministério Público, requerendo apuração do caso e visando o cumprimento da lei.

Segundo o diretor do núcleo regional da APLB-Sindicato, Jânio Soares Lima, antes do apelo ao MP, a entidade tentou dialogar com as autoridades municipais e deu conhecimento do fato às câmaras de vereadores.

Acrescenta que os prejudicados são os profissionais da educação básica, pelo descumprimento do que dispõe o art. 60, inc. III, alíneae”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

A entidade requer dos prefeitos o imediato reajuste salarial dos professores, de acordo com o piso da categoria e também as diferenças devidas desde, pelo menos, abril de 2011.

Argumenta que a educação é prioridade constitucional, o pagamento do piso é incondicional, não cabendo alegação de falta de recursos,  por se tratar de dotação obrigatória.

Se, entretanto, o município provar incapacidade de pagamento, por insuficiência financeira, pode solicitar ajuda da União, segundo previsto no artigo 4º da própria Lei do Piso (Lei n. 11.738/2008).

 

Ecos do Brás – 02.06.2015

Função social do comércio!

 

Paulo Azevedo (esq.) nem ai para o repúdio da CDL de Roberto Souza

Raimundo Marinho
Jornalista

Mais uma vez o prefeito Paulo Azevedo, de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, é alvo de repúdio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). E sobre o mesmo assunto, a conhecida Feira Itinerante do Brás.

Primeiro, foi no final de 2014, quando o prefeito foi praticamente insultado e não reagiu. Na nota de repúdio, a CDL também qualifica o alcaide de irresponsável, por autorizar a conhecida feira dos paulistanos.

Segundo a CDL, que congrega uma minoria de lojistas da cidade, a denominada Feira Itinerante do Brás concorre com o comércio local e ainda retira daqui soma significativa de riqueza, sem qualquer contrapartida”.

A entidade, porém, não aponta a mínima ilegalidade no ato do prefeito (Alvará n.º 1962/2015). Exige parceria constante entre comércio e poder público e “políticas públicas que incentivem o consumo”.

Paulo Azevedo faz uma administração ruim, mas nesse caso agiu em defesa dos consumidores, os quais se queixam que há lojistas locais revendendo mercadorias por até 10 vezes o preço de compra em São Paulo.

A importância de nosso comércio para a economia e a vida dos cidadãos é incontroversa, devendo, assim, ser apoiado. Mas não é papel do poder público fazer a parceria desejada e muito menos  incentivar consumo.

Temos de ter um comércio criativo, autônomo, com uma função social. Mas a CDL sugere e deseja o contrário. Quantos empregos o setor gera? Quantos lojistas pagam o salario mínimo e recolhem encargos sociais?

Clique aqui para ler a Nota de Repúdio da CDL>>

 

 

“Foi lindo” – 02.06.2015

O Cálice dos Inocentes!

 

Raimundo Marinho
Jornalista

Jovens entre 13 e 19 anos protagonizaram a peça "O Cálice dos Inocentes"

Recebi de Flora Violleta, a meu pedido, uma síntese do espetáculo O Cálice dos Inocentes, encenado, sábado e domingo últimos, na praça principal de nossa cidade de Livramento de Nossa Senhora. “Foi lindo”, escreveu ela.

E destacou o extraordinário do evento: foi protagonizado por jovens de 13 a 19 anos. Com a humildade, colocou-se como coadjuvante, ao lado de Miguel Bartilotti, embora fossem os idealizadores e diretores da peça.

O casal é responsável pelo Atelier Flora Violleta Artes e o Projeto Atelier de Processos Artísticas. Diz que O Cálice dos Inocentes  resultou de um projeto organizado com oficineiros, monitores e alunos, em corpo único que sustentou o espetáculo.

Informa que o Projeto Atelier de Processos Artísticos foi vencedor do Edital n. 09/2013 (Dinamização de Espaços Culturais/2014), da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Em Livramento, contou com o apoio de vários comerciantes.

Temos muitos livramentenses sensíveis, que saberão fazer a leitura correta desse trabalho. É um ensinamento sobre o que nossos jovens precisam e o que nossa cultura exige.

E Flora dá uma pista importante: “a certeza de que um povo culturalizado conduzirá sua vida melhor, elegerá melhores representantes e justamente por isso nosso trabalho é tão árduo e tão reconfortante ao mesmo tempo”.

Clique aqui e leia, na íntegra, a mensagem de Flora Violleta>>

 

Artigo – 01.06.2015

Bibi Ferreira, a lenda
viva do teatro brasileiro

“Quando estou no palco é um momento de comunhão. É quando,
através de vocês, eu me encontro com Deus!” (BF)

* Rio de Janeiro – 1º de junho de 1922

Por Márcia Oliveira

Esse fenômeno do teatro nacional estreou na dramaturgia, aos 20 dias de nascida, no lugar de uma boneca, que desaparecera, na peça Manhãs de Sol, de Oduvaldo Viana.

Abigail Izquerdo Ferreira, seu nome de batismo, filha do grande ator Procópio Ferreira com a bailarina espanhola Aída Izquierdo, tornou-se conhecida, inclusive internacionalmente, como Bibi Ferreira.

Essa lenda viva do nosso teatro representa algo inusitado para o cenário artístico. No alto dos seus 93 anos, ainda hoje nos surpreende, pois está em cartaz no Teatro Net (RJ), onde canta o repertório de um dos maiores ícones da música internacional, Frank Sinatra, após longa temporada no Teatro  Renaissance (SP).

Podemos dizer que Bibi Ferreira é a Shirley Temple brasileira. Depois da separação dos pais, quando ainda era pequena, ela foi morar com a mãe na Espanha. De volta ao Brasil, aos seis anos, ingressa na escola de dança do Teatro Nacional (RJ).

E não parou mais, passando a trabalhar ao lado do pai famoso. Ao ver negada matrícula para a filha no tradicional Colégio Sion, por ser filha de artistas, Procópio a envia para fazer cursos em Londres, onde a menina aproveita para estudar seriamente o teatro.

Foi o inicio de uma trajetória de vida espetacular. Brilhou em vários filmes, entre eles Cidade Mulher, O Fim do Rio, Na Bahia. Mas é no teatro que a renomada atriz se engrandece. Nos anos 30, ela monta sua própria companhia, por onde passou grandes nomes como Cacilda Becker, Maria Della Costa, Sérgio Cardoso, Henriette Morineau e Nídia Lícia.

Torna-se uma das primeiras mulheres diretoras de teatro no Brasil. Viajou por muitas cidades brasileiras, com elenco numeroso, grandes cenários e produções caprichadas.

Ao longo da vida, recebeu muitas premiações, entre elas o Prêmio Molliére (1975), pela personagem Joana, na peça Gota D’Agua, de Chico Buarque de Holanda e Paulo Pontes.

Em Piaf,  a vida de uma estrela, Bibi vive a cantora francesa Edith Piaff, em que se consagrou e foi destacada com os prêmios  Moliére, Mambembe, Associação Paulista dos Críticos de Arte(APCA), Governador do Estado e Pirandello. Teve  uma performance quase “mediúnica”, na sutileza dos gestos, semelhança da voz, aspecto físico frágil e temperamento quente.

Personificou também a fadista portuguesa Amália Rodrigues, em Bibi Vive Amália. Brilhou, igualmente, nos recitais Bibi in Concert e Bibi in Concert Pop. Foi homenageada pela escola de samba niteroiense Viradouro, com o enredo A Viradouro Conta e Canta Bibi, uma dedicatória do carnavalesco Mauro Quintaes ao Teatro brasileiro (2003).

Na década de 60, estrelou grandes musicais, incluindo Minha Querida Lady (My Fair Lady) e Alô Dolly (Hello Dolly!), o que lhe rendeu o título de primeira atriz do teatro brasileiro, aquela que dança, canta e interpreta com perfeição. Além de tudo, é poliglota!

“Aprendi que, se a gente espalhar coisas boas por onde passar, a vida se encarrega de trazer coisas melhores ainda!”.

Foi apresentadora de programas de televisão, mas nunca quis participar de novelas. Em 1960, inaugura a TV Excelsior, com o programa Brasil 60, ao vivo, o que não era comum naquela época, no Brasil. Devido ao sucesso, foi desdobrado em Brasil 61, 62 etc. Na mesma emissora, apresentou também Bibi Sempre aos Domingos e Bibi ao Vivo.

Teve cinco casamentos, todos muito bons, segundo ela, mas somente uma filha, Tereza Cristina. Diz não mais querer namorar, alegando que “O amor é pra gente jovem. Love is Young. Fora isso, há amizade, compreensão.”

No programa Encontro (TV Globo), com Fátima Bernardes, da última sexta-feira, Bibi cantou e encantou a todos com sua altivez, serenidade, lucidez e equilíbrio.

Contou sobre sua trajetória artística, sem esquecer datas, nomes das peças que encenou e lugares por onde se apresentou, transmitindo a credibilidade que vem da sua ampla cultura, demonstrada, com simpatia, simplicidade, charme e elegância.

Com a verve e humor sempre renovados, revelou, sem reservas: “Acho o William Bonner um pão.”

Bibi Ferreira realmente faz do palco seu mundo e, da arte de cantar e interpretar, sua vida. Seu talento é natural e faz-se admirada por muitas gerações, no Brasil e diversos outros países.

“A resposta para o artista é sempre a plateia”, diz, convicta, vendo o teatro lotado de espectadores das mais variadas idades a aplaudi-la, na “jovialidade” dos seus apenas 93 anos, que, para ela, parecem bem menos.

“Me olho no espelho e digo pra mim mesma: tenho 60 anos, no máximo”.

Sentimo-nos agraciados, digo eu, pelo privilégio de conhecer artistas como você, Bibi, completa e repleta de valores artísticos, na sua genialidade “plural”. E, hoje, mais do nunca, o Brasil Canta Bibi!

(imagens copiadas da internet)

Acesse e ouça um pouco de Bibi Ferreira:

https://www.youtube.com/watch?v=gVD0A5kD_zs

https://www.youtube.com/watch?v=x0i2cmLdk7E