A hora da escolha
Domingo, dia 1º de outubro, os brasileiros vão escolher o presidente que chefiará os destinos do Brasil a partir de 2007, além de governadores, senadores e deputados (federais e estaduais). Os excessos de campanha foram contidos por regras novas da legislação eleitoral, mas nada que impedisse de ser visto que nada mudou em nosso modelo político eleitoral. Pode-se dizer que foi repetida a desfaçatez de sempre, com mentiras e promessas costumeiras, religiosamente esquecidas logo após a diplomação e posse. Que a mudança venha, então, dos eleitores, no sentido de cobrar mais daqueles em quem votaram.
No plano federal, a disputa polariza-se entre o atual presidente, Luiz Inácio da Silva, e o candidato paulista, Geraldo Alckmin. Por óbvio, o mais fácil de ser avaliado e julgado é o candidato-presidente, pelo que demonstrou no mandato que termina. É o mesmo da primeira eleição, tentando, agora com mais desenvoltura e segurança no falar, transmitir a mesma esperança. Há, contudo, uma diferença de fundo abissal. Na campanha anterior, estava envolvido pela emoção de um povo que não tinha mais de onde extrair esperança e nele depositou sua fé, pelo que apresentava de puro e de semelhante à maioria dos brasileiros.
Na eleição atual, o presidente está envolto na sua própria ambição e na lama que o seu próprio partido lhe preparou. Mas o povo, aquele mesmo a quem um dia Getúlio Vargas dramaticamente se dirigiu, pouco antes de se matar, quer que Luis Inácio continue, pelo menos é o que indicam as pesquisas eleitorais. Nas circunstâncias atuais, achamos que um rodízio seria saudável, mesmo que os demais candidatos sejam uma incógnita, inclusive o Geraldo Alckmin, que serviu muito para São Paulo, mas quanto a servir para o Brasil é só uma esperança para os que vão votar nele. Resta-nos, agora, apenas ponderar e escolher entre acreditar numa esperança perdida ou numa esperança ainda a ser provada.
De qualquer modo, como a eleição de Luiz Inácio da Silva é praticamente certa, vamos torcer para que ele não imite o lado ruim de Getúlio Vargas, por quem já revelou admiração, nem se transforme num Evo Morales e muito menos num Hugo Chaves da vida, por quem também demonstra inusitado apreço. Quanto a Getúlio Vargas, seu lado ruim foi fechar o Congresso Nacional e comandar a mais longa ditadura já vivida pelo Brasil
Corneteiro Lopes e fogueteiro Messias
Há um episódio que ficou na história do Brasil e, principalmente da Bahia, envolvendo uma das batalhas pela independência do nosso Estado, contra invasores estrangeiros. Um comandante brasileiro, vendo a batalha perdida, pelo grande número de baixas sofrido, e não querendo submeter seus comandados remanescentes à ruína inútil, determinou a execução do toque de retirada. Não se sabe se intencionalmente ou se por um erro, o corneteiro Lopes, encarregado da tarefa, inverteu a ordem e fez exatamente o contrário, executando o toque de “avançar, atacar”. Os estrangeiros, ouvindo a corneta, decidiram bater em retirada, imaginando que o inimigo brasileiro havia recebido reforços invencíveis.
Na Egrégia Câmara de Vereadores de Livramento de Nossa Senhora, aconteceu algo caricato com alguma semelhança com o fato acima, pelo menos quanto à parte hilariante. Um dito representante do povo subiu à tribuna para dizer que estava mudando de lado, ou seja, deixando a oposição e indo para a situação. Antes, porém, para comemorar a infidelidade partidária e a traição aos que o elegeram e a velhos companheiros políticos, armou uma girândola, na praça em frente à Casa Legislativa, e orientou o “Fogueteiro Messias” para estourá-la, tão logo ouvisse as palmas vindas do recinto da Câmara, pois seriam os sinais de que estava sendo homenageado e aclamado em seu novo ninho. (Em Livramento é assim, tudo é motivo para soltar foguetes).
Com o garbo de quem vence uma batalha, nosso personagem subiu à tribuna e bradou um inflamado discurso, tão inflamado que não faltaram críticas contundentes a um do que seria, dali a pouco, seu novo companheiro de coligação. Este, porém, na sua vez de falar, retrucou à altura, de forma tão ou mais contundente. Como disseram várias pessoas: “arrasou”. Tanto que até a platéia, regimentalmente proibida de se manifestar, não se conteve e irrompeu em vibrantes palmas. Lá fora, o “Fogueteiro Messias”, alheio ao que de fato se passava, ao ouvir as palmas, não teve dúvida de que era seu padrinho sendo homenageado e, sem se fazer de rogado, detonou a girândola. E os fogos saíram pela culatra. (Nomes omitidos para evitar promoção imerecida).
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Xangô esquecida...................................................................
Caiu no esquecimento e nunca funcionou a comissão criada com estardalhaço pela Câmara de Vereadores de Livramento de Nossa Senhora, destinada a apurar denúncias de que a Mineração Xangô estaria contaminando o meio ambiente, inclusive cursos d’água, na Serra das Almas, próximo ao povoado de Itaguaçu. A Prefeitura também não fiscaliza, como manda a lei, a atividade da mineradora, que continua retirando toneladas de quartzito do local sem pagar um centavo se quer de imposto. As rochas são exportadas diretamente para a Itália, onde é comercializada a preço de ouro.
Emerson candidato.............................................................
Nas reuniões e comícios pela reeleição do seu filho, Nelson Leal, a deputado estadual, o ex-prefeito de Livramento de Nossa Senhora, o médico Emerson Leal, vem lançando abertamente sua candidatura às próximas eleições municipais. Quem ouve seus discursos não duvida de que será eleito facilmente, pois tem como principal cabo eleitoral a insatisfação dos eleitores diante da fraca administração atual, conduzida pelo prefeito Carlos Roberto Souto Batista.
Reforma esquecida.............................................................
A Câmara de Livramento promoveu a oitiva da população, inclusive realizando uma audiência pública para discutir o tema e colher sugestões, destinada a atualizar e reformar a Lei Orgânica do Município. O projeto de reforma, porém, foi engavetado e nenhuma satisfação foi dada à população. Fontes ligadas ao legislativo afirmam que a gaveta em que se encontra o documento é a do assessor jurídico da casa, que, não por acaso, também assessora juridicamente a Prefeitura.
Contra a corrupção.............................................................
Pouco repercutiu em Livramento, onde nasceu, a notícia nacional sobre a candidatura a deputado federal do general José de Souza Pinto, que tem 101 anos de idade. O general, que se encontra ainda bastante hirto, tem como principal tema de luta o combate à corrupção. Deixa entender que o fato de já ter vivido 101 anos de forma honesta e correta é uma vacina invencível contra essa peste que assola o pais. Fala tão firme que, se eleito, vai efetivamente incomodar os corruptos.
Ainda o preferido..................................................................
Pesquisas informais têm indicado que o deputado estadual Nelson Leal lidera a preferência do eleitorado livramentense, para a reeleição, tendo subido o número dos que apostam que ele terá mais de cinco mil votos no município. É a prova de que a liderança do seu pai, o ex-prefeito Emerson Leal, não foi abalada com a derrota nas últimas eleições. Na campanha atual, ele nem precisou sujar o muro da sua casa com propaganda eleitoral, onde nenhum cartaz foi colado até esta data.
Prefeito ameaçado..............................................................
Se já tinha motivos para odiar a imprensa, o prefeito de Vitória da Conquista agora vai arrepiar de vez. Depois de ser multado pelo Tribunal de Contas da União, por utilização ilegal de recursos públicos federais, no valor de R$696 mil, no período de campanha eleitoral em 2004, ele está ameaçado de perder o mandato. O Tribunal Regional Eleitoral admite que a eleição daquele município poderá ser anulada e um novo pleito terá de ser realizado.
Empurra-empurra................................................................
O candidato do PT ao governo do Estado, Jaques Wagner, aproveitando que encerraria sua campanha, dia 27, em Brumado, veio até Livramento, onde fez um rápido comício. Difícil para ele foi controlar o empurra-empurra entre os que queriam falar, em cima do pequeno caminhão que serviu de palanque. Havia nada menos que quatro candidatos a deputado federal, três a estadual e um a senador, sem falar nas lideranças locais. Mas só falaram o prefeito da cidade, o candidato a vice-governador, o candidato a senador e o próprio Wagner.
Vice censurado........................................................................
O empurra-empurra acima ocorreu devido às mudanças de última hora sobre quem discursaria. Falariam todos candidatos presentes, o prefeito e o vice-prefeito de Livramento. A trupe do PMDB, todavia, ficou com receio de que o vice-prefeito João Cambui pudesse xingar o seu agora rival Carlos Batista. E a manobra para consolidar a censura foi permitir a fala somente para Carlão, Edmundo, João Durval e Jaques Wagner, resultando em troca de desaforos e empurrões que balançaram o camimhãozinho promovido a palanque.
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