Página Política | Raimundo Marinho
18.11.2007
Pasárgada quer crescer
As negativas do presidente Luis Inácio da Silva de que não deseja o terceiro mandato podem e devem ser interpretadas como sendo, na verdade, que ele quer o terceiro mandato e já trabalha nesse sentido, diretamente ou através de enviados. Como presidente e com apenas um ano do segundo mandato, obviamente que não vai dizer abertamente que já pensa no terceiro, estando mais do que cristalino e ululante que o único comportamento que deve ter, aliás, só pode ter esse, é negar, para o que conta com a crença tola ou conveniência esperta de boa parte da mídia e dos brasileiros. Mas, é claro, há muitos que não acreditam e tantos outros que, no mínimo, desconfiam. E, fiquem atentos, Lula pode estar pensando em algo bem mais surpreendente! E se isso acontecer não será só pela habilidade dele, mas também e principalmente pelo modo brasileiro de ser, conveniente, esperto, tolo, rico e pobre, tudo misturado. E bastam os pobres, com ou sem bolsa-família, para garantir ao presidente o terceiro mandato ou transformá-lo em caudilho, à moda moderna, quem sabe.
Sendo assim, quais as perspectivas de futuro para o município? Há dois cenários: o otimista e o pessimista. No otimista, é obrigatório, vital, que todos se submetam a um rigoroso e profundo processo de reciclagem, envolvendo visões e habilidades no tocante à ética, gestão pública, leis, interesse público, pobreza, estudantes, educação, saúde, urbanismo, transito, transporte, comunicação, política, renda, emprego, recursos hídricos, fome, vergonha e demandas verdadeiras da população. O cenário pessimista seria a ausência dos requisitos para o otimismo. Nesse caso, as perspectivas serão nenhuma. Para não votar em vão ou em branco ou mesmo evitar injetar recursos em campanhas furadas, personalistas e egoístas, comece a colocar as barbas de molho, e o bigode também. Principalmente, você que trabalha duro para manter seu negócio ou seu emprego. Não esqueça, Pasárgada quer crescer e a vidinha besta, aquela de Drummond, quer ficar alegre!
Enquanto isso, na Pasárgada nossa de cada dia, a vidinha besta de Drummond segue serelepe, indiferente ao sobrevôo das águias eleitoreiras e nem será necessário o bote fatal, tudo acontecerá sob o pipocar de fogos e o businaço das carreatas, todos na esperança de que lhe sobrará um bocadinho, sem nem mesmo imaginar que poderá amargar quatro anos de jejum, que será amenizado com queixumes e injustas críticas, ainda por cima fora de tempo. Exaurido o período de acomodações partidárias, em face das próximas eleições municipais, só falta agora esperar quem fará o gol, pois os jogadores, aqui também no duplo sentido, já estão em campo, com pequenas possibilidades de variações. Para prefeito de Livramento de Nossa Senhora (a ordem não é aleatória, mas de probabilidade): Emerson Leal (ou quem ele indicar), Carlos Batista (ou quem Gedel mandar), Paulo Azevedo, Gerardo Júnior e João Cambuí. Se houver algum outro, aventureiro, falta mostrar a cara.___________________________________________________
República a salvo?
O meio político aposta que o presidente do Senado, licenciado, Renan Calheiros, a quem é atribuído um leque de indecorosidades, deixa o cargo em definitivo ainda esta semana, o que, argumenta-se, não se constituirá em qualquer novidade, e ainda poderá ter o mandato cassado. Nem mesmo as conveniências, as chantagens, os interesses mis conseguiram salvá-lo. Mas será que ele indo à guilhotina a República estará a salvo?
Faltará renovação
Se as perspectivas de renovação no Executivo de Livramento de Nossa Senhora são praticamente inexistentes, por falta de viabilidade de candidaturas novas, na Câmara o quadro é ainda mais desalentador. A legislatura que vai se encerrar se reuniu muito, mas não aprofundou nas questões básicas que o município reclama. Pelo menos há um ponto positivo a destacar, que foi o estreitamento da comunicação com a comunidade, pela via das audiências públicas, umas obrigatórias outras não, para as quais muito se empenhou o presidente da Casa.
Quando votar é sábio
Pode acontecer em Livramento de Nossa Senhora, no próximo ano, o que certamente também acontecerá em Salvador, onde o atual prefeito João Henrique corre o risco de perder a eleição, no caso reeleição, exatamente para Antônio Imbassahy, a quem sucedeu, pela péssima administração que vem realizando. Ou seja, Carlos Batista, por motivos idênticos, já é considerado o principal cabo eleitoral do seu antecessor, Emerson Leal, que poderá até se dar ao luxo de ser substituído pela esposa, D. Lia Leal.
Sem as algarobas
Quem leu o interessante artigo do deputado Gilberto Brito provavelmente lembrou-se das árvores destruídas, pela prefeitura, na Rua Ulysses Cambuí Lima, em frente ao Terminal Rodoviário de Livramento de Nossa Senhora, em agosto passado, sem que até hoje o local fosse reconstruído. A destruição baseou-se em um laudo impreciso fornecido pelo chefe local da EBDA que teria sido indicado para o cargo pelo prefeito Carlos Batista. O laudo diz que as árvores poderiam cair, no futuro, mas não estimou tempo nem descreveu o mal que sofriam. Entre elas, muitas algarobas.
Sai Paulo entra Pedro
Saiu Paulo César Oliveira da chefia da unidade de campo do DNOCS, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, e entrou Antônio Pedro de Oliveira. O ato de posse, ocorrido em outubro passado, contou com o coordenar estadual do órgão, Osanah Rodrigues, substituto de Gerardo Júnior, afastado tão logo Gedel Vieira Lima assumiu o Ministério da Integração Nacional. Bem, agora é hora dos dois rapazes se manifestarem sobre a invasão de área da União, pela Prefeitura local, na Barrinha, para reabrir estrada em área desapropriada.
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