Um governo precisa
de planejamento
Embora no "polígono da seca", Livramento de Nossa Senhora é viável e, apesar das mazelas do sertão, possui surpreendente pujança econômica e intensa movimentação político-social, como prova a extraordinária expansão da sua atividade comercial e agro-negócio, de iniciativa privada, principalmente nas últimas duas décadas, praticamente sem incentivo do governo local. Cita-se a favor, por questão de justiça, apenas o impacto positivo do projeto de irrigação do DNOCS, apesar de inconcluso, e a política social do governo federal, que integrou trabalhadores rurais e pessoas desamparadas aos benefícios da Previdência Social.
A inércia do governo municipal ombreia com a apatia da população, compreensivelmente descrente e alheia em relação à administração pública, que não se sensibiliza nem mesmo diante de questões vitais, como os desmandos na gestão da água em Livramento. Não há nada que indique a existência de governo organizado, que leve a população a ter esperanças no futuro ou mesmo confiar nas mudanças prometidas. A inquietude é ainda maior pelo fato de não se saber quem de fato governa e por não existir um planejamento orientador.
Desvanece-se o sentimento, que se nutria até então, segundo o qual não poderia haver administração pior e mais desvinculada das reais necessidades públicas do que a anterior, contra a qual se elevaram os justos brados pela mudança. Livramento é contemplado com um orçamento mensal perto dos R$2 milhões, o que o caracteriza como município pobre, levando-se em conta sua população e extensão territorial. Aparentemente, isso poderia levar alguém a dizer: "é por isso que não se pode fazer nada". Mas isso seria tão somente uma falácia, não servindo de justificativa.
Sem planejamento e transparência, pelos gestores municipais, não se pode afirmar com segurança se os recursos são ou não suficientes. Tomando-se por base alguns atos da administração, como o choro do prefeito e a briga pela Taxa de Iluminação Pública, deduz-se que são muito poucos. Mas, voltando-se para outras circunstâncias, como a falta de fiscalização de atividades que podem gerar impostos, a exemplo da mineração, e o pagamento de salários de marajás a alguns servidores, assessores e prestadores de serviços, têm-se que há muito dinheiro.
É hora, portanto, da população refletir sobre isso e exigir transparência nos gastos da Prefeitura. É hora dos vereadores exigir divulgação do planejamento, do orçamento e das contas da Prefeitura. É necessário que a população saiba, como determina as leis nacionais, onde e como estão sendo gastos os recursos públicos.
Agora é oficial..........................................................................
Oficializou-se a ruptura entre o Partido dos Trabalhadores - PT e o prefeito Carlos Roberto Souto Batista (PMDB), de Livramento de Nossa Senhora. Na verdade, como já divulgado pelo "O Mandacaru", o prefeito expurgou o partido da "União, Trabalho e Participação", que o elegeu, assim como fez com o PC do B. O desenlace de fato ocorreu com a exoneração do secretário de Saúde, Gerardo Azevedo Júnior, acusado de atuar em nome do partido e não da coligação. A "Carta ao Prefeito" , divulgada pelo PT, teve a "Resposta da Carta ao Prefeito" , onde "Carlão" praticamente ignora a representatividade do presidente do PT local, Ricardo Luis Silva Matias, referindo-se a ele como "subscritor do documento", finalizando com uma espécie de "beijinhos" aos filiados e simpatizantes do partido. Clique aqui e leia os textos na íntegra.
Nova oposição..........................................................................
Há muita expectativa sobre o tom que terá o discurso do vereador Ricardo Matias, presidente do PT de Livramento de Nossa Senhora, que acaba de admitir oficialmente o rompimento com a coligação "União, Trabalho e Participação", liderada pelo Prefeito Carlos Roberto Souto Batista (PMDB). Certamente Ricardo voltará do recesso, na próxima semana, cuspindo brasa e, como sabe muito sobre os bastidores da administração de "Carlão", não vai conter a língua nem perder a oportunidade de vingança e de resgatar seu currículo de combativo político oposicionista.
Estado de alerta.....................................................................
Com a decisão do PT de abandonar o barco "União, Trabalho e Participação", o grupo dissidente liderado pelo Dr. Paulo Azevedo bate palminhas, pois representa uma via alternativa ao vereador Ricardo Matias e seu PT. Para o petista, será um paraíso, pois poderá atirar em todas as direções, atacando tanto o ex-prefeito Emerson Leal quanto o atual Carlos Batista. Se der certo, quem não demorará a debandar-se também para aqueles lados é o vereador Ilídio Castro, visivelmente desconfortável no posto de defensor da administração atual, já considerada frustrante até por correligionários.
Eleições mornas.....................................................................
Ainda é morna a movimentação das bases em relação às próximas eleições, de deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. Assim como é certo que Lula, apesar de tudo, será candidato, é que o governador Paulo Souto, da Bahia, vai ser reeleito, significando uma esperança para os inimigos de ACM de que, com isso, o "carlismo" irá se diluindo. Mas Souto é o único nome que ele tem para derrotar qualquer candidato da oposição ou frente de oposições.
Entrevista lidera....................................................................
A entrevista concedida ao "O Mandacaru", pelo ministro do STJ, Dr. José de Castro Meira, vem sendo a matéria mais visitada no site mandacarudaserra, nas duas últimas semanas. Recebemos muitos elogios em relação ao conteúdo do texto e à postura do magistrado, homem simples do sertão, nascido em Livramento de Nossa Senhora. Dentre as mensagens recebidas, destacamos a que nos foi enviada, por e-mail, pelo Sr. Hélio Gottschal Abreu. Clique aqui , para ler esta e outras manifestações incentivadoras.
Placas divergentes..............................................................
Desapareceu o alinhamento político que havia entre os governos federal, estadual e municipal. Com isso, as placas identificando obras públicas, na capital e interior, ganharam também tons divergentes. Para identificar obra estadual: "Esta obra é do governo do Estado" . E a obra federal é identificada com: "Esta obra é do governo federal" . Em Livramento, a frase tupiniquim é: "Obra da prefeitura" . São as imposições da democracia, pois o eleitor não vota mais atrelado e já distingue claramente qual a obrigação de cada instância de poder e o que efetivamente realiza. NOTÍCIAS ANTERIORES:
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