O Mandacaru

Vivendo feliz num Pequeno País

Embora seja o menor ente político da Federação, em termos territoriais, pois resulta da divisão geográfica dos Estados-Membros, o Município recebeu da constituição brasileira de 1988 status de Unidade Federativa. Salvo engano, é situação única no mundo, o que confere ao território municipal, além de autonomia praticamente absoluta, prerrogativas constitucionais que o transformam num "pequeno país". Do ponto de vista institucional, o que a Carta Magna pretendeu foi ampliar, reforçar e preservar a própria União e, certamente, possibilitar a criação de mecanismos que tornem a gestão pública mais racional e mais eficiente. Na visão prática, podemos dizer que ela criou excelente oportunidade de participação democrática e de vivência comunitária que deveria aproximar os cidadãos e torná-los mais felizes, vivendo melhor.

Essa aproximação, o tornar-se mais feliz, vivendo melhor, deveriam ser a essência, a nosso ver, do objetivo pretendido pelo constituinte de 1988, no entendimento de que administrando pedaços menores de territórios, evidentemente sob a égide de um sistema legal macro, haveria inevitavelmente mais racionalidade, mais avenças e menos litígios entre os brasileiros. É como se cada município fosse um pequeno clube em que, pela dimensão menor, como nas antigas aldeias, as pessoas pudessem discutir, planejar e resolver mais facilmente seus problemas e dificuldades, tal como ocorre numa família. Sim, compreendemos que essa seria a intenção, ou seja, permitir que as pessoas, no caso, os brasileiros vivessem como uma família, em paz e solidariamente.

Transpondo esse raciocínio para nossa comunidade de Livramento, é facilmente imaginável como todos viveriam ou deveriam viver. O objetivo seria, ou deveria ser, um viver com menos dificuldades, menos pobreza e menos sofrimento possível, o que levaria os mais fortes a ajudar e proteger os mais fracos; os mais ricos a socorrer os mais pobres; os mais instruídos a instruir os mais ignorantes; e assim por diante. Os mais bem preparados, confiáveis e bem dispostos seriam escolhidos para administrar os interesses de todos, visando o bem comum. Não haveria sectarismos, não haveria divisões ridículas como "15" e "25"; e os partidos existiriam apenas para estudar e descobrir os melhores ângulos de vida e de felicidade para a comunidade como um todo.

Não haveria vaidades, o poder seria de todos. Não haveria, principalmente, locupletamento e desvio dos recursos públicos. Não haveria salários de marajás, nem ninguém ganhando R$7,02 por dia. Não haveria inveja, nem maldades. Não se falaria tanto da vida dos outros. Não haveria botecos onde os jovens consomem sua juventude e desgraçam sua inocência e suas existências. Eles teriam referências e exemplos saudáveis de vida. Haveria bibliotecas equipadas. Haveria bons colégios, bons hospitais. Haveria salas de teatro, de cinema e movimentadas praças de esportes. Haveria seres humanos dando-se as mãos, vivendo como irmãos e criando gerações sadias para o futuro. Haveria cristãos vivendo verdadeiramente conforme o plano de Deus. E, assim, haveria alegria, haveria paz!

O Dia da Mulher......................................................................

"O Mandacaru" rende hoje, 8 de março, todas as homenagens às mulheres, em especial às de Livramento de Nossa Senhora, pelo transcurso do "Dia Internacional da Mulher". Elas são merecedoras de todas as reverências, pelo papel que desempenham na natureza e na sociedade. Desejamos que elas se redescubram a cada dia e tenham a exata percepção do significado divino que têm na obra de Deus e na vida dos homens. Nenhum bebê chega a homem ou mulher sem uma mãe para lhe conduzir.

Sessão vapt-vupt..................................................................

A última sessão da Câmara de Vereadores de Livramento, dia 6 de março, que deveria ser de 3 horas, durou menos de 20 minutos, tempo apenas para leitura das correspondências recebidas e emitidas. É bom lembrar que cada vereador ganha R$2.800,00 por mês, trabalhando um dia na semana, ou seja, ganha R$700,00 por sessão. Ao trabalhar só 20 minutos, naquela sessão, ganhou R$35,00 por minuto, fazendo inveja ao gari que ganha R$7,02 por dia, ou seja, pouco mais de um centavo pelo mesmo minuto.

Ressaca foi braba.................................................................

Com disposição para trabalhar apenas 20 minutos na última sessão, deduz-se que a ressaca dos vereadores foi braba, após o recesso de final de ano e do carnaval, pois não houve falta de assuntos. Citemos apenas alguns que deveriam suscitar o interesse dos edis: possibilidade de conflito na gestão da água, obras inacabadas do DNOCS, agruras da seca que castiga o sertão, desordem no tráfego da cidade, os precários serviços sanitários, sem falar na pobreza endêmica que tanto castiga o município de Livramento.

O povo deve cobrar............................................................

Os vereadores não são donos do mandato, quem é dono é o eleitor, que deve cobrar deles o correspondente trabalho, não só por tê-los elegidos, mas e principalmente porque os paga para isso. Para quem não costuma freqüentar as sessões da Câmara e para quem não reside em Livramento, lembramos a atual composição do legislativo local: Marilho Matias, Ilídio Castro, Ricardo Matias, Paulo Lessa, Paulo César Dourado, Everaldo Gomes, Leandro Araújo, João Louzada e Zeferino Wagner Assis.

"Deputado atuante"...........................................................

A conclusão das obras do DNOCS no chamado "Bloco II" do perímetro irrigado "Vale do Brumado", em Livramento de Nossa Senhora, vai beneficiar, de plano, cerca de 1.500 pessoas, que já se encontram assentadas na área. Os assentados contam com o apoio do deputado federal Guilherme Menezes (PT-BA), segundo testemunho do próprio líder dos sem-terra, Waldir dos Santos, o qual afirma que "Guilherme é o único deputado atuante que a gente está vendo, que tem ajudado a gente. Os outros não, eles só vêm em casa para buscar voto".

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