Esperamos uma pauta séria para 2006
Se pudesse haver uma repartição de culpa pelo fracasso do processo político de uma comunidade, eu diria que ela começa sendo totalmente dos eleitores, pois os maus políticos não teriam como praticar falcatruas se não recebessem o mandato. Mas não se pode radicalizar dessa maneira. Culpado, a meu ver, é aquele cidadão que não vota de modo independente, buscando atender interesses individuais ou corporativos. Nessa parte, entra o cabresto, que tanto é posto nos sem vergonha quanto nos miseráveis, que costumam trocar o voto por remédio, comida, roupa, bolsa de estudos etc.
Essa prática caracteriza crime eleitoral, tanto de quem dá como de quem recebe, o que já levou a muitas perdas de mandato, por decisão da Justiça, com a devida prova da cooptação e ou do abuso do poder econômico. Somente quem ganha com isso são os políticos desonestos, que iniciam a luta pela disputa do cargo roubando e cometendo crime. Instalado no mandato, buscará recuperar o que gastou para se eleger e muito mais, ficando ricos de uma hora para outra, à custa do dinheiro público.
Penso que o melhor lugar para se combater isso é na unidade federativa menor, que é o município, onde a atividade político-administrativa torna-se mais visível aos olhos do cidadão comum. Todo mundo sabe quem pratica falcatruas e sabe mais, sabe quem divide a intimidade e com quem. Como seria bom se essa perspicácia, essa "maldade", fosse utilizada para fiscalizar quem nos rouba e quem não exerce com probidade o mandato que lhe foi conferido! Somente fiscalizado e cobrado é que o gestor público vai se preocupar em agir de acordo com as leis e respeitando o cidadão.
Para tanto, é necessário que os cidadãos estejam unidos e organizados, criando entidades representativas ou aderindo às que já existem. Dia 15 deste, termina o recesso parlamentar, vamos marcar presença na Câmara e exigir que nossos representantes de fato nos representem. Ano passado foram discutidas e aprovadas muitas matérias sem urgência. É preciso colocar assuntos relevantes na pauta deste ano, como as obras inacabadas do DNOCS; a água que vem poluída por dejetos de Rio de Contas para nossas torneiras; o trânsito sem disciplinamento da cidade; cemitérios abandonados; ligação paralela para o Taquari; a favelização do Benito Gama e muitos outros.
Ules esclarece...........................................................................
A moçada ficou indignada com as notas "Não é a Ules ", da edição anterior. Calma gente! Se querem ir longe, têm que aprender a conviver com os postulados da democracia e os princípios constitucionais da liberdade de imprensa e manifestação do pensamento. A entidade é pública, portanto sujeita a críticas e fiscalização. Algumas das mensagens recebidas extrapolam o direito de resposta, contém expressões rudes e insinuações maldosas, que repudiamos, mas em atenção ao leitor e como prova da independência, imparcialidade e transparência de "O Mandacaru", vão publicadas na íntegra, nesta edição. Clique aqui.
Movimento resgatado......................................................
Pelos seus programas e metas, a União Livramentense de Estudantes-Ules encontra-se de fato empenhada em resgatar o movimento estudantil em Livramento de Nossa Senhora, dos quais não se ouvia a voz há muito tempo. O presidente da entidade, Júlio Rodrigo Xavier Meira, anuncia, por exemplo, a criação de grêmios estudantis em todas as escolas do município, o que faz lembrar os tempos áureos do movimento, em que, através dessas unidades, havia uma verdadeira sintonia entre a garotada de todo Brasil, realizando memoráveis manifestações políticas e culturais. Sem dúvida, renasce uma esperança.
Seguir o exemplo..................................................................
Os demais segmentos da sociedade de Livramento deveriam seguir o exemplo dos estudantes, incrementando suas atuações através de entidades organizadas. Deveria ser revitalizada a idéia do associativismo, tão bem defendida pelo veterano Sebastião Marques, mas que ainda não sensibilizou todas as associações de moradores, muitas delas inoperantes. Não há como defender direitos sem uma base organizada e a educação para se exercer a cidadania no sentido amplo e não somente pelo assistencialismo imediatista. Somente assim poderá haver combate efetivo à corrupção político-administrativo e a busca de melhoria dos serviços públicos.
Sem novo partido.................................................................
O jovem Júlio Rodrigo Xavier Meira desistiu de fundar o diretório do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) em Livramento de Nossa Senhora, agora em fevereiro, como havia anunciado, e afirma que vai se desfiliar do partido, para, segundo justifica, preservar a imagem da União Livramentense de Estudantes-Ules, entidade apartidária, da qual tornou-se presidente. Frustraram-se, assim, as expectativas de mais uma opção partidária na região, mas firma-se uma outra esperança, pois, certamente o dinâmico líder fará uma gestão produtiva à frente da entidade estudantil.
Sem pronunciamento.......................................................
Também não ocorreu o anunciado e esperado pronunciamento, previsto para janeiro passado, do vice-prefeito de Livramento João Cambuí (PC do B), em torno do seu rompimento com o prefeito Carlos Roberto Souto Batista (PMDB), de cuja coligação vitoriosa participou, nas últimas eleições. João vem tendo dificuldades de conciliar, entre seus pares, os interesses partidários locais com os estaduais e nacionais. Ele coloca as definições nas mãos da executiva estadual, mas deixa o vislumbre de que poderá mudar de legenda, se for contrariado nos princípios básicos que defende.
Acaba verticalização.........................................................
A Câmara Federal vetou a verticalização nas coligações partidárias e deixa livre a promiscuidade política, ou seja, partidos que divirjam no nível nacional ou estadual juntam-se nos municípios, aliviando, assim, dificuldades e tensões no processo de alianças nas eleições deste ano, para presidente da república, governadores, senadores e deputados. Em Livramento, a tendência é prevalecer a cisão entre Dr. Emerson Leal e Dr. Paulo Azevedo, este acompanhado das famílias que giram em torno do ex-prefeito Fernando Ledo, mas todos caminham com Paulo Souto.
Um "balaio de gato"..........................................................
Ao encerrar o ano de 2005, especialmente com as discussões em torno da polêmica emenda supressiva, para excluir do Código Tributário de Livramento a Contribuição para Custeio da Iluminação Pública, do vereador Ricardo Matias, o ambiente da casa legislativa virou um balaio de gato. A recomposição vai exigir muita sabedoria e habilidade das lideranças, prevendo-se muito trabalho e malabarismo do presidente Marilho Matias, na condução dos trabalhos, em face da possibilidade do retorno de uma Câmara multifacetada, situação que será apimentada pelo ano eleitoral. NOTÍCIAS ANTERIORES:
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